segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vendedor leva apenas 5 minutos para vencer burocracia e se aposentar

Vendedor de peças de automóveis, José Dias dos Santos Souza, de 54 anos, levou o menor tempo possível para tirar a aposentadoria por tempo de contribuição pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apresentou as carteiras de trabalho e os xerox dos comprovantes. O atendente do INSS conferiu os documentos, bateu o carimbo e pronto. Em cinco minutos, ele se tornou o mais novo aposentado brasileiro. “Nossa mãe! Foi uma felicidade dobrada. Nem acreditei. Na minha cabeça, o benefício só iria sair lá para junho, julho”, comemora. Fazer a aposentadoria em menos de meia hora, mais do que a promessa do então ministro da Previdência Social, José Pimentel, que sairia depois candidato a cargo político no Ceará – o atual ministro é Carlos Eduardo Gabas –, só foi possível porque o vendedor estava com os papéis em dia.

José Dias dos Santos Souza reuniu os documentos e acelerou o processo

Além disso, para se aposentar sem burocracia, o INSS permite agora que o trabalhador acompanhe, pela internet, cada passo da sua vida dentro do plano de previdência pública. Atualmente, qualquer um pode ir à agência da Previdência Social, com hora marcada, e conseguir uma senha e o cadastro da sua vida pela internet. “Se a pessoa for correntista do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, com a mesma senha pessoal do banco, poderá tirar também o seu extrato na Previdência Social, informando as empresas onde trabalhou e os valores depositados”, afirma Alba Valéria de Assis, gerente-executiva do INSS em Belo Horizonte.

No projeto-piloto da Agência da Previdência Social em Venda Nova, os atendentes estão convocando os segurados a regularizar já o cadastro, antes de chegar a hora da aposentadoria. “Às vezes, a mesma pessoa consta em mais de um número do PIS, em outros casos o nome está com a grafia errada, mas há falhas na contagem do tempo que só se descobre no momento da aposentadoria. É raríssimo estar tudo OK e conseguir se aposentar em menos de meia hora”, alerta a gerente Geisa Andrade Matias Von Randow. “O caso de sucesso do senhor José Dias, que se aposentou em cinco minutos, nos mostrou que era necessário aperfeiçoar o cadastro para tornar realidade o projeto da aposentadoria em meia hora”, completa.

No cadastro de José Dias, não havia dúvidas. “Consultei antes o que devia fazer na internet. Levei as carteiras de trabalho e as cópias autenticadas dos documentos”, conta. Também agendou antes a consulta, pelo telefone 135. Chegou 10 minutos antes da hora marcada, 8h. Não havia filas e foi atendido dentro do horário. O funcionário do INSS pegou a carteira de trabalho e conferiu os dados com as informações contidas no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) do computador. “Como trabalhei a vida toda em concessionárias de veículos sérias (a última foi a Carbel), estava tudo certo. As informações bateram”, diz.

Aos 54 anos, Dias já sabia da perda de cerca de 30% no benefício em função da incidência do fator previdenciário no cálculo do valor. “Já completei 35 anos de trabalho e vou me arriscar. Para me aposentar integral, teria de trabalhar até os 65 anos. Não vou aguentar esperar a mudança nas regras”, afirma. Ele se refere à proposta de substituição do atual fator previdenciário pela Fórmula 95/85, que caiu no esquecimento com o impasse na definição dos índices de reajuste das aposentadorias e do salário mínimo para este ano. Em 15 a 20 dias, o vendedor esperava receber em casa a carta da aposentadoria e retirar o primeiro rendimento como aposentado, em torno de R$ 1,5 mil.
 
Fonte! Chasque publicado no Portal UAI - http://www.uai.com.br/, por Sandra Kiefer - Estado de Minas, no dia 22 de abril de 2010.

Bancos criam armadilhas para os clientes

Previdência privada para aposentado, título de capitalização como investimento, seguro de vida para quem quer empréstimo, pacote de serviços para conta salário. O Estado de Minas foi às agências dos cinco maiores bancos do país – Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander/Real – e comprovou que elas vendem coelho por lebre. A principal arma para não cair na lábia das instituições financeiras, ou melhor, dos vendedores de produtos financeiros, é a informação prévia, alertam especialistas em finanças. A falta de conhecimento antes de fechar o negócio leva a maior parte dos investidores iniciantes a fazerem aplicações equivocadas, confirma a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Nas áreas de atendimento aos investidores das agências visitadas em Belo Horizonte, o EM pediu informações sobre e em que produtos poderiam ser melhor aplicados entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. A reportagem recebeu indicações para poupança, Certificado de Depósito Bancário (CDB), planos de previdência privada (VGBL e PGBL) e até mesmo títulos de capitalização. Tesouro Direto, fundos de investimentos e ações são exemplos de produtos que não fizeram parte do cardápio.

A indicação do Santander/Real foi investir uma parte do dinheiro na poupança e outra no Ourocap (título de capitalização). “Não é investimento, mas você pode tentar a sorte e concorrer a até R$ 2 milhões todos os meses”, informou a subgerente. Na Caixa Econômica, a funcionária ofereceu “VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), com o mix 85% de renda fixa e 15% variável”. No Bradesco, a atendente foi taxativa: “Hiperfundo (o título de capitalização do banco), onde quanto mais você investe mais chances tem de ganhar, ou PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), para descontar o dinheiro aplicado do IR a ser pago”. No Itaú Unibanco, a orientação foi colocar o dinheiro na poupança, que tem rentabilidade garantida, permite o saque a qualquer momento e não sofre incidência de imposto. “Com a queda da taxa de juros, você pode pensar, de novo, em CDB”, disse o gerente.

No Banco do Brasil, a funcionária informou que a melhor aplicação também dependia do planejamento de vida. Mas, enfatizou que “ultimamente a melhor opção era o VGBL. Indico até para aposentados”, contou. O professor e consultor em finanças Rafael Paschoarelli alerta: “temos que enxergar o gerente do banco como um vendedor. Pensar se o que ele está oferecendo é bom para ele ou para nós, clientes”, afirma. Para ele, o título de capitalização é o maior vilão. “É um produto vendido por pressão e uma das principais metas a serem batidas pelos funcionários”, denuncia.

Banco é como uma farmácia, compara o planejador financeiro e professor de finanças pessoais Jurandir Sell. “Não dá para chegar e pedir o melhor remédio que há na farmácia. Depende dos seus sintomas”. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que é contra venda casada e estimula a transparência. O cliente insatisfeito pode reclamar ao Banco Central pelo telefone gratuito 0800-979-2345.

Para não cair nas pegadinhas nos bancos

Tomar uma decisão com base apenas na informação recebida é como jogar xadrez deixando o seu adversário dizer que peças você deve mexer. Então, se proteja.

A pressa é tão grande que, na maior parte das vezes, as pessoas nem lêem o contrato que estão assinando. Não aceite nada antes de se informar de forma clara.

Na hora de vender o seu carro, você se concentra em falar sobre as coisas boas do automóvel. Por esse raciocínio, quando estiver negociando algo, lhe caberá levantar os pontos desfavoráveis.

Na sua última negociação envolvendo financiamento ou empréstimo, lembrou-se de perguntar qual era o valor da TAC, IOF, seguro prestamista, lâmina do boleto? Faça todas essas perguntas sempre.

Na compra de título de capitalização, saber o custo mensal a ser pago e o valor do prêmio não é suficiente. Se não for dito com clareza, questione qual das parcelas renderá e a que vai para as despesas e para o sorteio do plano.

Na contratação de um plano de previdência, seja VGBL ou PGBL, informe-se sobre as taxas de carregamento do fundo e de administração. Além disso, procure saber as regras de tributação sobre o rendimento. Você pode fazer a comparação entre os bancos.

Por meio do Tesouro Direto, pequenos investidores conseguem aplicar a partir de R$ 200 em títulos federais. O rendimento é similar ao que os grandes investidores conseguem.

