quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bolsa lidera e ganha 82,66% no ano

São Paulo - Os investidores que apostaram no mercado de ações em 2009 não têm do que reclamar. A Bolsa de Valores de São Paulo manteve o ritmo de forte alta no segundo semestre e terminou o ano com valorização de 82,66%. Com esse ganho, a Bovespa lidera o ranking de investimentos na semana e em 2009. Já o dólar encerrou o ano como uma das piores aplicações, com uma queda de 25,35%.

Na maior parte do dia, a Bolsa paulista registrou leve queda, acompanhando as Bolsas do exterior. Próximo ao fechamento, avançou 0,43%, terminando na pontuação máxima dos 68.588 pontos. Dentre os principais ativos, o euro também teve desempenho negativo, com desvalorização de 23%, enquanto o ouro caiu 3%, ambos frente ao real.

Fonte! Chasque publicado na edição dos dias 31/12/2009 e 01/01/2010 no Galpão virtual do Correio do Povo de Porto Alegre - RS - www.correiodopovo.com.br.

O que é previdência social?

Previdência social é um termo que ronda a vida de todo mundo, mas muita gente não conhece bem. Ela tem uma função importante: assegurar que você possa manter-se, assim como a seus dependentes, quando tiver redução ou perda da capacidade de trabalho.

É a previdência que vai garantir o dinheiro mensal para pagar suas contas quando você estiver idoso (ou idosa) ou ficar doente. No Brasil, a previdência social é um direito assegurado na Constituição.

Mas de onde vem esse dinheiro? Só tem direito ao benefício quem contribuiu durante o período de trabalho. E essa contribuição já vem, para muitos, descontada na folha de pagamento.

Há dois argumentos para a obrigatoriedade, apresentados por Luís Eduardo Afonso no livro Economia do Setor Público no Brasil. Primeiro: se ela for opcional, você pode preferir gastar mais dinheiro durante sua vida ativa e, depois, esperar que o Estado garanta seu sustento.

O segundo, defendido por outros autores, é que, como pode se passar muito tempo entre a sua decisão de poupar e o gasto desse dinheiro, você pode calcular mal suas necessidades na velhice. É a chamada miopia. Por isso, cabe ao Estado definir as regras de contribuição.

Mas e o profissional liberal? Para esses e pessoas que consideram a aposentadoria pública insuficiente, é possível recorrer a uma previdência privada. Nesse caso, você paga certo valor voluntariamente enquanto trabalha e passa a receber quando interrompe a vida ativa. Alguns tipos até permitem saques anteriores.

Há casos de empresas que pagam uma parte da previdência privada, para que o empregado só complemente. Quem não tem essa possibilidade pode recorrer diretamente a um banco ou seguradora. Aí os planos são muitos e surgem aquelas siglas chatas, como PGBL e VGBL.

Fonte! Chasque publicado no dia 31 de dezembro de 2009, no galpão virtual do Pet Economia - UFPE - http://peteconomiaufpe.blogspot.com

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Receita Institui Declaração de serviços médicos

A Receita Federal do Brasil quer diminuir a quantidade de Declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) retidas em malha fiscal em razão de despesas médicas. Para isso, vai criar, a partir de 2010, a Declaração de Serviços Médicos - Dmed.

A Declaração será obrigatória para todas as pessoas jurídicas e equiparadas, prestadoras de serviços de saúde, como hospitais, laboratórios, clínicas odontológicas, clínicas de fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, e clínicas médicas de qualquer especialidade, e operadoras de planos privados de assistência à saúde, com funcionamento autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.

O objetivo da Dmed é fornecer informações para validar as despesas médicas declaradas pelas pessoas físicas e assim evitar a retenção, em malha fiscal, das declarações. A Receita Federal recebe anualmente, mais de 27 milhões de declarações do imposto de renda da pessoa física. A meta é possibilitar verificação automática e ágil dos valores declarados, mantendo o controle das informações relacionadas à apuração do imposto.

A primeira Dmed deverá ser entregue em 2011, com dados relativos ao ano de 2010.

A partir de 2011, a pessoa física poderá verificar se suas despesas médicas declaradas foram informadas em Dmed por meio da consulta ao extrato da Declaração do Imposto de Renda, disponível na internet.

Alcance Em 2009, 65% dos pagamentos declarados nas DIRPF retidas em Despesas Médicas foram feitos a hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde no Brasil. Esses pagamentos respondem por 75% do valor de despesas médicas dessas mesmas declarações. Estão desobrigados a entrega da Dmed os profissionais liberais pessoas físicas, que prestem serviços de saúde, mas não estejam equiparados a pessoas jurídicas e planos públicos de assistência à saúde.

Segundo dados da RFB, cerca de 130 mil pessoas jurídicas operam atualmente no setor de serviços de saúde, com situação cadastral regular.

Pessoa Física equiparada a Pessoa Jurídica - De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda - RIR (§ 1º do art. 150 do Decreto nº 3.000/99), a pessoa física equipara-se à pessoa jurídica quando, em nome individual, explore, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiro de bens ou serviços, quer se encontrem, ou não, regularmente inscritas no órgão do Registro de Comércio ou Registro Civil. Quando a prestação de serviços colegiada for sistemática, habitual, sempre sob a responsabilidade do mesmo profissional, que recebe em nome próprio o valor total pago pelo cliente e paga os serviços dos demais profissionais, fica configurada a condição de empresa individual equiparada a pessoa jurídica.

Fonte! Chasque postado no dia 23 de dezembro de 2009 no Galpão Virtual da Receita Federal - www.receita.fazenda.gov.br.

Correção de tabela reduz mordida do leão do IR

Teto de isenção será reajustado em 4,5% e subirá para R$ 1.499,15

A mordida do leão da Receita Federal vai ficar um pouco menor a partir de 1º de janeiro com a correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda (IR) da pessoa física.

Previsto em lei desde 2006, o ajuste vai permitir um desconto mensal menor do IR no contracheque do trabalhador que é obrigado a pagar o tributo. O teto de isenção subirá dos atuais R$ 1.434,59 para R$ 1.499,15, o que deve diminuir o número de contribuintes que tem imposto a pagar. Quem ganha abaixo desse limite está livre do IR.

Desde o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, o limite de isenção subiu R$ 441,15 com as correções da tabela promovidas pelo governo. Naquele ano, o teto estava em R$ 1.058.

A nova tabela passará a ser cobrada na fonte a partir de janeiro para o ano calendário de 2010, com declaração de ajuste do IR a ser entregue em 2011. Para os anos seguintes, não há, por enquanto, previsão de mais reajustes na tabela, o que deve levar a uma nova rodada de pressão das centrais sindicais. No governo Lula, as centrais conseguiram fechar um acordo em 2006 com o governo para que fosse aprovada uma lei com o reajuste de 4,5% por um período de quatro anos.

