sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Saiba cuidar do seu dinheiro depois da aposentadoria

Os aposentados precisam ficar atentos com o crédito consignado


SÃO PAULO – Os cuidados com o orçamento e a preparação para a aposentadoria são assuntos muito discutidos por diversos educadores financeiros. No entanto, pouco se fala sobre as finanças pessoais depois de se aposentar. Para o professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, o maior problema quando se para de trabalhar é a redução da renda e a adaptação com a nova condição financeira.

Primeiramente, a pessoa precisa remodelar seu orçamento, aprendendo a gastar menos ou, em alguns casos, procurando outra atividade profissional para complementar a renda. Lembrando-se de atentar às necessidades básicas que são saúde – pois os planos de saúde costumam ser mais caros conforme a idade do beneficiado, além de os gastos com remédios –, moradia e alimentação.

Segundo o professor de Finanças da MetroCamp, Flávio Nunes Almeida, os cuidados principais são os mesmos de quando se está trabalhando. Ou seja, nunca gastar mais do que recebe e planejar os gastos. “Nos pagamentos a prazo programe o pagamento para uma época próxima ao recebimento do benefício da aposentadoria, pois, dessa forma, a pessoa não fica muito tempo sem dinheiro na conta”, explica. Outra opção é procurar realizar pagamentos à vista, para conseguir alguns descontos.
Se adaptar ao novo orçamento é fundamental para uma aposentadoria saudável (Getty Images)

Emergências

 Uma orientação comum para ter um orçamento saudável é juntar uma quantia de dinheiro para emergências. Porém, Gonçalves lembra que a preferência é que esse dinheiro seja acumulado antes da aposentadoria, para poder utilizar o benefício com as necessidades principais e, quando possível, com sonhos de consumo, como viagens.

Dívidas

 Os bancos costumam facilitar e até induzir os aposentados a adquirirem crédito consignado, por conta de a pessoa ter uma renda contínua com o benefício. Por isso, ambos os professores recomendam prestar atenção quando se vai pedir um empréstimo e buscar orientação de alguém de confiança para ajudar na decisão. Almeida ainda lembra que alguns filhos se aproveitam da incapacidade dos pais de acompanhar suas próprias economias e fazem dívidas em nome dos aposentados.

Fonte! Chasque de Juliano Américo Lourenço da Silva, publicado no Sítio da IMFOMONEY, no dia 24 de janeiro de 2013. Abra as porteiras: http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/noticia/2665131/saiba-cuidar-seu-dinheiro-depois-aposentadoria.

Como se preparar para uma aposentadoria tranquila com investimentos?

Para ter uma boa aposentadoria é preciso saber o quanto é necessário para se manter mensalmente sozinho          


SÃO PAULO – O sonho de muitas pessoas é se aposentar em algum lugar tranquilo, com qualidade de vida e dinheiro para realizar viagens e outros objetivos que não foram possíveis durante o tempo em que elas trabalhavam. Nesta quinta-feira (24) é comemorado o Dia do Aposentado e especialistas ouvidos pelo InfoMoney apontam o melhor jeito de conseguir realizar este sonho é se preparando desde cedo, planejando e investindo.

“O primeiro passo para se preparar para a aposentadoria é se perguntar por quanto tempo você conseguiria manter seu padrão de vida se não estivesse mais recebendo salário”, coloca o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos. Afinal de contas, esse deve ser o princípio básico de uma aposentadoria: conseguir se manter apenas com aquilo que foi acumulado. Portanto, é importante fazer as contas de quanto você precisa investir por mês para se manter sem o auxílio de outras pessoas no momento em que decidir parar de trabalhar. Mas aonde é possível investir para acumular esse dinheiro?

Pensando em uma pessoa mais jovem que possui mais tempo para se preparar, a sugestão do Coordenador do Investmania, Thiago Pessoa, é montar uma carteira com 20% em ações ou ETFs (Exchange Traded Funds) e 80% em títulos do Tesouro Direto, mesclando papéis prefixados e atrelados à inflação. Os títulos indexados à inflação de prazo mais longo são sempre muito indicados para quem pretende usar o dinheiro para se aposentar. Isso porque eles garantem ganho real (acima da inflação) com um risco de crédito muito baixo, além de os custos também serem inferiores à maioria dos fundos de investimentos e planos de previdência privada. Estes títulos possuem volatilidade no meio do caminho (o seu valor de face muda de acordo com mudanças econômicas e influenciados pela oferta e procura), mas para quem só pretende resgatar quando o título vencer, eles são uma boa opção.
Planejamento e investimentos constantes são essenciais para se aposentar sem dores de cabeça (Getty Images)
Já no caso de uma pessoa mais velha e que está mais próxima da idade da aposentadoria, o ideal é não arriscar muito com as ações. Para Domingos, aplicações como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), títulos do Tesouro e ouro são as alternativas mais interessantes. Outra possibilidade é adquirir um imóvel. “Nesse caso, o aluguel é uma garantia de renda a mais quando para quando essa pessoa se aposentar”, pontua.