O verdadeiro valor do bem é o melhor preço à vista que você conseguir negociar, e não a soma das prestações.

O mesmo banco que cobra 12% no cheque especial, cobra 4% no crédito pessoal. O mesmo banco cobra taxas ainda mais baixas, se o crédito for consignado.

Nunca some a sua renda mensal com o crédito que você tem no banco ou no cartão de crédito. Sua capacidade de gastos é dada pela renda líquida menos os custos fixos
 
Fonte! Chasque publicado no sítio do Portal UAI - http://www.uai.com.br/, por Paola Carvalho - Estado de Minas, no dia 26 de abril de 2010.

Investir por conta própria é opção para aposentadoria

Taxas cobradas por planos de previdência privada, a longo prazo, corroem a rentabilidade da aplicação destinada à aposentadoria

Roberta Scrivano, de O Estado de S. Paulo

São Paulo! Planos de previdência privada têm tido crescimento exponencial no Brasil nos últimos anos. Mas, segundo especialistas em finanças pessoais, não são a única maneira de planejar a aposentadoria. Há alternativas que permitem ao investidor gerir o próprio dinheiro. Alguns cálculos revelam que essas formas podem até resultar em rendimentos mais significativos que os oferecidos na previdência privada.

A liberdade para a movimentação do dinheiro, o que possibilita ao investidor aproveitar as bonanças do mercado no decorrer do tempo, é o grande diferencial entre a elaboração de uma carteira para a aposentadoria e a tradicional previdência. Além disso, com a alternativa para o planejamento, o cliente está livre de taxas de administração, de carregamento e de saída cobradas pelos bancos na previdência.

"São inúmeras as taxas de um plano de previdência. Esses custos, no longo prazo, diminuem significativamente os rendimentos", explica Otto Nogami, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec São Paulo).

Carteiras que mesclam renda fixa com variável são a alternativa mais recomendada por especialistas em finanças pessoais. Rodrigo Menon, da Beta Advisor, salienta que "a regra é diversificar". A carteira recomendada por ele para um investidor que tem, no mínimo, prazo de 15 anos para se aposentar é: 25% em ações; 20% em títulos atrelados à inflação; 20% em títulos prefixados e 25% em DI (que segue as taxas de juros pós-fixadas).

Os mais velhos, que estão mais perto da aposentadoria, devem manter 15% em ações e adicionar 10% em DI, segundo a recomendação do especialista. "Essas são recomendações a investidores padrão, ou seja, com perfil moderado", observa Menon.

Risco. Décio Pecequilo, operador sênior da TOV Corretora, é mais arrojado e diz que jovens podem ter 80% ou até 100% em ações. "Eu, por exemplo, acumulei patrimônio somente com investimentos nesses papéis", diz.

Para o professor do Insper, porém, independentemente da idade, quem planeja a aposentadoria deve manter 50% dos investimentos em títulos públicos ou CDB. Nas contas dele, 30% devem ficar em bolsa e os 20% restantes, na poupança ou em fundos DI. A ideia, diz ele, é que o investidor desloque os recursos caso haja uma boa oportunidade no mercado.

"Mas, atenção, em todos os quesitos, sobretudo na bolsa, o investidor precisa conhecer bem o produto", diz.

Disciplina. Os especialistas frisam que planejar a aposentadoria fora da tradicional previdência é apenas para aqueles que têm disciplina para controlar o orçamento. "Caso contrário, é melhor manter o dinheiro no piloto automático da previdência", afirma Menon. "Investimentos em ações precisam de acompanhamento e atenção", completa Pecequilo.

Comprar imóveis para depois locar também está na lista de alternativas à previdência. "Aluguéis servem como complemento de renda na aposentadoria", diz Menon. Os mais indicados são os imóveis comerciais, que têm maior potencial de retorno.

Nogami, do Insper, não recomenda essas aplicações. "Não há liquidez para isso", diz. Ele também observa que o investidor que escolher o caminho próprio não terá os benefícios fiscais concedidos nos planos de previdência.

‘Meu futuro será bancado com aluguéis de casas que eu mesmo vou construir’

Arquiteto quer aproveitar a experiência no setor

Márcio Barth tem 33 anos, é arquiteto e dono do escritório Base 2 Arquitetura. Como profissional autônomo, não recolhe INSS, mas planeja de maneira independente a aposentadoria. "Meu futuro será bancado com aluguéis de casas que eu mesmo irei construir", diz.

Hoje, o jovem tem uma poupança que usará para adquirir o primeiro terreno "assim que a melhor oportunidade for escolhida". "Pretendo sempre construir duas casas. Uma delas eu vou vender e a outra, manterei alugada." Com a venda, Barth pretende se capitalizar para comprar um novo terreno. Com o aluguel, o arquiteto planeja bancar a construção das próximas duas casas. "E assim sucessivamente", comenta.

A intenção de Barth é manter um bom número de locatários ativos. "Isso será daqui alguns anos", diz. Quando a engrenagem estiver girando sozinha, ele pretende utilizar os aluguéis como aposentadoria.

Fonte! Chasque publicado no sítio do O Estado de São Paulom na seção Economia & Negócios - http://economia.estadao.com.br/, no dia 25 de abril de 2010.

Corretora de Bolsa de Valores - como escolher?

Escolher a corretora é a primeira decisão que você vai tomar depois de resolver entrar na bolsa de valores. É ela quem vai fazer o meio de campo entre você e a Bovespa. Você transmite a ordem de compra e venda e a empresa – mais especificamente seu corretor – executa. Por isso, essa escolha pode influenciar toda a sua experiência a seguir, a curto e a médio prazo.

Ela é membro da Bovespa?

Procure uma corretora entre as diversas que são membro da Bovespa. Se alguma empresa o procurar, verifique antes se ela faz parte da lista.

Qual o valor mínimo para se cadastrar?

Nem todas corretoras operam com valores baixos e certamente todas operam com valores altos. Mas, também certamente, com um pouco de pesquisa, você encontrará uma de qualidade perfeita para seu perfil.

Quais são os custos?

Fique atento, pois algumas corretoras abrem mão da porcentagem e mantém um valor fixo muito baixo que pode parecer vantajoso em um primeiro momento, mas cobram uma taxa mensal fixa, uma taxa de custódia das ações ou uma taxa de conta inativa – que para quem pretende investir a longo prazo é pouco vantajosa. O barato pode sair caro.

Qual a burocracia do cadastro em uma corretora?

É muito mais fácil e rápido que abrir uma conta em um banco (Porém, é claro que você já vai ter que ter uma conta em banco). Na verdade, é tão fácil que você vai se perguntar porque não fez isso antes e continua com juros de menos de 12% ao ano na Caderneta de Poupança e tendo que enfrentar fila.

Para executar esse passo voce precisa:

* Documento de identidade
* CPF
* Comprovante de endereço
* Uma conta corrente.
* Preenchimento de um cadastro.
* Assinatura de contrato.

Você foi bem tratado?

Essa é óbvia até se você pretende comprar um liqüidificador. Se a loja não o trata bem você não volta mais. Se o corretor – a pessoa que estará em contato com você – não o tratar bem, esqueça.

Dias depois de preencher o cadastro, recebemos os contratos para assinar em casa acompanhado de um envelope selado para devolvê-lo, evitando assim um deslocamento desnecessário.

Fonte! Chasque publicado no sítio (blog) Planilhabolsa - http://www.planilhabolsa.blogspot.com/, no dia 25 de abril de 2010.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Palestra Gratuita em Porto Alegre (RS) - 5

Bueno! A Gradual Investimentos, uma das mais conceituadas corretoras do país, programou para o dia 03 de maio, às 19h20min, em sua filial em Porto Algre, na Rua Mostardeiro, 366, sala 901, palestra gratuita de nível básico, com o tema "Introdução ao Mercado de Ações". A palestra abordará os seguintes assuntos:

1 - Instrumentos de investimentos;
2 - Tipos de mercados;
3 - O que se pode ganhar no mercado acionário;
4 - Produtos oferecidos pela Gradual Investimentos;
5 - funcionamento do mercado de ações;
6 - Custos operacionais.