Atendimento especial para quem caiu na malha

Depois de reforçar os controles na fiscalização do Imposto de Renda (IR) da pessoa física, a Receita Federal deve criar no próximo ano um atendimento especial para os contribuintes que caíram na malha fina resolverem mais rapidamente as suas pendências com o Fisco. A medida visa evitar congestionamento nas unidades da Receita e reclamações dos milhares de contribuintes que estão na malha.

Somente a malha da declaração de IR de 2009, ano base de 2008, tem mais de um milhão de contribuintes. O volume, no entanto, é bem maior devido às declarações do imposto de renda de anos anteriores. A legislação permite que a Receita retenha a declaração por até cinco anos.

Em ano de eleições, o Ministério da Fazenda quer evitar polêmica em torno do IR, como a que aconteceu este ano quando vazou a informação de que o governo estava retendo as restituições do imposto para fazer caixa e evitar déficit nas contas públicas.

Fonte! Galpão Virtual do jornal Zero Hora de Porto Alegre - RS. Postado dia 30 de dezembro de 2009 em "ZHDinheiro" - www.zerohora.com.br/zhdinheiro.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Presidente Lula sanciona Lei que cria a Previc

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na última quarta-feira (23) a lei que cria a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), destinada a supervisionar e fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs). A PREVIC é uma autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio.

Em conversa pelo telefone agora há pouco com o Presidente da ABRAPP, José de Souza Mendonça, o Ministro da Previdência, José Pimentel, afirmou que o nascimento da PREVIC é fruto de um esforço conjunto para o qual a ABRAPP com certeza muito contribuiu. Por sua vez, Mendonça sublinhou mais uma vez a necessidade de a PREVIC confirmar na prática o seu perfil técnico e defendeu que o novo órgão venha a ser comandado pela mesma equipe que na Secretaria de Previdência Complementar (SPC) já mostrou todo o seu imenso valor, através de uma elevada produtividade e de um permanente diálogo. Mendonça festejou o surgimento da PREVIC como um marco a partir do qual o sistema brasileiro de fundos de pensão poderá avançar muito mais.

A PREVIC, que continuará vinculada ao Ministério da Previdência Social, terá carreira própria, inclusive para cargos de chefia, e será composta por uma Diretoria Colegiada, Procuradoria Federal, Corregedoria, Ouvidoria, Câmara de Mediação e Arbitragem e uma Câmara de Recursos. A Diretoria Colegiada terá um diretor-superintendente e quatro diretores, indicados pelo ministro da Previdência Social e nomeados pelo Presidente da República.

Já o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que substitui o atual Conselho de Gestão (CGPC), exercerá a função de órgão regulador do regime de previdência complementar e será responsável pela definição das políticas e diretrizes aplicáveis ao referido regime.
Em 31 anos de existência, a previdência complementar cresceu bastante. Existem hoje 372 entidades fechadas, 1.037 planos previdenciários que acumulam um patrimônio de R$ 462 bilhões, correspondendo a 17% do PIB brasileiro. Esse sistema conta com a participação de 2,6 milhões de participantes, entre trabalhadores ativos e assistidos, totalizando cerca de 6,7 milhões de pessoas, aqui incluídos familiares e dependentes.

Na avaliação do secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena, números tão representativos para a economia brasileira exigem um órgão regulador e supervisor de igual importância: “Queremos que a previdência complementar tenha suas bases mais bem estabelecidas, mais institucionalizadas. Nos últimos seis anos fizemos um trabalho excelente em termos de supervisão e de regulação, mas em termos de estrutura estamos como o alicerce ainda frágil. A PREVIC representa a consolidação da previdência complementar”, garantiu. (AgPrev-Abrapp)

Fonte! Chasque publicado no dia 28 de dezembro de 2009 no Galpão Virtual do Diário dos Fundos de Pensão -http://www.abrapp.org.br/diario/ .

Um 2010 melhor com a Previc

Nos próximos dias o Presidente Lula deverá estar sancionando a criação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), cujo projeto de lei, apresentado pelo governo e apoiado pela oposição, foi aprovado pela Câmara, em julho, e pelo Senado na semana passada, permitindo dessa forma que o sistema de fundos de pensão já possa contar em 2010 com um órgão de Estado para supervisioná-lo e fiscalizá-lo.

Para a ABRAPP, a aprovação da PREVIC nas duas casas do Legislativo, em um movimento revestido de um amplo conserto suprapartidário, reflete o amplo sentimento existente hoje na sociedade em favor da criação de todas as condições possíveis para que o sistema de fundos de pensão se desenvolva em nosso País. Sinal mais que evidente de que a opinião pública brasileira reconhece a importância da poupança previdenciária tanto para a preservação da renda do aposentado quanto para o crescimento mais acelerado da economia.

Tendo apoiado a criação da PREVIC desde o primeiro momento, a ABRAPP expressou esse posicionamento através das mais diferentes iniciativas, como a criação de um blog na internet (http://previcja.wordpress.com/ ) que traz agora declarações do Presidente José de Souza Mendonça. Ele aponta as muitas razões pelas quais a PREVIC é bem vinda: “A aprovação da PREVIC foi um grande marco para o sistema. Com ela, o excelente trabalho desenvolvido pela SPC terá sua continuidade garantida com mais excelência e profissionalismo”.

Mendonça prossegue: “ Um segmento de atividade como os fundos de pensão, que está em pleno crescimento e que sozinho movimenta um patrimônio equivalente a 17% do Produto Interno Bruto, merece ter um órgão fiscalizador que possua autonomia e que seja suprapartidário, para que não sofra interferências políticas. A PREVIC sempre foi um anseio das fundações e agora torna-se uma realidade. Estou convicto de que o projeto será sancionado pelo Presidente da República e que os fundos de pensão começarão 2010 com uma estrutura fiscalizadora ainda mais sólida e estruturada”. (Abrapp)

Fonte! Galpão Virtual do Diário dos Fundos de Pensão. Chasque publicado no dia 21 de dezembro de 2009 - http://www.abrapp.org.br/diario/

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Consultor empresarial alerta que existe uma hora de ''ralar'' e o momento de aproveitar

Aos 60 anos, o consultor empresarial Max Gehringer orgulha-se por ter o controle do próprio tempo e saber que seu futuro profissional depende apenas dele. Já comandou quadros no programa "Fantástico", tem outro na rádio CBN, dá palestras, escreve livros e é colunista de revistas. Nesta entrevista, ele conta que recebe cerca de 3 mil e-mails por mês que apontam o que preocupa os empregados e os chefes, e é baseado nestas dúvidas que norteia seu trabalho.