Carteira diversificada ou plano de previdência privada?Ao pensar no longo prazo, muitas pessoas ficam em dúvida se deveriam aplicar em um plano de previdência privada ou em uma carteira diversificada. Conforme indicam os especialistas, caso o investidor seja mais jovem, vale a pena aderir a um plano de previdência privada.

“O plano de previdência é muito bom para o jovem ou um pai que está fazendo para um filho, porque é um investimento de longo prazo. Para uma pessoa mais velha, o melhor é ir para um fundo, por exemplo, com a menor taxa de administração possível e com posições em ações e títulos públicos”, coloca Pessoa.

Complementando a fala de Pessoa, Domingos aponta que, caso o investidor escolha um plano, deve buscar por um que seja isento da taxa de carregamento e possua taxa de administração próxima de 1% para valer a pena. Já no caso do fundo de investimento, ele sugere um que seja mais moderado, com menos alocação em ações. “É importante estar acompanhado de um especialista para ele apresentar no que o fundo está lastreado e evitar que seja de ações, que não condiz com o objetivo de uma aposentadoria, já que a bolsa é bastante volátil”, diz.

O investidor que pretende fazer um plano de previdência privada também precisa se atentar para os dois tipos disponíveis: o PGBL (Plano Gerador Benefício Livre) ou um VBGL (Vida Gerador Benefício Livre). A principal diferença está nos benefícios fiscais. Quem contrata um PGBL pode deduzir até 12% da renda tributável no ano no imposto de renda. Por isso, este tipo de plano é indicado para aqueles que entregam a declaração completa do imposto de renda, que permite deduções específicas.

Já o VGBL não oferece nenhuma vantagem de dedução durante a fase de acumulação - ou seja, a fase em que ainda está aplicando no plano. Em compensação, tem este benefício no momento do resgate. Isso porque, no VGBL, o imposto incide apenas sobre os rendimentos obtidos e não sobre o valor total acumulado, como acontece no PGBL.  Fonte! Chasque publicado no sítio INFOMONEY, por Gabriela D'Andreia, no dia 24 de janeiro de 2013. Abra as porteiras: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/previdencia/noticia/2664828/como-preparar-para-uma-aposentadoria-tranquila-com-investimentos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Como fugir dos micos que bancos oferecem aos investidores?

Veja como fugir de algumas armadilhar e enganações que muitos bancos lançam para cumprir suas metas
Armadilha de dinheiro: para virar o jogo, a primeira coisa a ser feita é correr atrás de informação
São Paulo - Recentemente, uma leitora nos enviou uma mensagem com um desabafo sobre os tipos de investimento que os bancos de varejo oferecem para seus clientes. Dizia ela que, “muitas vezes, as grandes instituições oferecem produtos para cumprimento de metas, e não olham a real necessidade das pessoas”.

Assim como ela, outros leitores se queixam da falta de variedade em opções para investir. Quem não tem cacife para acessar o segmento de alta renda dos bancos de varejo, que oferece melhores oportunidades de investimento, acaba tendo como únicas alternativas a nova caderneta de poupança, com seu rendimento modesto, ou um plano de previdência. Se pesquisar, o investidor vai encontrar talvez um fundo DI e um fundo de ações da Petrobras e da Vale, apesar das dezenas de carteiras oferecidas para o varejo de alta renda. Ou um CDB que mal paga o rendimento da poupança.

Sem falar em algumas aplicações como o título de capitalização, que devolve o dinheiro investido apenas corrigido pela inflação, sem o rendimento de juros, e depois de um longo período. O atrativo desse tipo de aplicação costuma ser o sorteio de carros, ou prêmios em dinheiro, e não o rendimento em si. Por isso, muitos consultores financeiros nem consideram os títulos de capitalização como investimento.

Algumas dessas aplicações são interessantes para quem tem renda muito baixa, pouco conhecimento de investimentos, ou muita dificuldade em poupar, pela falta de organização do orçamento. O problema é que elas tendem a cobrar taxas de administração muito altas, às vezes superiores a 3%, e entregam uma rentabilidade baixa se comparada à de outras aplicações às quais o varejo não tem acesso. Não é raro ver uma aplicação cujo rendimento mal dá conta de compensar a inflação, se forem descontadas as taxas e os impostos.