Toda a palestra será baseada na experiência e nas estratégias utilizadas pelo profissional de mercado, utilizando de exemplos reais, sendo palestrante o Sr. Francisco Dias.

Inscreva-se entrando em contato pelo fone (51) 2111.6400.

Fonte! Dados e informações colhidas no sítio da Gradual Investimentos - http://www.gradualinvestimentos.com.br/

Palestra Gratuita em Porto Alegre (RS) - 4

Bueno! A Gradual Investimentos, uma das mais conceituadas corretoras do país, programou para o dia 28 de abril, às 19h20min, em sua filial em Porto Algre, na Rua Mostardeiro, 366, sala 901, palestra gratuita (para todos os níveis) tema "BM&F Mercados Agropecuários".

A palestra abordará: Estruturas; Mecanismos e Estratégias, sendo palestrante o Sr. Luiz Felipe Vieira, que é Operador de Mesa Agrícola

Inscreva-se entrando em contato pelo fone (51) 2111.6400.

Fonte! Dados e informações colhidas no sítio da Gradual Investimentos - http://www.gradualinvestimentos.com.br/.

Palestra Gratuita em Porto Alegre (RS) - 3

Bueno! A Gradual Investimentos, uma das mais conceituadas corretoras do país, programou para o dia 27 de abril, às 19h20min, em sua filial em Porto Algre, na Rua Mostardeiro, 366, sala 901, palestra gratuita de nível básico com o tema "Introdução ao Hombrocker". Os tópicos a serem abordados serão:
- Criando uma tela de cotações;
- Inserindo ordens de compra e venda;
- Programando Stop Gain e Stop Loss;
- Programando Alertas;
- Acompanhamento de Ordens;
- Alteração de ordem e cancelamento;
- Nota de corretagem;
- Acompanhando o Extrato;
- Acompanhamento de Fundos e Clubes;
- Solicitação de deposito e retirada;
- Alterando a Senha.

A palestra será baseada na experiência e nas estratégias utilizadas pelo profissional de mercado, utilizando de exemplos reais, sendo palestrante o Sr. Felipe Moraes Schutt.

Inscreva-se entrando em contato pelo fone (51) 2111.6400.

Fonte! Dados e informações colhidas no sítio da Gradual Investimentos - http://www.gradualinvestimentos.com.br/.

Palestra Gratuita em Porto Alegre (RS) - 2

Bueno! A Gradual Investimentos, uma das mais conceituadas corretoras do país, programou para o dia 22 de abril, às 19h20min, em sua filial em Porto Algre, na Rua Mostardeiro, 366, sala 901, palestra gratuita de nível básico, com o tema "Desmistificando o Mercado futuro, Hedge com dólar, produtos agrícolas e índices". A palestra será baseada na experiência e nas estratégias utilizadas pelo profissional de mercado, utilizando de exemplos reais, sendo palestrate o Sr. Francisco Dias.

Inscreva-se entrando em contato pelo fone (51) 2111.6400.

Fonte! Dados e informações colhidas no sítio da Gradual Investimentos - http://www.gradualinvestimentos.com.br/.

sábado, 17 de abril de 2010

Palestra Gratuita em Porto Alegre (RS)

Bueno! A XP Investimentos e a QUEB convidam a gauchada para participar no dia 19 de abril, às 19h15min, de uma palestra gratuita onde será abordada a INTRODUÇÃO AO MERCADO DE AÇÕES, na sede da XP Investimentos, localizada na Av. Carlos Gomes, 222, sala 202.

Informações pelo fone (51) 3014-3749 ou pelo chasque eletrônico (e-mail) palestraspoa@xpe.com.br.

E se o vivente quiser dar uma camperiada pelo sítio da XP Investimentos, não se acanhe: http://www.xpi.com.br/.

Lições em família

Para o mercado, inserir a educação financeira na grade curricular brasileira é uma forma de inclusão social.

Por Denise Bueno, para o Valor, de São Paulo

Maria Beatriz tem apenas 4 anos. Ela acaba de fazer aniversário. Ganhou dezenas de presentes. Mas ficou faltando a Barbie Vida de Sereia. Como toda criança, pediu com jeitinho, com choro e com aquela insistência típica dos pequenos. Kelly Lubiato e Paulo Viana encerraram o assunto com uma séria conversa. “Dinheiro não nasce em árvore. Vem do trabalho e precisa ser bem usado”, diz a mãe, que se prepara para receber a segunda filha, Heloisa, nos próximos dias.

A pequena Mabi, como é chamada, tem duas opções: esperar até o dia da criança, data mais próxima para presentes, ou juntar as moedinhas em seu cofrinho. Ansiosa como qualquer outra pessoa que tem um objeto de desejo em mente, Mabi corre para pegar todas as moedas que vê pela frente. E encontra outra regra. “Só pode juntar as moedas de casa, sem pedir para avós, tios ou amigos”, ensina o pai.

Logo ela percebeu que seu sonho de consumo vai demorar um pouco para se realizar. “Mamãe disse que tenho de fazer oito montinhos de dez reais”, diz, curiosa com a lógica matemática. Mal sabe ela que já tem um bom patrimônio num plano de previdência privada desde que nasceu, onde os juros compostos já começam a fazer uma grande diferença. “Na hora certa ela saberá que essa poupança tem um objetivo diferente do dia a dia. É de longo prazo e não pode mexer. Servirá para pagar a faculdade ou um curso no exterior. Se não precisar, melhor. Fica para a aposentadoria”, planeja Kelly.

É exatamente isso que governos e entidades de todo o mundo querem ensinar para a população. Para desenhar esse destino para o Brasil, que caminha para ser a quinta maior economia do mundo nos próximos anos, o governo priorizou a educação financeira. Um dos primeiros passos para tornar realidade o que vinha sendo falado há tempos, desde 2007, foi a criação, por meio de um decreto, do Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro (Coremec). Fazem parte desse comitê de fiscalização financeira o Ministério da Educação, o Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e a recém-criada Previc.

André Saito, pesquisador e professor do Laboratório de Finanças (Labfin) da Fundação Instituto de Administração (FIA), diz que o processo de educação financeira no Brasil tem melhorado ano a ano. Porém, ainda está muito atrás do existente em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o tema educação financeira é obrigatório e faz parte da grade escolar. No Reino Unido é facultativo e entra como tema transversal, ou seja, em matérias tradicionais como matemática, a partir da educação infantil.

Apesar do atraso, os programas brasileiros procuram pular etapas, como, por exemplo, ouvir a opinião da sociedade. O que não foi feito pelos Estados Unidos quando implementou a educação financeira já em 2006.

No ápice do tsunami financeiro desencadeado a partir do fim de 2008, o então secretário do Tesouro americano chegou a declarar que o país demorou para investir em educação financeira. Segundo Henry Paulson, se isso tivesse sido feito antes, a oferta de produtos inadequados por parte dos bancos não teria encontrado tanta demanda na sociedade americana.

Apesar do baixo desempenho do Brasil no que se refere ao assunto, o país se destaca na América Latina por estar trabalhando para incluir o tema nas escolas, diz Saito. A ideia inicial do projeto de lei 3401/2004, já aprovado e encaminhado para discussão no Senado, era inserir a educação financeira no currículo escolar da quinta à oitava série do ensino fundamental e do ensino médio. Mas o debate por enquanto aguarda definições.

Mas o grande desafio é formar o educador, que precisa entender melhor como organizar suas finanças pessoais e usar os produtos financeiros como aliados no crescimento. “Além disso, as escolas já têm desafios demais no dia a dia”, diz José Alexandre Vasco superintendente de proteção e orientação a investidores da CVM.