Reportagem - Você deixou o mundo corporativo aos 49 anos - no auge da carreira como presidente da Pullman - para se dedicar a escrever, dar cursos e palestras. Por que fez essa escolha numa fase tão produtiva de sua vida profissional?
Max Gehringer - Comecei a sentir uma certa angústia em relação ao que eu poderia fazer nas próximas duas décadas, profissionalmente falando. Eu já tinha chegado mais longe na carreira do que eu sonhava chegar, e algo me dizia que o futuro seria do tipo "mais do mesmo". Quer dizer, eu iria ser presidente em alguma outra empresa, depois em outra, mas o trabalho não mudaria muito. Nessa mesma época, eu já fazia algumas palestras. Uma agente me viu e me ofereceu parceria. Aceitei, e quando percebi que esse ramo era muito mais vasto do que eu imaginava, pedi o boné e passei a palestrar em tempo integral.

E valeu a pena essa troca?
Esses dez anos passaram tão rápido que nem tive tempo de olhar para trás e refletir sobre a decisão. O mais importante, porém, é que tenho um futuro profissional que só depende de mim mesmo. Se eu ainda estivesse trabalhando em empresas, já não teria tanta certeza.

Já se comparou com colegas que continuaram na vida corporativa? Consegue apontar as perdas e os ganhos nessa comparação?
Tenho contato com meus antigos colegas, que continuam com suas carreiras profissionais, e a maioria parece feliz por ter continuado. Uma mudança radical como a que eu fiz é rara e só deve ser feita em duas situações: ou o profissional tem certeza de que vai dar certo, ou é meio maluco para tentar. Eu me enquadro na segunda categoria. Posso até não ter ganho em termos financeiros, mas ganhei em algo que considero mais importante: ter o controle do próprio tempo.

Como é possível ter sucesso profissional e qualidade de vida?
Eu digo que é possível ter uma carreira de muito sucesso e uma excelente qualidade de vida, mas não ao mesmo tempo. Existe a hora de ralar e a hora de aproveitar. A hora de ralar dura uns 20 anos, dos 20 aos 40. É durante esse tempo que tentamos juntar o suficiente para viver bem pelos próximos 50 anos.

Qual é o perfil do executivo dos próximos dez anos?
Atualizado e disponível, tanto em termos de tempo quanto de mobilidade para o trabalho. Hoje, a tecnologia coloca o executivo à disposição da empresa 24 horas por dia, 7 dias por semana. Tem executivo cujo hobby é responder e-mails aos domingos e o celular pode tocar no meio da madrugada. O que espanta os executivos da geração passada é que os jovens executivos do século XXI não reclamam de nada disso. Pelo contrário, eles vivem à beira do estresse e se orgulham dessa condição.

Roberto Justus comandou seis edições do reality show "O Aprendiz" na Record e o próximo será João Dória Jr. É uma tendência os executivos irem para a frente das câmeras?
O formato do "Aprendiz" requer um executivo no comando do programa. O sucesso da experiência mostrou aos executivos que eles têm um novo e vasto terreno a explorar, o da exposição pública. Assim como ninguém é melhor para falar sobre doenças na televisão do que um médico, ninguém é melhor para falar sobre o mercado de trabalho do que um executivo. Isso é um fato.

Você acredita que assuntos relacionados ao mundo corporativo ganharão mais espaço na TV? Já pensou em ter um programa próprio?
Sim, ganharão. Como me disse a diretora do "Fantástico" há três anos, poucos assuntos afetam a tantos brasileiros como o emprego. Se aparecer um convite, eu pondero. Se não aparecer, não vou trás. Acredito que outras oportunidades irão surgir, e vou considerá-las com carinho.

De onde vem essa facilidade em se comunicar?
Um diretor de Redação me disse que eu escrevia de uma maneira que todo mundo entendia. Fiquei em dúvida se isso era um elogio ou uma crítica, e ele me disse que era um belo diferencial. O que eu tento fazer na TV é transformar palavras como net-working em algo acessível a todas as classes. Já quanto ao fato de falar em público, eu só me soltei depois dos 30 anos.

É reconhecido na rua? As pessoas lhe pedem conselhos?
Sim, as pessoas me param, pedem para tirar uma foto, contam da profissão ou simplesmente dizem que gostam de meus comentários. Há casos cômicos, como no Recife. Eu desembarcava no aeroporto e de repente uma mãe colocou um bebê de poucos meses em meus braços. Enquanto eu tentava entender o que acontecia, ela ajeitou a câmera fotográfica e falou: "Essa foto é pra dar sorte quando meu filho tiver idade para começar a trabalhar".

Essas abordagens servem de pauta para palestras, colunas?
Não. São demonstrações de apreço muito bem-vindas, mas minha matéria-prima básica vem de outra fonte, os e-mails. Recebo em média 100 mensagens por dia. No fim do mês, tenho 3 mil histórias acumuladas, o que me fornece uma razoável noção daquilo que preocupa os empregados e os chefes no momento.

Já tem algum novo trabalho planejado para 2010?
Sim, já houve uma conversa sobre um novo quadro para a televisão. Pretendo, ainda, lançar um livro sobre a história e as curiosidades de todas as Copas do Mundo, pois gosto muito de conversar, discutir e, principalmente, de escrever sobre futebol.

Qual será a melhor área de trabalho na próxima década?
Há uma diferença entre "profissão do futuro" e "profissão que vai dar futuro". Muitos jovens se encantam com cursos de nomes chamativos e que têm aquela aura de modernidade. Mas poucos se perguntam qual será o número de formandos e quantas vagas serão abertas. Engenharia Ambiental, por exemplo, é uma profissão do futuro. Mas, de cada dez formandos, nove não conseguem uma vaga na área, porque há mais oferta do que demanda. A mesma coisa ocorre com Relações Internacionais. Já que o Brasil quer aproveitar a maré da globalização, vamos precisar de especialistas em relações internacionais. Mas onde essas pessoas irão se empregar? Uma pesquisa racional evitaria que muitos jovens escolhessem um curso que não lhes dará retorno profissional logo após a formatura. E tudo isso não vai mudar radicalmente nos próximos dez anos. As profissões que mais irão gerar empregos, em relação ao número de formandos, são Engenharia, Informática e Administração. As mais saturadas são Jornalismo, Psicologia e Direito. Quem optar por uma dessas áreas precisará não apenas de um diploma para conseguir um emprego nelas, mas também, e principalmente, da indicação direta de um profissional que atue na área e que tenha poder de decisão.

O que tem a dizer sobre o projeto que propõe a redução da jornada de trabalho (de 44 para 40 horas)?
Um dia, num futuro distante, alguém olhará para o nosso século e dirá: "Sério? Aquela gente trabalhava 40 horas por semana?". Da mesma maneira que hoje olhamos para o Século XIX e ficamos pasmos ao descobrir que nossos tataravós trabalhavam 100 horas semanais. Eu acredito que os empregos efetivos, com carteira assinada, serão substituídos pelo trabalho autônomo, com horário flexível, e que os escritórios e fábricas tenderão a ter cada vez menos gente com horário fixo. Penso que isso será inevitável. Até que um dia, talvez no século XXII, isso não podemos precisar agora, possamos inverter as sagradas escrituras, descansando seis dias e trabalhando no sétimo.