A tributação é outro problema. Alguns gerentes ligam para oferecer aos clientes aplicações em fundos de previdência como opção para os fundos de renda fixa, que os bancos deixaram de oferecer ao varejo. Lembram da vantagem que a previdência tem ao não estar sujeita ao come-cotas, que faz o investidor pagar o imposto sobre o rendimento a cada seis meses, antes de sacar.

Mas não deixam claro que a aplicação tem imposto de renda maior, de até 35% nos dois primeiros anos de aplicação, para 22,5% a 15% dos fundos normais. A alíquota só se torna vantajosa após 10 anos. Afirmam apenas que é para o dinheiro de “longo prazo”, esquecendo que no Brasil isso significa pouco mais de um ano.

Além disso, não mencionam que os fundos de previdência para varejo cobram em média 3% ao ano de taxa de administração, quase metade da taxa de juros básica de 7,5%. E não deixam claro que o investidor paga ainda outra taxa, o chamado carregamento, que ”come” até 5% de cada aplicação feita no fundo.

Corra atrás de informação

A dúvida da leitora, que também pode ser a sua, é: como ter acesso a melhores opções de investimentos mesmo sem ter uma renda que me dê acesso ao segmento de alta renda dos bancos de varejo? O consultor financeiro Mauro Calil, criador da Academia do Dinheiro, lembra que, como diz a leitora, “os bancos de varejo oferecem investimentos de acordo com as metas de captação do gerente”. “Títulos, CDB, tudo isso está dentro das metas, mas isso nem sempre coincide com a necessidade do cliente”, afirma.

A tributação é outro problema. Alguns gerentes ligam para oferecer aos clientes aplicações em fundos de previdência como opção para os fundos de renda fixa, que os bancos deixaram de oferecer ao varejo. Lembram da vantagem que a previdência tem ao não estar sujeita ao come-cotas, que faz o investidor pagar o imposto sobre o rendimento a cada seis meses, antes de sacar.

Em vez de um banco…

O segundo passo recomendado por Calil é “fugir da grande rede varejista de bancos”. Para quem já tem um conhecimento melhor do mercado financeiro, a dica é procurar uma corretora de valores. “Lá há aplicações tão sofisticadas quanto as do varejo de alta renda dos bancos, mas elas são acessíveis ao público com renda menor”, observa.

É possível encontrar, por exemplo, aplicações como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que têm como grande atrativo a isenção do imposto de renda sobre os rendimentos, ou CDBs de bancos menores, que costumam ter uma rentabilidade melhor em relação ao CDI. Para evitar o risco de quebra do banco emissor, basta o investidor aplicar em LCI ou em CDB até o limite de R$ 70 mil por CPF, valor protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Há ainda grande diversidade de fundos de investimentos que atendem a diferentes necessidades dos investidores.

Além disso, Calil lembra que, ao se investir em uma corretora, os custos com que o cliente vai arcar são “muito mais transparentes do que nos bancos”. Ele alerta, entretanto, que é preciso estudar cada aplicação antes de escolher, “para ver se ela não vai destruir a rentabilidade acumulada com suas taxas e impostos cobrados”. “Nos grandes bancos, tudo se resume a taxas de administração, mas tem muitos outros encargos embutidos nelas, e nem sempre o cliente fica sabendo.”

Fonte! Chasque de Eduardo Tavares, publicado no sítio do Portal Exame.com, no dia 23 de janeiro de 2013. Abra as porteiras: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/como-fugir-dos-micos-que-bancos-oferecem-aos-investidores?page=1.

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Nota do sítio O Bolso da Bombacha! 

Ainda mantenho em agente financeiro (banco) a conta-corrente tradicional e conta poupança exclusivamente para reservas de emergência. Fora isso tenho participação em um Fundo Fechado de Pensão (Fapers). O restante, os meus investimentos, da esposa e das filhas, está tudo canalizado num shopping financeiro (da Corretora XP).

Entenda  o que é um shopping financeiro, lendo este chasque (mensagem) da própria corretora:

"A XP traz para o mercado o conceito de shopping financeiro. Como a maior corretora independente do país, só ela pode oferecer as melhores marcas e produtos financeiros do mercado. Investir com a XP é tão seguro quanto investir com um banco. Portanto, se você não conhece  nossos produtos, compare. Aqui você pode investir em ações, futuros, renda fixa, fundos, fundos imobiliários, seguros e previdência. Tudo em uma única conta, em um só lugar.