Segundo Vasco, o treinamento de professores universitários está a todo vapor. São formados grupos de 50 a 70 pessoas, que ficam por uma semana imersos em palestras promovidas pelos integrantes do Comitê Consultivo de Educação, formado pela CVM e um conjunto de instituições atuantes no mercado de capitais. “Sem conhecimento, o investidor pode tomar decisões erradas, o que é ruim para todos”, diz Vasco. Segundo ele, os pequenos investidores mais atuantes e portanto aliados no desenvolvimento do mercado de capitais, principalmente no que diz respeito a denunciar fatos que geram perdas aos acionistas.

Com o objetivo de deixar os cidadãos mais conscientes dos riscos que correm ao entrar na ciranda financeira e desta forma poderem fazer opções mais adequadas, as instituições financeiras se uniram para apoiar um amplo programa de educação financeira. O tema entrou na ordem do dia principalmente depois da estabilidade econômica. “Em menos de uma década a participação do crédito no PIB era de 20%, e hoje é 45% e com viés de alta”, afirma Oswaldo de Assis, diretor executivo da Febraban, que acaba de lançar o portal http://www.meubolsoemdia/. “Sem falar na diversidade de produtos financeiros e no boom do crédito imobiliário previsto para estes anos.”

O acesso aos serviços bancários, principalmente ao crédito, tem se mostrado uma forte ferramenta de inclusão social. “O fato de a pessoa ter condições de acessar o banco, e de o crédito estar chegando a muito mais gente, torna necessário um investimento maciço em educação financeira”, afirma o diretor da Febraban. Nilton Pelegrino, diretor de crédito do Bradesco, é mais enfático. “Costumo dizer que o crédito para a sociedade é como o sangue. Irriga e renova por onde passa. Mas um litro a mais pode levar à morte.”

Na visão da Febraban, que busca levar conceitos gerais de finanças pessoais para a sociedade, a orientação financeira é fundamental nesta nova realidade brasileira. “Temos 23 milhões de pessoas entrando na classe média nos últimos cinco anos. E eles têm muita ansiedade de trazer o futuro para o presente, o que pode causar desequilíbrio no orçamento”. Além do projeto da Febraban, cada banco tem suas próprias iniciativas, bem como investimentos pesados em treinar profissionais que multipliquem o conhecimento financeiro nesta nova realidade brasileira, de taxas de juros mais baixas.

O programa de educação financeira das entidades pode ser dividido em ações para a nova classe média, que começa agora a ter acesso aos produtos financeiros e necessita de esclarecimentos para fazer a melhor opção; para os jovens, numa tentativa de ensiná-lo a poupar um pouco do que ganha; para os aposentados, muitas vezes tentados a fazer sacrifícios para ajudar a família; e para aqueles que já têm um “pé de meia” e que precisam saber investir para garantir rendimentos robustos num cenário de taxas de juros reduzidas e mercado de capitais mais atrativo.

“Uma diferença de R$ 20 pode comprometer um percentual significativo do salário mínimo”, diz Antonio Cássio Seguro, gerente executivo da diretoria de varejo do Banco do Brasil, que lançará um portal de educação financeira em junho. “Ter o nome sujo afeta a saúde, o casamento, o emprego”, afirma Eduardo Jurcevic, diretor de investimentos do Santander, que já realizou 2.120 palestras sobre o tema com 101.230 participantes desde 2003, em sua grande maioria empresas e escolas.

Segundo Roseli Garcia, superintendente do atendimento ao consumidor da Associação Comercial de São Paulo, a educação financeira é uma prioridade da entidade desde 1995. “Os comerciantes querem o consumidor com finanças saudáveis para continuarem sempre clientes”, diz a executiva, que faz mais de 100 palestras por ano.

O primeiro trabalho da associação foi ajudar o consumidor a limpar o nome na praça para poder voltar a comprar a prazo. Agora, o principal trabalho de Roseli é ajudar a população a usar o crédito de forma inteligente. “Meu objetivo é mostrar a eles que não precisa entender de matemática ou de planilha Excel. Basta marcar na caderneta os gastos”, diz Roseli, da ACSP, por onde passam 2 mil pessoas por dia, na maioria dos casos pedindo ajuda para gerir o orçamento familiar. Além dos milhares de internautas atendidos pelo portal http://www.apoioaoconsumidor.com.br/

Uma das novidades é o treinamento de militares. Para isso, o Banco Central criou um programa básico e simples sobre como organizar o orçamento pessoal e fazer a gestão das despesas e receitas da família. Os primeiros a serem qualificados para multiplicar o conhecimento são os militares da Aeronáutica. O programa, num segundo momento, será levado para a tropa do Exército e da Marinha. Também está em andamento um treinamento aos beneficiários do programa social Bolsa Família.

Na área de seguro, o Sindicato dos Corretores (Sincor-SP) e o Sindicato das Seguradoras do Estado de São Paulo (Sindseg-SP) lançaram o programa Cultura do Seguro em 1992. Um dos principais programas para divulgar o seguro nas escolas é o “Educar para Proteger”. Em 2009 foram apresentadas 3.242 palestras, que reuniram 94.287 alunos. Em 2010, doze palestras foram proferidas para 382 alunos. “O objetivo é sensibilizar jovens sobre a importância do planejamento pessoal e familiar, desde cedo, para a proteção da vida e do patrimônio”, explica Leôncio de Arruda, presidente do Sincor-SP.

Fonte! Chasque publicado no sítio Original 123, no dia 16 de abril de 2010 - http://www.original123.com.br/

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um dinheiro só seu

Com quase 30 anos de expectativa de vida depois dos 60, melhor é batalhar um rendimento extra para não depender somente da aposentadoria oficial

Aposentadoria tranquila é desejo de dez entre dez trabalhadores. Mas o fim da fase produtiva não significa descanso e descompromisso. Na verdade, antes mesmo de chegar lá, o sujeito precisa de planejamento e disciplina, inclusive na área financeira, para não amargar problemas de toda ordem, quando a preocupação deveria ser curtir a vida. Enfim, aposentar dá trabalho.

Depender dos valores dos benefícios pagos pela previdência social não vai sustentar o ciclo econômico de nenhuma sociedade, garante o consultor financeiro Augusto Sabóia. “Quem quer manter o padrão de vida precisa fazer reserva. O quanto antes”, diz. Se o pé-de-meia começar antes dos 30 anos, tanto melhor. Os depósitos mensais são menores e o tempo é um dos grandes aliados do investidor. Mas quem chega aos 50, 60 anos, sem a tal reserva técnica, também pode pensar em uma poupança para o futuro. Os consultores têm diferentes estratégias para isso. Sabóia aposta na previdência privada, ainda que o prazo para aplicação seja inferior ao recomendado para o trabalhador na ativa. A longevidade e a expectativa de vida são seus principais argumentos. “Mesmo com aportes maiores, há como administrar patrimônio e rendas extras – como restituição de imposto de renda ou pagamento de férias e 13.º, para quem ainda está no mercado – para aplicar em planos de previdência privada”, diz. A venda de bens e imóveis, por exemplo, pode ser inteiramente aplicada nos planos, garantindo saldo para o pagamento dos benefícios no futuro.

O consultor Renato Follador, presidente do Fundo Paraná, também considera os planos de aposentadoria privados uma saída viável. “Aos 60 anos, o investidor ainda pode aplicar por dez anos e usufruir do benefício a partir dos 70. A longevidade do brasileiro dá essa margem”, diz. Para isso, precisa observar fatores importantes, como a rentabilidade, a solidez da instituição e a composição da carteira de investimento. “Não dá para apostar somente em rendimento variável, que é apoiado no mercado de ações, porque o prazo é mais curto, e, se houver perdas, elas podem não ser recuperáveis”, explica.

A expectativa de vida, no entanto, é o argumento do consultor e escritor Humberto Veiga, autor do livro Tranquilidade Financeira, ainda inédito pela Editora Record, para evitar os planos de previdência. Veiga concorda em planejamento a longo prazo para a aposentadoria, e dedica um terço de seu livro aos planos privados. Mas, para quem está com 60 anos, considera a estratégia arriscada. Taxas de administração e de imposto de renda vão comer 40% dos rendimentos. Além dos custos elevados, o pouco tempo de contribuição não compensa na rentabilidade. “Com carteiras mais agressivas, onde 49% da composição são em bolsa de valores, é preciso trabalhar com tempo. Em um ano, a chance de terminar com menos dinheiro do que foi aplicado é de 50%. Esse risco cai para 5% quando prazo é de cinco anos de aplicação”, diz.