Fonte! Chasque publicado no caderno "Perspectiva 2010", no Correio do Povo de Porto Alegre - RS, edição dos dias 24 e 25 de dezembro de 2009, por Adriana Bifulco e Fabiane Bernardi AE.

domingo, 27 de dezembro de 2009

De Mendigo a Milionário

A incrível história de Chris Gardner, o sem-teto que acumulou US$ 600 milhões

Por Osmar Freitas Jr. ? Nova York

É bem provável que o mundo tenha perdido um grande trompetista de jazz quando o americano Chris Gardner, 52 anos, compreendeu que ele não poderia ser outro Miles Davis – um dos deuses do gênero. “Estudei trompete por dez anos. Minha meta era ser Miles. Mas minha mãe me disse que o posto de Miles Davis já estava ocupado pelo original e que eu jamais seria ele”, diz.

O consolo foi abraçar outro sonho: o de ganhar milhões de dólares. E os Estados Unidos ganharam um excepcional financista e, ainda mais importante, um mito inspirador. Afinal, são poucos os que, como Gardner, saltaram da condição de miserável sem-teto para a de milionário, tornando plausível a promessa do “sonho americano” de oferecer infinitas possibilidades a quem tem força de vontade, caráter e senso de oportunidade. Além de sorte, claro. Contada por ele no livro The pursuit of happyness (À procura da felicidade), a história de Gardner – bem conhecida dos americanos – deve ganhar o mundo com o filme homônimo estrelado por Will Smith e seu filho Jaden (estréia no Brasil em 2 de fevereiro).

Trata-se da saga de um homem desempregado, abandonado pela esposa, tornado pai solteiro, mendigo, carregando o filho pequeno para os abrigos de sem-tetos, bancos de jardins e até banheiros públicos, ocupados à força para servirem de dormitório à dupla. Até que, com muito esforço e espírito empreendedor, Gardner consegue reverter esse estado de penúria para uma situação de riqueza, respeitabilidade e de fama. Hoje, ele tem uma fortuna estimada em US$ 600 milhões. Essa metamorfose, claro, dependeu de uma confluência de fatores que raramente se alinham. “Acho que somente nos Estados Unidos a minha história não é considerada uma anomalia. É claro que em outros países algumas pessoas conseguem repetir, ou mesmo superar, conquistas como as minhas. Mas são exceções que confirmam a regra que aponta esta nação como a verdadeira terra das oportunidades”, diz Chris Gardner, sentado atrás da mesa de conferências de sua empresa Christopher Gardner International Holdings, em Chicago. A peça de mobiliário, note-se, foi em outra encarnação a cauda de um avião DC-10.

Nos anos 80, Gardner vivia em San Francisco, onde trabalhava com venda de equipamentos médicos. Um dia, ele viu um sujeito numa Ferrari vermelha procurando vaga num estacionamento no centro da cidade. Impressionado com a máquina, ele ofereceu a sua vaga. “Falei para ele, você pode estacionar no meu lugar, mas me responda duas perguntas: O que você faz? E como você faz?” O dono da Ferrari disse que era corretor da Bolsa de Valores, vendia ações e faturava US$ 80 mil por mês – uma verdadeira fortuna na época. Ali, no ato, surgiu a inspiração indicando o caminho do ouro: “Naquele momento tomei duas decisões: entrar no negócios de ações e comprar uma Ferrari no futuro”, conta Gardner.

Ele acabou perdendo o emprego, mas não a perspectiva. Depois de muita insistência, Gardner finalmente conseguiu ser colocado como estagiário não remunerado numa corretora da Bolsa de Valores. Esta primeira tentativa, porém, não traria sucesso. O homem que lhe ofereceu o treinamento saiu da empresa e, da noite para o dia, fecharam-se as portas para o protegido. Novamente desempregado e com US$ 1.200 em multas de trânsito sem pagamento, Gardner foi parar na cadeia. Sua mulher – numa das piores decisões financeiras de que se teria notícia – o deixou a ver navios com o filho deles, Chris Jr., então com dois anos.

Suas economias se resumiam a US$ 25 no bolso. Seria o suficiente para fazer uma pessoa começar a beber. “Meu padastro era alcoólatra, fracassado, ressentido e violento. Por isso eu não bebo até hoje”, conta. Se era suficiente para comprar dois litros de uísque, o dinheiro não dava para pagar o aluguel. Sem casa, pai e filho montaram residência provisória no banheiro da estação rodoviária de Oakland – uma espécie de Niterói da região. E foi no toalete, ainda hoje em funcionamento, que o futuro milionário teve uma epifania: “Neste mundo existem dois tipos de pessoas: aqueles que vêem um monte de estrume e o identificam como merda e os que reconhecem ali uma boa quantidade de fertilizantes.” Com essa idéia na cabeça, Gardner passou a sair pelas ruas em busca de seu monte.

Depois de muito penar, ele teve outra oportunidade no programa de treinamento da corretora Dean Witter Reynolds. “Eu não ganhava nada. Meus colegas não sabiam que de noite, meu filho e eu dormíamos em abrigos de mendigos, banheiros e parques”, disse Gardner a ISTOÉ. A situação, embora considerada por ele como “promissora” – segundo a “teoria dos fertilizantes” –, não era nada confortável. Mas em 1981 ele finalmente obteve a licença para operar oficialmente na Bolsa de Valores. Imediatamente, encontrou emprego na conceituada firma Bear, Stearns & Company, trabalhando primeiro na área de San Francisco e depois em Nova York. De lá para diante, deslanchou e nunca mais parou. A primeira Ferrari de Gardner foi comprada de segunda mão. E não poderia ter passado por mãos mais significativas: pertenceu ao maior gênio do basquetebol, Michael Jordan. Pode ter sido um sinal de sorte. A aquisição foi feita nos anos 90, em Chicago, onde, como empresário independente, Gardner já havia montado banca para lidar com ações futuras de commodities. “No filme essa trajetória mudou um pouco, para melhorar a narrativa. Mas a essência é a mesma do livro”, diz o protagonista.

Os Estados Unidos têm fixação com a história de Cinderela, fascinados pela possibilidade de alguém sair da pobreza e ficar rico. É o conto de fadas que explicita o chamado american way of life. Christopher Gardner é apenas mais um exemplo desse mito. “Aqui é a terra das oportunidades. Quem se empenhar e trabalhar duro tem boas chances de se dar bem”, explica a apresentadora de televisão Oprah Winfrey. Ela é a voz da experiência. Nascida na miséria há 52 anos no paupérrimo e racista Estado do Mississippi, filha de mãe solteira, acabou se transformando na mulher negra mais rica da história do país, tem o programa de maior popularidade da tevê e é uma das empresárias de maior poder no mundo. Por seu sofá no estúdio de gravação passaram outros símbolos do american dream, como Michael Jackson, o próprio Chris Gardner e o senador Barack Obama, de Illinois, que disputa a nomeação do Partido Democrata à Presidência. “Isso não que dizer que nos livramos do preconceito racial. O racismo existe nos EUA, é um mal que impõe carga insuportável aos oprimidos e atrapalha a realização dos sonhos de cada um”, ataca Obama. Chris Gardner, o vencedor, concorda.