Baitaa abraço

Valdemar Engroff - o gaúcho taura

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A luta pelo fim do Fator Previdenciário


Dr. Renê Engroff
A reforma da previdência aprovada no ano de 1998, no final do primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique, com o advento da Emenda Constitucional nº 20, promoveu várias alterações no Regime Geral da Previdência Social. E em decorrência destas mudanças foi aprovada a Lei nº 9.876 de novembro de 1999, que introduziu uma nova fórmula de cálculo do benefício da aposentadoria por tempo de serviço do setor privado, também designado de Fator Previdenciário.

Este sistema leva em conta três fatores:  
a) a idade do trabalhador no momento da aposentadoria,  
b) o tempo de contribuição e 
c) a expectativa de vida da população.

Em suma, o Fator Previdenciário é um redutor da Renda Mensal Inicial da aposentadoria e que tem por finalidade precípua de estimular o trabalhador a se manter mais tempo no sistema dos contribuintes, adiando a aposentadoria integral.

A nova sistemática conjuga quatro aspectos na sua estruturação para o cálculo do benefício previdenciário. Considera a idade ao se aposentar, o tempo de contribuição do trabalhador, uma alíquota extraída das contribuições do trabalhador e do empregador e, ainda, o possível tempo de vida do beneficiário a partir da aposentadoria, este aspecto é chamado de Expectativa de Sobrevida (tabelado pelo IBGE). Ocorre que estes elementos são conjugados em uma fórmula matemática, na qual a idade e o tempo são aspectos positivos (entram como grandeza absoluta), a Expectativa de Sobrevida é um aspecto negativo, pois está em um denominador da fórmula como grandeza absoluta (viver mais após a aposentadoria significa receber um benefício menor) e, por último, a alíquota de 0,31 (referente a contribuição de 11% do empregado mais 20% do empregador) por entrar na fórmula como um fator decimal em uma multiplicação é extremamente negativo.

Este é um tema que aflige a todos os cidadãos deste país vinculado ao Regime Geral da Previdência Social, na medida em que o Fator previdenciário é um mecanismo atuarial que relaciona a idade da aposentadoria com a expectativa de vida. Assim, de uma maneira geral, quanto mais cedo (em termos de idade) a pessoa se aposenta, menor será o benefício recebido, pois a expectativa de vida aumenta.

Por esta razão, a lógica presente no Fator Previdenciário é prejudicial aos trabalhadores mais pobres e menos especializados, que, por força das circunstâncias, são levados a ingressarem mais cedo no mercado do trabalho e que, para garantir uma aposentadoria integral, devem permanecer mais tempo na ativa. No entanto, com o avançar da idade, a maioria deles não consegue emprego estável, fator que impossibilita a manutenção de contribuições regulares para a Previdência Social. Assim, diante da falta de oportunidades e da saúde precária decorrente do ingresso prematuro no mercado de trabalho, muitos trabalhadores decidem, a contragosto, antecipar a aposentadoria e, ao mesmo tempo, receberem uma aposentadoria reduzida.

Outrossim, salienta-se que esta sistemática já foi alvo de mudança em sua legislação, vez que tramitou e foi aprovado no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PLS nº 296/03), de autoria do Senador Paulo Paim (PT/RS), onde propõe a extinção do fator previdenciário, com o retorno do sistema convencional vigente anteriormente a entrada em vigor da Lei que instituiu o Fator Previdenciário.


Este Projeto obteve aprovação no Pleno do Senado da República e também foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Contudo, o Projeto de Lei foi VETADO pelo Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, por entender que o projeto é inconstitucional, ante o fundamento de que “O dispositivo, da forma como aprovado, não atende ao disposto no art. 195, § 5o, da Constituição, que exige a indicação da correspondente fonte de custeio total para o aumento de despesa gerado pela extinção do fator previdenciário.”.

A matéria retornou ao Congresso Nacional para apreciação e votação do Veto Presidencial, que em votação manteve o Veto ao projeto de lei.

Considerando que a sistemática do cálculo das aposentadorias pelo fator previdenciário é excessivamente onerosa ao trabalhador e atendendo a demanda legítima da sociedade, as Centrais Sindicais em conjunto com a Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil – COBAP – estão em negociação com o Governo Federal, com propostas de um Projeto de Emenda Constitucional, instituindo a substituição da fórmula de cálculo do fator Previdenciário.