Veiga dá outras alternativas, que podem variar de acordo com o perfil do poupador. Indisciplinados podem escolher modalidades de depósito compulsório e fundos de previdência instituídos, ofertados por entidades de classe. “As taxas de administração são menores”, justifica. Outra opção, para quem tem alguma disciplina, é investir em poupança. “Operação simples e que pode receber valores de todo montante. Não exige muito conhecimento sobre finanças, mas é preciso ter responsabilidade para não mexer no dinheiro por qualquer razão”, explica.

Quem tem mais habilidade com mercado financeiro e acompanha seu comportamento pode optar por títulos públicos. Notas do Tesouro Nacional (NTN), série B, que podem ser adquiridos em cotas, têm rendimento semestral e diferentes prazos de vencimento, até 2045, com juros e correção da inflação no período. “O título pode ser resgatado antes do prazo porque a União recompra os papéis semanalmente. E o saldo não fica com a instituição, em caso de morte do poupador”, avalia.

Serviço:

Especialistas em mercado financeiro e investimentos participam da 5.ª Expo Money Curitiba, que termina hoje no Expo Unimed. Das 13 às 21h30, haverá palestras e exposições de instituições financeiras, na Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300. Informações e inscrições no site www.expomoney.com.br/curitiba.

Um para cada tipo

Planos de previdência privada são produtos de aplicação a longo prazo, preferencialmente. Um bom corretor e uma instituição confiável ajudam a traçar a melhor estratégia de investimento e modalidade de resgate. É bom saber:

Planejamento

Quanto você quer receber de aposentadoria? Como é seu padrão de vida? Quem vai cuidar de você aos 80 anos? Essas perguntas são fundamentais antes de planejar a aposentadoria, segundo consultor Augusto Sabóia. “Esse dinheiro que vai ser guardado não é seu. É para o ‘Sr.Você’, um idoso de 70 anos que você vai conhecer no futuro.”

Perfis

Há dois tipos básicos: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Em ambos, há o período de contribuição e o de recebimento de benefícios, e o prazo para ambos é escolhido pelo contratante. A diferença básica é a tributação. No PGBL é possível deduzir o valor das contribuições no Imposto de Renda.

Pagamento

É possível optar por formas diferentes do pagamento do benefício. Dá para resgatar tudo de uma vez no fim do prazo contratado, receber por um determinado período ou ter uma aposentadoria vitalícia. Neste caso, o saldo fica para a instituição financeira, que assume o risco baseado na taxa de longevidade.

Rentabilidade

A composição da carteira de aplicação dos planos é determinante para a rentabilidade. O investidor precisa estar atento à taxa de administração dos planos e observar se suas opções estão adequadas para o objetivo desejado. “Renda variável dobra o montante inicial a cada quatro anos. Quando é atrelado à poupança, isso ocorre a cada 12 anos”, explica Sabóia.

Tributação e taxas

As taxas de administração e a tributação do rendimento são vorazes para planos de curto prazo. A mordida fica menor ao longo do tempo, quando o investidor opta pelo desconto regressivo. Quanto mais cedo for o resgate, maior o tributo.

Fonte! Chasque publicado no sítio da Gazeta do Povo, por Anna Paula Franco (terceiraidade@gazetadopovo.com.br), na seção Vida e Cidadania / Terceira Idade - http://www.gazetadopovo.com.br/.

Receber no último lote do IR é bom negócio

Restituição paga em dezembro deve dar retorno de 5,9%; ganho é maior do que receber no 1º lote e aplicar na caderneta de poupança

Adiar a entrega da documentação para receber a restituição do Imposto de Renda (IR) no último lote, em dezembro, pode ser um bom negócio para quem não tem dívidas.

Isso porque o dinheiro da restituição rende juros mais altos do que os pagos por outras aplicações financeiras, como a poupança ou fundos de renda fixa. A Receita remunera as devoluções pela taxa Selic, hoje em 8,75% ao ano, e não cobra imposto sobre esse rendimento.

Segundo cálculos do professor José Dutra Vieira Sobrinho, as restituições do IR em dezembro (último lote) serão corrigidas à taxa de 5,9%. Já se o contribuinte tivesse sua declaração liberada no primeiro lote, em junho, e depositasse essa restituição na caderneta de poupança, até dezembro teria ganhado cerca de 4,915%, de acordo com o jornal Agora SP. Ou seja, o rendimento é maior para quem deixar o dinheiro nas mãos do governo. Assim, um contribuinte que tenha R$ 1.000 a receber vai ter direito a R$ 1.059 se ficar no último lote. Se ele aplicasse essa restituição de R$ 1.000 em junho, teria R$ 1.049,15 em dezembro, quase R$ 10 a menos.

Para forçar o recebimento no último lote, basta o contribuinte deixar para entregar o documento nos últimos dias. O prazo termina dia 30.

Endividado deve ter pressa

Retardar a entrega não é vantajoso, porém, para quem precisa do dinheiro da restituição para quitar as dívidas. Os juros cobrados pelo mercado são altos e não superam a correção aplicada sobre as devoluções. As taxas do cheque especial, por exemplo, chegam a até 12,3% ao mês.

Fonte: Professor José Dutra Vieira Sobrinho e jornal Agora SP

Chasque publicado no sítio do DESTAK (único jornal para estudantes universitários) - http://www.destakjornal.com.br/, no dia 15 de abril de 2010.

Aposentados, uni-vos

Conheço um sujeito que defende a seguinte tese: o homem nasce para aposentar-se. Alguns não chegam lá. Outros, arrependem-se de ter chegado. A pessoa perde dois terços do salário, fica sem saber o que fazer e ainda vê a sua remuneração mensal ser devorada pela falta de reajustes adequados. Um aposentado pessimista me disse assim: “Quando a gente escapa do câncer, cai no fator previdenciário ou na indigência”. Só levando na brincadeira. O assunto é muito sério. Luiz Inácio é campeão de popularidade e fez muita coisa boa, mas parece que se esqueceu completamente dos aposentados. Por quê? Talvez por ter ouvido mais o Sarney do que o Paulo Paim.

Aposentado vota. O pior de tudo é suportar os discursos dos neoliberais sobre o rombo da Previdência Social. Eu já ouvi empresário de papo para o ar na praia sustentando que o justo é trabalhar 44 horas por semana até os 70 anos de idade. Depois, é só correr para abraço. Mortal. Estamos vivendo mais. Temos de trabalhar mais tempo. Mas precisamos também ter coragem de falar bem alto: não viemos ao mundo só para trabalhar. Existe vida inteligente e legal fora dos ambientes de trabalho. Mais grave no Brasil do que o buraco da Previdência é a sonegação de impostos. A mesma gravidade que tem o mau uso pelos governos do nosso dinheiro. Ah, como eles sabem fazer isso. Que performance! Se todos os que não pagam seus impostos forem enquadrados e acabar a corrupção, deve dar para cobrir o tal rombo da Previdência Social.

Tem muito neoliberal sonhando com uma volta ao passado. Amariam acabar com férias pagas, 13 salário, FGTS e outras vantagens que lhes diminuem os lucros. É gente que adora o modelo chinês, muito parecido com o capitalismo do século XIX, e está furiosa com Obama por causa das novas leis de proteção à saúde. Nada como o trabalho semiescravo, sem reclamações ostensivas nem greves ou sindicatos desordeiros. O aumento da expectativa média de vida incomoda muito patrão moderno. É uma chatice. O cara se aposenta e fica vivo um tempão, vendo TV de tarde, dando gastos para o Estado, ocupando leitos nos hospitais, sobrecarregando o sistema, obrigando a que se pratique uma carga tributária elevada.