Fonte! Chasque postado no galpão virtual O NOSSO CAPITAL - http://onossocapital.blogspot.com, no dia 26 de dezembro de 2009.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mais humildade e planejamento em 2010

O Dinheirama recebeu do blogueiro e amigo Fabio Camatari – do excelente Almanaque do Bem – o convite para publicar algumas opiniões a respeito do que gostaríamos que acontecesse em 2010 e também previsões para o ano que chega. O Ricardo Pereira, nosso principal editor de economia, arriscou suas previsões econômicas. Já o Bruno Biscaia, responsável pela seção de empreendedorismo, preferiu lançar sua visão sobre as transformações pessoais que podem tornar melhor a carreira de cada um de nós.

Não deixe de conferir, ao final deste texto, os links dos participantes da ação de blogagem coletiva sobre o ano de 2010. Você vai ler muitos artigos interessantes sobre o Ano Novo. Quem sabe você não muda um pouco as tão “batidas” promessas realizadas no momento da virada e as coloca em prática pra valer? Experimente!

A mim restou a missão de falar sobre as mudanças importantes que gostaria de ver quando o assunto é dinheiro no bolso. Não é novidade que o dinheiro é assunto de grande paixão entre os brasileiros (ainda que muitos não admitam isso publicamente), mas o principal nem sempre está relacionado ao capital que temos (ou não) no banco. Portanto, serei bastante abrangente em minhas reações desejadas para o ano de 2010. Espero que você possa aproveitá-las e alimentá-las através do espaço de comentários deste texto.

Parabéns!
Simples assim. Gostaria que as pessoas elogiassem mais seus colegas de trabalho, amigos e familiares. Receber elogios é muito importante para a autoestima e pode ser fator motivador para que a família comece a tratar de assuntos antes deixados de lado – um deles é o planejamento financeiro. Reconheça as qualidades nos outros e faça-os saber que são importantes para você e para a sociedade.

Obrigado!
Ainda mais simples. Gostaria que as pessoas expressassem mais e melhor sua gratidão. Agradecer é algo tão simples, óbvio, mas tão pouco praticado. Por que? Temos vergonha? Sugiro que você coloque seu coração para funcionar e agradeça pelas pequenas coisas. Agradeça pelo apoio do funcionário do supermercado; agradeça pela ajuda dada durante o expediente. Agradeça mesmo quando não for preciso. O troco é sempre gratificante.

Não à contabilidade mental!
Complicado, mas os resultados compensam. Gostaria que as pessoas acreditassem menos em sua capacidade de memorizar números e valores gastos/recebidos. Afinal, na cabeça todos acreditam que as coisas vão bem, que o dinheiro vai dar ou que alguma solução se aproxima. Ao usar o controle físico, seja através de um pequeno caderno ou planilha, fica muito mais fácil observar a situação e tirar conclusões.

Menos dívidas, mais planos!
Mais complicado, mas perfeitamente possível. Gostaria que as pessoas deixassem de consumir pensando apenas no valor das parcelas e no bem-estar imediato, totalmente guiado pela emoção. A qualidade de vida duradoura deve abrir espaço para a razão e para as compras planejadas. Planejar é uma tarefa muito valiosa para quem pretende criar patrimônio, para ensinar aos filhos o verdadeiro valor do trabalho e para deixar um legado honesto e capaz de orgulhar a todos.

Menos ter, mais ser!
Bem mais complicado, mas gratificante. Gostaria que as pessoas se importassem mais com as pessoas, não com o que elas possuem ou em como a sociedade as vê. Por que não notar o amigo ou parente pelo seu verdadeiro sentimento, não apenas pelo carro ou pela roupa que ele veste? Valorizar as relações, o tempo de qualidade nos relacionamentos afetivos e atenção dada a quem merece são atitudes capazes de afastá-lo do consumismo.

Viu só, eu disse que ia ser abrangente e incomum na abordagem relacionada ao cotidiano financeiro de todos nós. Porque acredito mesmo que o dinheiro não é o problema; o fundamental é desenvolver inteligência financeira capaz de multiplicá-lo, de administrá-lo coerentemente e de definir prioridades para o consumo. Prezo mais a educação financeira que o saldo no final do mês. E você, o que prefere? Por que?

Este post participa da blogagem coletiva relacionada às previsões e desejos da blogosfera para o ano de 2010. Confira os artigos dos blogs colegas abaixo e informe-se sobre o que pensam os demais amigos da Internet:
Almanaque do Bem (Fabio Camatari) - "Previsões do bem" para 2010
Gestão Feminina (Re Alves e Laryssa Martins)O que queremos para 2010
Administrando.biz (Claudinei Costa)Os Meus Objetivos para 2010
Blog Saia do Lugar (Millor Machado) - 2010: O ano em que a gestão vai para as nuvens
Blog do Beto Veiga (Humberto Veiga) - Postagem que gostaria de fazer em 2010
MacMinds (Gino Olivato) - iTablet: Uma tecnologia para viver em 2010!
Sobre Administração (Gustavo Periard) - Desejo de grandes mudanças para 2010
Sucesso News (Vinícius Mont Serrat) - Bola de Cristal 2010 - 5 previsões certeiras para o Ano Novo
Receita do Sucesso (Pedro Cardoso) - O que eu quero em 2010: tecnologia
Admit (Estêvão Soares) - Previsões para 2010 - Conheça o seu futuro
Escorpião no Bolso (Aécio Santos) - Previsões 2010 do Escorpião no Bolso
Empreendedorismo do Bem (Horacio Poblete) - Imagine o futuro, antecipe-se e influencie
Saia do Lugar (Luiz Piovesana) - Em 2010 o bom atendimento vai reinar
Quero Ficar Rico (César França) - Quero Continuar Ficando Rico - Previsões para 2010 (Parte 1)
Produzindo.net (Talita James) - Algumas promessas para o Ano Novo

Fonte! Chasque publicado no dia 21 de dezembro de 2009, por Conrado Navarro no galpão virtual do Dinheirama - http://www.dinheirama.com/.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Finanças Pessoais em 2010

Ano Novo - Planejamento Financeiro faz toda a Diferença

Começar 2010 com as finanças em dia não é difícil. É necessário apenas um pouco de disciplina e força de vontade. Tem que estabelecer prioridades sobre como gastar, o que é mais importante neste momento do final de ano e no começo do próximo.

