terça-feira, 18 de setembro de 2012

Classe C está no vermelho

Pesquisa mostra que pessoas desse grupo social são as únicas que gastam mais do que ganham


Vestuário é um dos itens que respondem pela maior parte das despesas<br /><b>Crédito: </b> pedro revillion / cp memória
Vestuário é um dos itens que respondem pela maior parte das despesas
Crédito: Pedro Revilion / CP Memória
 São Paulo - A classe C é a única de todas as classes sociais brasileiras que gasta mais do que ganha, aponta estudo sobre consumo realizado pela consultoria Kantar Worldpanel. Na relação entre a renda e o gasto, o segmento mostra um déficit de 2%. As classes AB e DE ficaram com saldo positivo de 1% e 4%, respectivamente.

"Praticamente todo mundo está gastando o que ganha, porque esses 4% da classe DE significam muito pouco", avalia a diretora comercial da Kantar Worldpanel no Brasil, Christine Pereira. O estudo é realizado semanalmente em 8,2 mil domicílios e monitora o comportamento de 27,5 mil consumidores. O resultado, divulgado na semana passada, reúne dados de 2011.

Conforme Christine, a classe C representa 41% da população do país e o endividamento colabora para a recente desaceleração do consumo. Pelo estudo da consultoria no Brasil, a classe C ganha, em média, R$ 2,027,70 (renda familiar) e gasta R$ 2,060,12. Nos últimos dois anos, o segmento diminuiu o número de visitas a cada mês aos pontos de venda de varejo tradicional. A ida às lojas caiu de 13 para 11 vezes. Educação e vestuário são despesas que respondem pela maior parte dos gastos da classe C: 38%. Na sequência, aparecem despesas fixas como habitação, transporte e serviços públicos, taxa de 33%. Logo após vem a cesta de bens de consumo não duráveis, definida pela entidade, com 28%.

Outra análise feita pela instituição mostra que 72% das famílias paulistas e cariocas têm intenção de poupar. O número mais que dobrou desde 2008, quando o índice de pessoas que queriam economizar era de 29%.

Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre - RS, na edição do dia 17 de setembro de 2012.

Um comentário:

  1. Consequência das facilidades de crédito e da falta de educação financeira nas escolas.

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