Ainda não desisti de ser um líder da dimensão de Lênin. Começo corrigindo Karl Marx e lançando um “Manifesto dos Aposentados”. O motor da história não é a luta de classes, mas a luta dos aposentados por uma vida digna depois de tanto trabalho. O sujeito universal da história não é proletariado, mas o aposentado em ação para sobreviver. É por isso que eu digo: “Aposentados, uni-vos, formai vossos batalhões. Às armas, aposentados, contra o fator previdenciário e outros fatores nocivos”. Li, num manual de aplicação do fator previdenciário, a seguinte explicação: “Quanto maior a expectativa de vida do segurado, menor o valor do benefício”. Uau! Viver mais é um péssimo negócio. Não traz benefício algum. Dá trabalho. Vive-se por teimosa. Vou corrigir Marx de novo: um espectro ronda por aí. É o espectro do aposentado.

Fonte! Chasque postado por Juremir Machado da Silva, em sua coluna, no Correio do Povo de Porto Alegre - RS, no dia 13 de abril de 2010 - http://www.correiodopovo.com.br./

Crédito: ARTE RODRIGO VIZZOTTO

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A LUTA PELO FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

A reforma da previdência aprovada em 1998, no final do primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique, com o advento da Emenda Constitucional nº 20, promoveu várias alterações no Regime Geral da Previdência Social. E em decorrência destas mudanças foi aprovada a Lei nº 9.876 de novembro de 1999, que introduziu uma nova fórmula de cálculo do benefício da aposentadoria por tempo de serviço do setor privado, também designado de Fator Previdenciário.

Este sistema leva em conta a idade do trabalhador no momento da aposentadoria, o tempo de contribuição e a expectativa de vida da população. É um redutor que estimula o trabalhador a se manter mais tempo no sistema dos contribuintes, adiando a aposentadoria integral.

A nova sistemática conjuga quatro aspectos na sua estruturação para o cálculo do benefício previdenciário. Considera a idade ao se aposentar, o tempo de contribuição do trabalhador, uma alíquota extraída das contribuições do trabalhador e do empregador e, ainda, o possível tempo de vida do beneficiário a partir da aposentadoria, este aspecto é chamado de Expectativa de Sobrevida (tabelado pelo IBGE). Ocorre que estes elementos são conjugados em uma fórmula matemática, na qual a idade e o tempo são aspectos positivos (entram como grandeza absoluta), a Expectativa de Sobrevida é um aspecto negativo, pois está em um denominador da fórmula como grandeza absoluta (viver mais após a aposentadoria significa receber um benefício menor) e, por último, a alíquota de 0,31 (referente a contribuição de 11% do empregado mais 20% do empregador) por entrar na fórmula como um fator decimal em uma multiplicação é extremamente negativo.

Este é um tema que aflige a todos os cidadãos deste país vinculado ao Regime Geral da Previdência Social, na medida em que o Fator previdenciário é um mecanismo atuarial que relaciona a idade da aposentadoria com a expectativa de vida. Assim, de uma maneira geral, quanto mais cedo (em termos de idade) a pessoa se aposenta, menor será o benefício recebido, pois a expectativa de vida aumenta.

Por esta razão, a lógica presente no Fator Previdenciário é prejudicial aos trabalhadores mais pobres e menos especializados, que, por força das circunstâncias, são levados a ingressarem mais cedo no mercado do trabalho e que, para garantir uma aposentadoria integral, devem permanecer mais tempo na ativa. No entanto, com o avançar da idade, a maioria deles não consegue emprego estável, fator que impossibilita a manutenção de contribuições regulares para a Previdência. Assim, diante da falta de oportunidades e da saúde precária decorrente do ingresso prematuro no mercado de trabalho, muitos trabalhadores decidem, a contragosto, antecipar a aposentadoria e, ao mesmo tempo, receberem uma aposentadoria reduzida.

Outrossim, salienta-se que esta sistemática poderá mudar, eis que tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PLS nº 296/03), de autoria do Senador Paulo Paim (PT/RS), onde este propõe a extinção do fator previdenciário. Este Projeto já obteve aprovação no Pleno do Senado da República, e agora ele tramita na Câmara dos Deputados, já com parecer favorável na mais diversas comissões, devendo entrar em pauta de votação a qualquer momento.

Além disso, paralelamente o Governo Central está em negociação com as Centrais Sindicais e a Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil – COBAP, com proposta de não extinguir totalmente o Fator Previdenciário, mas fazer alterações na legislação, excluindo, por exemplo, o redutor pela expectativa de vida no cálculo. Até agora não se chegou a um concenso.

Ressalta-se que este critério, desde sua promulgação, vem sendo criticado pela doutrina especializada, na medida em que entendem que é uma forma antijurídica de se tratar a questão das aposentadorias no Brasil, apenando injustamente aqueles trabalhadores que iniciaram mais cedo sua vida no mercado de trabalho, sendo, portanto, acertado entendimento externado pelo Senado Federal que votou pela extinção desta fórmula.

Fonte! Este chasque é de autoria do Dr. Renê Engroff  (retrato) - Advogado OAB/RS 48.888.

domingo, 11 de abril de 2010

Habitação! Os riscos dos contratos de gaveta na compra da casa

A compra da sonhada casa própria pode se transformar em pesadelo quando existe o contrato de gaveta. Como é informal, o não cumprimento do acerto entre uma das partes pode gerar divergências que acabam sendo acertadas no Judiciário. A desembargadora do Tribunal de Justiça do RS Elaine Harzheim Macedo destaca que a única maneira de evitar problemas é realizando a transferência do contrato original para o nome do terceiro junto ao agente financeiro.

O que são contratos de gaveta?

São contratos onde o contratante do empréstimo habitacional repassa para um terceiro o pagamento da prestação do imóvel. É um acerto entre as partes, que não envolve o agente financeiro.

Existe risco nesta modalidade?

Sim. Como não existem regras estabelecidas entre o mutuário e o terceiro, todas as obrigações perante o agente financeiro competem ao primeiro. Qualquer problema com o atraso na prestação deverá ser acertado entre as partes. Muitas vezes, as divergências acabam no Judiciário.

Qual o cuidado no momento de fechar um contrato de gaveta?

Nesta modalidade, existe o risco de um mau contrato. O alienante porque fica vinculado a todas as responsabilidades do empréstimo e não poderá assumir outro financiamento para a compra da casa própria. No caso do terceiro, porque está pagando uma prestação em nome de outra pessoa.

Como fica a questão que envolve o seguro do financiamento?

Falecendo o mutuário, o seguro quitará o contrato do financiamento habitacional. Nesta situação, por não constar como beneficiário na apólice, o terceiro que pagava a prestação acertada no contrato de gaveta pode ficar sem o imóvel, caso a família do mutuário pleiteie o patrimônio.

Os agentes financeiros podem questionar o contrato de gaveta?

Para os bancos, isto não existe legalmente. A execução extrajudicial pela inadimplência será feita ao devedor original e não contra o terceiro.

Qual a posição do Judiciário em relação a estes contratos?

Cada ação tem sua característica. Às vezes, o prejuízo é de quem aliena e em outras oportunidades é de quem compra. A tendência é de que quem compra perde mais. É importante ressaltar que, se o adquirente cumprir com a sua parte e pagar as prestações, o Judiciário valida o contrato, inclusive perante o agente financeiro.

Os contratos de gaveta são informais?

A informalidade gera falta de segurança jurídica. A averbação não tem o poder de transferir a propriedade, mas torna público que existe o direito do terceiro sobre o imóvel.

Como o mutuário pode se precaver da inadimplência?

A forma mais adequada é provocar a transferência do contrato original para o nome do terceiro junto ao agente financeiro. Caso observe que os pagamentos não estão sendo realizados, o mutuário pode denunciar este contrato à Justiça, solicitando a rescisão do negócio e a retomada do imóvel.

Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre. Edição do dia 11 de abril de 2010 - http://www.correiodopovo.com.br/.