Natal e Ano Novo chegando. Época de resolver pendências e começar novos projetos. Para que metas transformem-se em realizações, fazer um planejamento financeiro cuidadoso é essencial. A vontade é de viajar e se divertir o máximo possível, ainda mais depois de um ano inteiro de trabalho. O dinheiro do 13º salário e das férias é uma tentação a mais para quem tem dificuldades de conter o desejo consumista.

O problema é que muita gente esquece que no início do ano seguinte começa tudo de novo, inclusive com contas extras, como os impostos anuais. Quem tem filhos em idade escolar tem que se preocupar também com matrícula e compra do material e uniforme escolares.

No final do ano as pessoas entram no ''espírito do Natal'' e acabam fazendo mais dívidas do que podem pagar. Como evitar isso? Tem que fazer um planejamento prévio e estabelecer prioridades sobre como gastar, o que é mais importante neste momento do final de ano e no começo do próximo.

Quem vai viajar nas férias de início de ano, como deve proceder? Como resistir às tentações na praia, por exemplo? A pessoa tem que fazer uma espécie de orçamento, planejando o tipo de gasto que vai ter com alimentação, hospedagem, transporte, gasolina. E reservar também uma pequena parte para os gastos inesperados. O segredo é tentar planejar, reservar um pouquinho para cada tipo de despesa.

O início do ano é o momento de pagar vários impostos. Qual é a melhor opção: pagar à vista ou parcelar? Tem que olhar cada caso. Precisa ver qual é o desconto que tem para pagamento à vista do IPTU e do IPVA. Normalmente o desconto do IPVA é bem razoável, vale a pena, se a pessoa tiver condições, pagar à vista. A pessoa deve fazer uma conta verificando se, para pagar à vista, ela tem condições de fazer isso sem precisar nos meses seguintes entrar no limite do cheque especial.

Então não é só a porcentagem do desconto que deve ser levada em conta. Também é importante preocupar-se em não comprometer o orçamento, porque depois ela vai pagar muito mais caro nos juros da conta do cheque especial, por exemplo.

Há quem prefira parcelar os impostos e investir o dinheiro na poupança. Vale a pena? Dependendo da situação, realmente compensa. O dinheiro na poupança hoje tem rendimento bem pequeno, mas funciona como uma espécia de reserva para alguma eventualidade maior. O que a pessoa precisa é evitar de assumir uma outra dívida cujo juro vai ser muito maior. Às vezes é bom manter esse dinheiro na poupança como reserva e ir parcelando as outras compras para evitar que numa necessidade tenha que recorrer a um limite que custa muito mais caro.

A poupança ainda é um bom investimento ou há outros melhores? É um bom investimento para quem tem uma quantia pequena e que tenha uma disponibilidade ou uma necessidade de curto prazo. Vale a pena pela comodidade e a facilidade de você movimentar.

Qual o melhor momento para fazer o planejamento financeiro? Pode ser feito a qualquer momento. O planejamento deve ser feito antes do final do ano, para a pessoa iniciar o ano já sabendo quais as suas despesas obrigatórias e aquelas que são eletivas. Despesa obrigatória é justamente o pagamento dos impostos, matrícula e material escolar, uniforme. Também é necessário reservar uma parcela para despesas de alimentação, vestuário etc. Se sobrar alguma coisa a pessoa pode gastar na despesa eletiva, que é a parte das férias, a parte de lazer de um modo geral.

Então quem quiser fazer uma grande viagem nas férias do final do ano que vem, ou quiser trocar o carro, deve começar já? Já deveria começar a se programar desde agora, com certeza. Até porque se é uma pessoa que antes não tinha muito controle das suas despesas, vai ter um tempo para ver realmente quais são as indispensáveis e quais aquelas que podem ficar em segundo plano. Em vez de gastar com isso, ela faz uma reserva para a hora de trocar o carro, de fazer a viagem das próximas férias.

Às vezes as pessoas esquecem que quando saem de férias recebem o adiantamento do salário do mês. Quando voltam para trabalhar, no mês seguinte não têm salário, às vezes gastam por conta e não ficam atentas a esse fato. Aí já começam o ano tendo que usar o limite do cheque especial, ou pior ainda, começam a parcelar o saldo do cartão. Muito pior que fazer uso do cheque especial é parcelar o saldo do cartão porque esta é a taxa mais alta que há no mercado.

Falando em parcelamento, final de ano também é uma época em que as pessoas querem trocar móveis, arrumar a casa para as festas. Ainda compensa pagar à vista? Os parcelamentos valem a pena de alguma maneira? Tudo depende da disponibilidade. Se a pessoa tiver recurso disponível deve tentar fazer uma negociação à vista com a loja. Na maioria das vezes as lojas não fazem questão de dar desconto para preço à vista. Falam que o financiamento é sem juros, mas na verdade os juros já estão embutidos no preço do produto. Se a pessoa tiver paciência e condição de procurar algo melhor, com certeza vai encontrar. Se não tem disponibilidade, precisa comparar os planos de financiamento e parcelamento que cada loja oferece, porque há bastante diferença nos juros de um crediário para outro.

Um tipo de investimento que está se tornando cada vez mais comum é a previdência privada. Qual é a melhor idade para começar este investimento? A previdência privada é como se fosse uma espécie de seguro saúde ou um seguro de vida. Quanto mais idade você tem, mais caro fica para você fazer o seu plano. Muita gente me pergunta quando se deve começar a fazer. É o mais cedo possível. Se aos 20 anos tiver condições de fazer um plano de previdência privada, vale a pena fazer. E a contribuição que você tem que dar é bem menor do que quando você tiver 25, 35 anos. Até os 45 anos, ainda vale pena. Depois dessa idade, vale a pena fazer uma previdência pensando nela como investimento devido a postergação do I.R., nesse caso escolha a tributação progressiva.

Fonte! Chasque Postado no Galpão Virtual (Blog) Educação Financeira com Alexandre Lopes - http://alexandre5511.blogspot.com, no dia 23 de dezembro de 2009.

Para quem vale a pena investir em previdência privada

Os bancos fazem um grande esforço para vender esses produtos nos finais de ano; saiba quando vale comprá-los

Além dos votos de amor, saúde e felicidade, todos os finais de ano são marcados, ao menos nas agências bancárias, pelas tentativas dos funcionários de vender planos de previdência complementar a seus clientes. Afinal, é um momento em que os brasileiros já estão com o 13 º salário no bolso, querem organizar suas finanças e gozam de benefícios fiscais para aplicar em determinados tipos de planos de previdência que, de quebra, lhe proporcionarão uma aposentadoria tranquila.