Retrato! Crédito para Assessoria tjrs / CP

Avalie o custo dos planos de previdência

É importante analisar os custos que os planos de aposentadoria cobram do participante. São as chamadas "taxas de Carregamento" e "taxas de administração".

A taxa de carregamento é cobrada em cima do valor aplicado mensalmente e de acordo com dados da Anapp (Associação Nacional de Previdência Privada), tem valor médio de 3%, podendo chegar a 5%. Por exemplo, se a taxa for de 3%, para cada R$ 100 aplicados, somente R$ 97 ficarão à sua disposição para acúmulo no fundo.

Já a taxa de administração é cobrada anualmente sobre o valor total da aplicação e varia de 1,5 a 2%. Se ao final do exercício, você tiver R$ 10.000 acumulados, esse valor é reduzido a R$ 9.800, se a taxa for de 2%. No caso de 1,5%, a soma seria de R$ 9.850.

Se compararmos os custos de um plano de previdência com os de um fundo de investimento comum, podemos pensar, inicialmente, que trata-se de uma aplicação mais cara. Mas lembre-se: um plano de previdência é um seguro, por isso é feito por seguradoras, ligadas ou não a bancos. Ao fazer um PGBL ou um VGBL, você está comprando um investimento que traz um ingrediente importante: praticidade. Planos de previdência são indicador para quem não dispõem de tempo suficiente para administrar seu patrimônio ou simplesmente não tem interesse em fazer isso.
 
Fonte! Chasque publicado no sítio do Cadê o Dinheiro, no dia 9 de abril de 2010 - http://cadeodinheiro.blogspot.com/.

Os prós e os contras da proposta de mudança do FGTS

A polêmica em torno da remuneração dos saldos das contas do FGTS ressuscita a discussão sobre velhos conhecidos da economia brasileira: a indexação e os juros fixos. Tanto o FGTS quanto a caderneta de poupança têm rentabilidade praticamente fixa, um resquício do período de hiperinflação.

Com a estabilidade da economia brasileira, ganha força o discurso de que esses resquícios precisam ser reavaliados. A expectativa da taxa básica de juros (Selic), atualmente de 8,75% ao ano, é de queda no longo prazo e isso acaba causando desequilíbrios na economia por conta da indexação. Os trabalhadores reclamam que a remuneração do FGTS (TR mais 3% ao ano) perde para inflação. Já os poupadores da caderneta, que recebem uma rentabilidade de TR mais 6% ao ano, sem incidência de IR, estão felizes com o rendimento.

Para evitar discrepâncias, é preciso uma discussão séria sobre o assunto. Isso vai ficar para o próximo governo. A atual proposta de mudança na remuneração do FGTS pode até aumentar a rentabilidade, mas encarece os financiamentos e ainda pode gerar pendências judiciais. O debate, porém, está contaminado pelo período eleitoral. Se a proposta andar no Congresso Nacional, não há dúvida de que nenhum parlamentar terá coragem de votar contra uma medida tão popular.

Por enquanto, a questão de fundo está sendo empurrada com a barriga. No ano passado, a equipe econômica ensaiou enviar para o Congresso projeto de lei mudando a remuneração da caderneta de poupança. A ideia morreu na praia. Ninguém quis arcar com uma proposta que iria diminuir a remuneração dos pequenos poupadores.
 
Fonte! Chasque publicado no sítio do Último Segundo, no dia 08 de abril de 2010 - http://www.ultimosegundo.ig.com.br/.

Ações como formação de patrimônio

Embora o folclore do mercado destaque sempre casos de investidores que tiveram grandes ganhos no curto prazo na bolsa, não deve ser esta a expectativa de quem decide investir em ações.

Por ser um investimento de renda variável, o investidor nunca deve comprometer na sua aquisição de ações recursos que serão necessários para despesas de primeira necessidade ou gastos imediatos.

É recomendável que o investidor diversifique seus investimentos entre várias opções de poupança. E dedique ao mercado de ações aquela parcela de recursos sobre a qual tenha uma perspectiva de retorno de médio e longo prazos, ou seja, o dinheiro que sobra para um investimento de longo prazo, para formação de patrimônio ou para uma poupança de 5, 10 ou 15 anos.

É importante também que o investidor seja bem assessorado ao decidir suas aplicações. Acompanhar o noticiário econômico, seguir as publicações legais das companhias, acessar informações específicas requerem esforço e conhecimentos técnicos especializados.

As Corretoras e outros intermediários financeiros dispõem de profissionais voltados à análise de mercado, de setores e de companhias, e com eles o investidor poderá se informar sobre o momento certo de comprar e vender determinadas ações para obter melhores resultados.

O investidor pode ainda buscar orientação sobre formas coletivas de investimento, como clubes e fundos de investimento, sob a administração de instituições e intermediários financeiros. Caso o investidor opte por deles participar por meio da aquisição de quotas, a decisão de quando, como e onde aplicar no mercado acionário os recursos dos vários quotistas é de responsabilidade dessas instituições e intermediários. Mensalmente, o investidor recebe o extrato demonstrativo de sua posição e pode, a qualquer momento, informar-se sobre a evolução das quotas, calculada e divulgada diariamente.

Enfim, não importa a forma pela qual se invista, se individual ou coletivamente. O importante é saber que a ação é, principalmente, uma alternativa de formação de patrimônio.

Fonte! Chasque publicado no dia 7 de abril de 2010 no sítio do Guia do Dinheiro http://guiadodinheiro.powerminas.com/

Previdência Privada movimenta R$ 38,8 bilhões em 2009

Os planos de previdência privada estão cada vez mais populares no Brasil. Somente em 2009, foram injetados R$ 38,8 bilhões no setor, crescimento de 21,7 % em relação a 2008. De acordo com a revista AméricaEconomia, os planos de investimento tipo PGBL e VGBL são os preferidos das classes mais baixas, principalmente a C. "Essas pessoas querem investir principalmente no futuro de seus filhos, já que não tiveram a oportunidade de crescer em um país com a economia estabilizada", afirma o gerente de inteligência de mercado da BrasilPrev, Sandro Bonfim. Os principais motivos deste crescimento são a estabilidade econômica do país, a superação do trauma da inflação - que facilita o planejamento a médio e longo prazo - e o aumento da expectativa de vida.

Até o início da década, o foco de quem fazia uma previdência era a aposentadoria, mas este perfil mudou e atualmente, os investimentos visam a gerar uma renda a longo prazo, como pagar a universidade ou cursos no exterior para seus descendentes ou guardar despesas médicas na velhice. Já está em discussão, entre o governo e empresas do setor, uma proposta para lançar planos voltados à saúde e à educação, com incentivo fiscal. Os chamados PrevSaúde e PrevEducação seriam isentos da tributação que incide no imposto de renda dos rendimentos caso o investidor comprovasse os gastos nessas áreas.
 
Fonte! Chasque publicado no dia 08 de abril no sítio da Academia Brasileira de Direito - http://www.abdir.com.br/.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Atitude 1: O nosso destino não seria permanecer na roça!

Bueno! Este senhor do retrato abaixo é o seu Waldomiro Afonso Engroff, meu pai, que está se encaminhando para comemorar os seus 77 anos de vida no dia 20 de abril do corrente ano. E esta senhora ao seu lado é a minha mãe, Maria Hedy Engroff, que fará 72 anos no dia 15 de junho. Eles são casados há 52 anos.

Não sei como eles conseguiram, mas, meu pai, com apenas dois anos de escola e a mãe com um pouco mais de estudo, eram pequenos agricultores no atual município de Salvador das Missões (RS) e conseguiram criar os seus seis filhos, somente com os proventos da lavoura e pequenos lotes de criação, como porcos, aves, e principalmente o leite que era o único produto que dava renda mensal. De resto, o sustento vinha da lavoura, num lote próprio de 21,5 hectares mecanizáveis, estando incluído um potreiro para o gado (em torno de cinco hectares). E, como acontece ainda hoje, a boa safra dependia de dois fatores: do tempo, ou seja, com chuva suficiente e sem as intempéries climáticas como os temporais e ciclones e do preço final favorável.