Continue lendo este chasque que foi publicado no Galpão Virtual do Portal Exame, de autoria de Verena Souza, em 22/12/2009, às 14h45min - http://portalexame.abril.com.br/economia/quem-vale-pena-investir-previdencia-privada-521922.html?page=full

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Escolha da previdência privada requer pesquisa

Os fundos de previdência privada caíram no gosto do brasileiro. Apesar de não termos a cultura do planejamento de longo prazo, mesmo porque a instabilidade econômica não permitia, cresce a participação deste tipo de fundo no mercado. Os fundos de previdência privada já são 10,37% entre os fundos brasileiros, bem perto dos de ações (11,47%).

Mas é preciso cuidado e muita pesquisa na hora de escolher a previdência privada. A dica número um do consultor financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia Financeira, é ter, de fato, um plano de longo prazo.

- O dinheiro da aposentadoria deve ser para a aposentadoria. Se o investidor já pensa em tirar daqui a dois anos não deve investir em previdência privada, deve procurar outra aplicação.

Uma vez definido que o dinheiro vai ser usado para a aposentadoria, é importante pesquisar fundos em ao menos cinco instituições financeiras, sendo algumas dessas seguradoras (em alguns bancos a previdência é feita pela seguradora do grupo).

Além de obter informações sobre os fundos, é muito importante se informar sobre a instituição financeira, como explica o diretor da Bradesco Vida e Previdência Lúcio Flávio Condurú de Oliveira.

- O investidor tem que analisar a instituição e entender quais são as características da aplicação. Procurar saber qual é a solidez da instituição, seus resultados e sua capacidade de atendimento porque a previdência é um investimento de médio e longo prazo.

De acordo com o consultor financeiro Reinaldo Domingos, o ideal é investir de 5% a 10% do salário na previdência privada, todos os meses.

- Acho este um valor mínimo porque é mais ou menos o que se contribui para o INSS. Mas é bom lembrar que a renda do INSS na aposentadoria tem um limite. Mas na privada não. Vai depender de quanto o investidor conseguir juntar.

Fonte! Galpão Virtual do Instituto de Educação Financeira DISOP – www.disop.com.br, no dia 9 de dezembro de 2009.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Comece 2010 cuidando melhor do seu dinheiro

Férias, ceias, presentes, IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, estas são apenas algumas das contas que as famílias têm nesse período. Isso sem contar o que já gastamos normalmente, como aluguel, alimentação, saúde e despesas diversas que fazem com que o início do ano fique com a cor vermelha para as finanças de muitas famílias.

Entretanto, a educação financeira é o melhor meio de minimizar o impacto dessas contas no orçamento doméstico.

Neste período as famílias têm uma grande oportunidade de passar ilesas por essas contas, utilizando o 13º salário para aliviar essas contas e dar início a um futuro de tranqüilidade financeira, possibilitando que se atinjam os sonhos futuros. Para isso, é necessário que se tenha idéia em que situação suas finanças se encontram, eu divido as pessoas em três grupos: “Endividados”, “Equilibrados Financeiramente” e “Investidores”.

Para saber em qual grupo sua família se encontra é necessário fazer um diagnóstico financeiro das contas mensais, ou seja, deverá saber o que ganha, o que gasta, se tem dívidas ou bens e investimentos. A partir disso, a pessoa pode se planejar para dar outros passos poupando para realizar seus sonhos, a partir do grupo que se encontra.

Se você estiver entre os endividados, o correto é registrar por 30 dias tudo que ganha e gasta, para que possui rendimentos variáveis aconselho a fazer esse exercício por 90 dias, com isso se descobrirá a média de gastos.

Nesse exercício é fundamental registrar até mesmo os pequenos gastos, como gorjetas, lanches, padarias, estacionamento, etc.. Ao fim desse período certamente se terá uma grande surpresa já iniciando a mudar alguns comportamentos com relação a utilização de seu dinheiro, reduzindo gastos desnecessários que já tinham se tornado hábitos.

Com a sobra resultante dessa mudança de hábito, você deverá procurar os credores para uma negociação com alongamento das dívidas de preferência sem juros caso isso não seja possível as taxas não deverão ultrapassar 2,5% ao mês, com parcelas que caibam em seu orçamento mensal.
Fora isso, o dinheiro do 13º salário deverá ter uma parte reservada para as compras e gastos de fim e início de ano e uma porcentagem maior para a criação de uma reserva. Recomendo guardar pelo menos 50%. A idéia é se tornar um investidor, desenvolvendo o hábito de poupar antes de gastar.

Se você está no grupo dos equilibrados Financeiramente, sem dívidas, entretanto sem dinheiro poupado, a melhor opção é iniciar um investimento, pode ser poupança, previdência privada, mas sempre amarrando este dinheiro a um sonho, podendo este ser de curto, médio ou longo prazo.

Pelo menos uma parcela do 13º salário deve ser destinada para este fim. Entretanto, o mais importante para este grupo é criar o hábito de poupar. Não se esquecendo é claro de reservar o dinheiro necessário para suprir os gastos do fim de ano.

O grupo dos investidores já atingiu o status de aplicar parte do que ganha mensalmente, assim esta de parabéns e neste sentido oriento que continuem a poupar parte do que ganha, nunca gastando mais de 80% do que você ganha mensalmente, os 20% restantes deverá ser canalizado para seus sonhos e objetivos de curto, médio e longo prazo.

O questionamento que normalmente vem à cabeça é: como faço se meu orçamento está apertado? A resposta é que só depende de sua atitude de querer e mudar o comportamento, e o mais importante é que você já iniciou esse processo. Em relação ao 13º Salário, todo o valor deverá ser canalizado para reforçar ainda mais suas aplicações, contudo, sempre com uma linha de investimento de curto prazo para poder dispor desse dinheiro para pagamento das dividas de fim de ano.

Depois de ter ajustado suas finanças é a hora de saber como agir em relação as contas de fim e início de ano. Em relação às despesas de natal, férias e ceias, o certo é colocar todos os gastos dentro de seu planejamento e nunca gastar mais do que se pode. Muitas vezes um presente um pouco mais simples é o que fará a diferença entre um 2010 com dívidas ou sem.

Sobre as contas de início de ano, o IPVA e o IPTU devem ser pagos preferencialmente a vista, aproveitando os descontos oferecidos. O mesmo ocorre com a matricula escolar, sempre tentando desconto pelo pagamento a vista. Para a compra do material escolar recomendo que os pais realizem pesquisas e que façam a compra em conjunto com outros pais. Quanto maior a quantidade a ser comprada, mais poder de negociação as pessoas terão.

Os caminhos da educação financeira parecem complicados, mas, na realidade não são, assim, aproveite seu 13º salário com sabedoria e lucidez, saiba que seu sucesso depende diretamente de suas atitudes. Boa Sorte!