Quando eu era guri, a produção (onde o produto principal era a soja) era vendida no bolicho (pequenos comerciantes da comunidade). Na venda eram descontadas as compras dos mantimentos e insumos que foram comprados ao longo do ano para serem quitados após a safra. Éramos pobres e estudávamos na escola estadual. E o círculo vicioso da época era os pais ganharem a vida na agricultura de subsistência e os filhos, geralmente seguindo o mesmo caminho, pois, estudar, não era “um bom investimento”.

Mas o meu pai foi categórico: sugeriu que os seus filhos fossem estudar, pois ele não teria dinheiro pra compra um palmo de terra que fosse para eles poderem dar rumo na vida. Desta atitude, os filhos enfrentaram o êxodo rural, se aventurando na cidade grande e se encaminharam na vida: nos estudos e na vida profissional.

Se não fosse a atitude dos meus pais, em encaminhar os filhos para os estudos somente com a sua palavra e vontade e sem dinheiro, hoje estaríamos sobrevivendo na agricultura de subsistência, em algum pedaço de terra arrendado, ou em um pedaço de terra adquirido com financiamento bancário e sempre rezando para chover na época em que a plantação mais precisa de chuva para dar uma boa safra.

Para encerrar, dos seus quatro filhos (peões):
- um é bacharel em ciências contábeis
- um é bacharel em ciências da computação e está fazendo MBA
- um é bacharel em ciências jurídicas
- apenas um não fez ou está fazendo curso superior.

Das filhas (prendas):
- uma é graduada e pós-graduada em letras e literatura brasileira
- outra está fazendo faculdade de Produção Industrial, sendo que retomou os estudos depois dos 40 anos de idade.

7 dicas para fazer uma Previdência Privada

Vejam sete dicas ao fazer uma previdência privada:

· primeiro, fuja de instituições sem tradição e com mau histórico no mercado;

· segundo, não aceite taxa de administração do patrimônio superior a 2,5%. Mesmo abaixo disso, olhe a rentabilidade do plano. Não adianta pagar taxas baixas se o plano rende pouco;

· terceiro, não faça projeções de que o dinheiro vá render mais que inflação mais 8%. Você pode se frustrar lá na frente com o valor da aposentadoria;

· quarto, não aplique só em renda fixa. Diversifique. E, no longo prazo, fundo de ações rende mais;

· quinto, não resgate o dinheiro por nenhum motivo e opte por uma renda vitalícia na hora de receber. A aposentadoria será um pouco menor, mas o risco de você viver mais fica com a seguradora;

· sexto, não confie em quem não sabe responder a segunda pergunta sobre previdência.. Entregue seu futuro a quem entende do assunto.

· Por fim, consulte um especialista para escolher a tabela de imposto de renda certa.

Fonte! Chasque publicado no dia 9 de abril de 2010, no sítio (blog) do Follador - http://blogs.band.com.br/follador/

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Especialistas dão dicas a quem terá que ajudar financeiramente os pais

Alguns jovens já se planejam e guardam dinheiro para contribuir no futuro. Consultores recomendam pagar plano de saúde e gastos da casa dos pais.

Muitos jovens, além de se preocuparem com a própria aposentadoria, olham com preocupação também para a saúde financeira dos pais. Quem já sabe que terá que ajudar financeiramente os pais quando estes se aposentarem ou pararem de trabalhar pode se preparar para isso. O G1 ouviu especialistas em finanças pessoais que deram dicas para quem está nessa situação.


O administrador Leonardo Milane: conta especial para guardar dinheiro para o futuro da mãe. (Foto: Daigo Oliva/G1)

Nas próximas décadas, muitos dos novos idosos terão uma aposentaria complementar, mas na geração que está se aposentando agora, isso ainda não é comum, segundo Marcos Crivelaro, consultor e professor da Faculdade Módulo. E com a idade, aumentam os gastos com saúde: “a ajuda aos pais idosos acaba saindo geralmente da reserva dos filhos mais responsáveis ou com maior renda”, diz ele.

O consultor diz que hoje não existem produtos específicos no mercado para quem quer fazer um investimento para ajudar os pais. “Se a pessoa identificar que vai acontecer essa situação, pode fazer um plano de aposentadoria com os pais como beneficiários”, diz Carla dos Santos, consultora de finanças pessoais. Segundo ela, porém, o problema é que, quando os pais já estão com 50 ou 60 anos, o tempo disponível não permite uma acumulação de recursos suficientes para uma aposentadoria complementar.

Para Carla, o melhor que os filhos podem fazer é garantir um plano de saúde para os pais: “encaixe-os no seu plano, faça um plano familiar ou coloque no plano de saúde da empresa”, diz ela. “É muito difícil saber com quanto você terá que contribuir lá na frente, pois não sabe por quanto tempo ainda seus pais vão trabalhar, quais serão os gastos no futuro. Mas o plano de saúde vai dar uma tranquilidade lá na frente”, diz ela.

Quem se preocupa com o futuro financeiro do pai e da mãe ainda esbarra em outro problema: a resistência de muita gente em conversar sobre dinheiro com os filhos. “Muitos têm a reação de dizer ‘eu te criei, você agora vai querer me ensinar’”, diz Carla.

Por isso, Crivelaro também sugere ajudar de uma forma que se evite dar dinheiro diretamente aos pais. “Quando os filhos casam e saem de casa, podem continuar pagando algumas despesas para os pais para que eles possam manter uma qualidade de vida, como TV a cabo, internet, assinaturas de jornais e revistas, pagar uma viagem de férias”, diz o consultor. “Isso vai dando benefícios aos idosos sem criar uma ruptura entre pais e filhos.”

Pais e sogros

A professora universitária Luiza Rodrigues, 27, diz que antes mesmo de seu casamento com o advogado Vinícius já tinha um quadro claro da situação financeira de seus pais e seus sogros. “Um dos problemas é meu pai, que eu sei que vamos ter que sustentar. Fizemos um cálculo de quanto deve ser necessário para ele se aposentar e estou guardando dinheiro para isso sem ele saber”, conta ela, que diz ser impossível conversar com o pai sobre o assunto.

Já o sogro de Luiza vai se aposentar daqui a cerca de dez anos e não tinha dinheiro guardado. “Foi bem difícil de conversar com eles [sogro e sogra] sobre isso. Eles acharam intrusivo”, conta ela. Luiza e o marido propuseram um acordo: sempre que o sogro e a sogra depositarem um valor na conta para a aposentadoria, Vinícius e Luiza depositam o mesmo valor. “Eu penso que, se esperarmos, vamos gastar mais no futuro”, diz ela sobre a preocupação com a aposentadoria dos pais e sogros.

Patrimônio

O administrador Leonardo Milane investe parte de seu dinheiro para seu próprio futuro, mas tem uma conta separada para formar um patrimônio para sua mãe.

“Para ela, invisto em ações de empresas com dividendo alto”, diz ele, que também paga a parcela do apartamento no qual os dois moram. “É para daqui a dez anos mais ou menos, para o futuro da minha mãe. Sou filho único e pela situação tenho que ter um planejamento mais conservador”, explica ele.

A advogada Flávia Gatti já ajuda os pais, pagando o plano de saúde deles, que não têm previdência privada. “Eles sabiam que a aposentadoria pública não seria alta, mas não conseguiram se preparar e não têm dinheiro guardado”, diz ela.

Ela diz que gostaria de ter pensado há dez anos em se preparar para ajudar os pais. “Eu e meu marido temos previdência privada, mas na época dos meus pais não tinha essa cultura”, diz ela, que também é filha única e se preocupa com a possibilidade de ter que gastar mais no futuro para ajudar o pai e a mãe.

Fonte! Chasque publicado no Portal G1, de autoria de Paulo Leite, no dia 04 de abril de 2010 - http://www.g1.globo.com/, na seção Economia  e Negócios - Seu Bolso.