Fonte! Galpão Virtual (Blog) Disop Terapia Financeira - http://disop.wordpress.com

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bolsa é opção para aposentadoria

Feitos de forma consciente, investimentos em ações podem funcionar como uma boa fonte de renda a longo prazo

Quando um trabalhador da iniciativa privada se aposenta no Brasil, via de regra, vê sua renda mensal cair consideravelmente. Atualmente, o valor máximo de benefício pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) é de R$ 3.218,90. Uma pessoa que, na ativa, recebesse R$ 5.000,00 veria seu salário cair em 35% - ou R$ 1.781,10, o que representa, nos dias de hoje, 3,83 salários-mínimos. Para complementar os ganhos, a primeira coisa que vem à cabeça dos trabalhadores são as boas e velhas previdências privadas. Há quem opte ainda pela poupança ou mesmo pelos fundos de renda fixa. O que muita gente não sabe, porém, é que a Bolsa de Valores pode representar uma boa (e relativamente segura) fonte de renda a longo prazo. Em suas formas mais “conservadoras”, os investimentos em ações costumam remunerar na ordem de 2% sobre o capital investido. Para termos de comparação, a rentabilidade mensal dos fundos de renda fixa hoje não passa de 0,8%. No caso da poupança, a remuneração não vai além de 0,6%. Na opinião do economista Gabriel Duarte, o mercado de ações pode ser considerado, atualmente, uma das melhores opções de investimento a longo prazo. “Há várias estratégias disponíveis que podem garantir ao investidor uma boa renda, sem grandes riscos”, afirma. Prova disso é que, só este ano, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) teve valorização de 84%.

Atualmente, as grandes apostas dos investidores têm sido nas ações de empresas brasileiras cuja produção é voltada para o mercado interno. “O consumo está em alta no País, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, que ainda tentam recuperar suas poupança interna afetada pela crise financeira internacional”, explica.

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual do Jornal de Baurú / SP - www.jcnet.com.br, no dia 10 de dezembro de 2009.

Previdência Privada e Feijão Tropeiro

Outro dia, em um churrasco com os amigos, à beira do fogão a lenha, estava ouvindo meus amigos conversando sobre Previdência Privada.

No fogão estávamos fazendo um belo feijão tropeiro com uma couve mineira refogada no alho e óleo.

Enquanto isso a conversa seguia… Um dizia que está preocupado com o futuro e que não confia na Previdência do governo, e que tinha iniciado uma previdência privada com 100,00 por mês, visando lá adiante depois dos 60…. Outro, disse que era mais agressivo, e estava colocando 150,00, para adiantar um pouco lá para os 50.

Eu fiquei só observando aquela conversa enquanto dava umas colheradas na panela de tropeiro…

Enquanto isso eles continuaram. Um dizia que com mais 20 anos de contribuição estava livre de trabalhar, outro mais “otimista” dizia que com mais 15 anos estava finalmente livre, e que não aguentava mais ir na empresa todo santo dia (já tinha mais de 20 anos de firma).

Derrepente viraram pra mim, me censurando sobre as colheradas na panela, e me perguntando: “- E você, Leitão? Tem previdência privada? Quando vai se aposentar?”

Eu disse: “Não tenho previdência privada não, é fria! Você dá seu dinheiro para um terceiro administrar, ele faz isso mal feito e ainda lhe cobra por isso, e não devolve seu dinheiro! Vou me aposentar ano que vem!”

Um já deu uma engasgada com um pedaço de carne assada, o outro pegou um copo de pinga e virou….

Gente, não tem coisa melhor do que nós mesmos administrarmos nossa poupança, e nossa aposentadoria. E não há lugar melhor para isso do que na Bolsa de Valores. Mas isso sem jogatinas, sem oportunismos tolos, etc…. De forma disciplinada, consciente, consistente, chegamos lá, e antes do que a gente imagina.

Tenho amigos muito próximos que são excelentes profissionais, muito inteligentes e competentes, mas que têm pouca educação financeira, e zero educação para Investimentos e bolsa de valores. É uma pena, pois querendo ou não, estamos em um sistema capitalista, e precisamos aprender a lidar com dinheiro.

Vejo muitos amigos bons em ganhar dinheiro, mas depois não sabem o que fazer com ele. E ganhar dinheiro sem saber o que fazer com ele é o mesmo que pegar água com balde furado…

Fonte! Chasque publicado no dia 24/11/2009 por Leitão (Analista, especulador e investidor) no galpão virtual (Blog pessoal) - http://leitaoemacao.com. Chasque eletrônico - leitao@leitaoemacao.com

Estamos chegando a galope

Bueno!

Caros Tradicionalistas e gauchada em geral!

Estamos acostumados a divulgar o Movimento Tradicionalista Gaúcho, os eventos dos nossos CTGs, de Alvorada, da 1ª Região Tradicionalista do RS e do MTG, em dois jornais daqui de Alvorada (Jornal A Semana desde dia 03 de dezembro de 1998 e Jornal de Alvorada desde março de 2007). Ambos tem circulação semanal.

Fomos por sete anos consecutivos o responsável pela divulgação do Tradicionalismo Gaúcho na 1ª Região Tradicionalista do RS, ocupando o cardo de Diretor de Divulgação (de 2000 a 2007).

Temos mais de 120 CTGs filiados somente na 1ª Região. Temos no Rio Grande do Sul mais de 1.500 CTGs filiados. Ao todo, temos no Brasil e no exterior, somados aos do Rio Grande, mais de 3.000 entidades filiadas.

Agora vejam: Tudo isso é movido a dinheiro. Tudo isso, além de ser o maior segmento cultural organizado do mundo, faz gerar a economia, pois, estes tradicionalistas tem carro, tem suas pilchas, muitos tem cavalos, e aí vai ração, cocheira, alfafa, medicamentos..... Os CTGs são como empresas, pois realizam eventos, compram carne, outros alimentos, bebidas, e contratam o conjunto, ou seja, tudo isso é uma roda vida. É a economia gerada pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Mas, neste espaço, dedicado em especial aos tradicionalistas, vamos abordar as FINANÇAS PESSOAIS, pois, o gaúcho, mesmo sendo um fervoroso tradicionalista, também ENVELHECE. E se não se preocupar em fazer uma PREVIDÊNCIA PRIVADA, e/ou outros investimentos ao longo de sua vida, quando se aposentar, aí poderá ser tarde demais, e vai depender da aposentadoria do INSS.

E sabes o que quer dizer INSS????????

Resposta: ISSO NUNCA SERÁ SUFICIENTE.

Portanto, estaremos trazendo CHASQUES sobre os diversos meios e modos de o vivente fazer os seus investimentos para o futuro. O primeiro passo É NÃO GASTAR MAIS DO QUE GANHA. o segundo passo poderá ser FAZER UM ORÇAMENTO DO SEU RANCHO, anotando todas as RECEITAS e todas as DESPESAS, isso mês a mês!

Cordiais Saudações Tradicionalistas

Valdemar Engroff