A proposta em discussão na Câmara dos Deputados propõe a substituição do fator Previdenciário quando a soma da idade e do tempo de contribuição do trabalhador somar 85, para mulheres, e 95, para homens. Mas já houve discussões nos últimos meses sobre a possibilidade de fixar uma idade mínima para a aposentadoria.

A grande vantagem dessa fórmula é que, no cálculo da aposentadoria, não entra a expectativa de vida. Com isso, o governo não poderá mudar a fórmula periodicamente, como é feito com o Fator Previdenciário sempre que o brasileiro, na média, passa a viver mais tempo. No entanto, na fórmula ficaria preservado o tempo mínimo de contribuição de 30 anos para mulher e 35 anos para homem.

Outro benefício que esta nova fórmula pode trazer aos trabalhadores seria a elevação da aposentadoria paga através da exclusão de 40% das menores contribuições do trabalhador no cálculo do benefício. Hoje, são excluídas apenas 20%, e o valor recebido reflete a média de 80% das contribuições. Com esse corte maior, a média do cálculo para a aposentadoria também subiria.

Os sindicalistas pretendem convencer a Presidente Dilma Rousseff que este projeto é a melhor alternativa para resolver o impasse do fator previdenciário. O governo tem dúvidas sobre a viabilidade financeira da fórmula 85/95 e teme que o fim do fator previdenciário provoque um rombo na Previdência. Mas líderes dos maiores partidos na Casa já admitem que a votação deste Projeto deve ficar para 2013.

Estejamos atentos aos desdobramentos das negociações entre Executivo, legislativo e Centrais Sindicais, para, enfim, termos aprovado um Projeto de Lei que crie uma fórmula de cálculo em substituição deste malfadado Fator Previdenciário.

Fonte! Chasque do Dr. Renê Engroff (Advogado OAB/RS 48.888)

Os planos de saúde e a saga dos aposentados

Para abater mais a autoestima dos “velhinhos”, só falta que um dos planos de saúde privados barrados pelo Ministério da Saúde seja aquele em que o aposentado esteja associado. Um casal acima de 60 anos dispende em torno de R$ 1.300,00 por plano com direito a consultas (mais um plus em dinheiro), exames laboratoriais e complementares e internação hospitalar em quarto semiprivativo, com 48,66 milhões de brasileiros no modelo privado. Os que têm entre 65 e 75 anos agora, quando eram jovens, julgavam que chegar aos 70 anos era inimaginável. E os que tinham esta idade provecta estavam estereotipados como pessoa alquebrada, sustentando-se com o auxílio de uma bengala, óculos de grossas lentes e aparelhos de audição. Os mais educados diziam que a sabedoria vinha com a experiência de vida. Hoje, graças aos medicamentos, às orientações médicas, alimentação saudável e até mesmo à moda, que não mais distingue mães de filhas nem avós de netas, temos muita gente com mais de 60 anos em plena forma. Tão bem que, para complementar a aposentadoria de, no máximo, R$ 4.159,00 do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), continuam trabalhando. Mas quem permanece na ativa sendo aposentado normalmente tem dois objetivos: complementar a parca renda do INSS, amor pelo que faz e, muitas vezes, ajudar filhos ou netos a pagar uma faculdade ou a prestação de imóvel.

Para alguns, ser idoso é um privilégio dado por Deus, então, gostam de ser velhos. Claro, a opção é ficar pelo “meio do caminho”, ou seja, morrer antes. Muitos lembram que estudavam à noite para trabalhar durante o dia. Era uma trajetória de luta pela sobrevivência. Casamento, carreira profissional, filhos e netos, eis o roteiro da maioria dos hoje “sessentões”. Muitos se aposentaram pela Previdência Social. Por terem contribuído sobre 20 salários-mínimos, esperavam uma aposentadoria que viesse a ser compatível com a contribuição pelo teto máximo. Ledo engano! A Constituinte de 1988 reduziu o teto para dez salários-mínimos. Então, a tão sonhada e justa ociosidade veio com poucos valores, o mínimo está em R$ 678,00 e é recebido por 20 milhões de beneficiários do INSS, enquanto 9,2 milhões ganham acima desse valor.

Há quem diga que foi um desastre de proporções insuportáveis. Entrou governo e saiu governo, e novas leis sobre a Previdência Urbana, até hoje superavitária, e os valores das aposentadorias foram achatados. Os trabalhadores contribuíram compulsoriamente durante 35 anos para a Previdência  esperando um final de vida compatível com o nível de seus descontos. Assim mesmo, os rendimentos da população idosa no País atingiram R$ 402,3 bilhões em 2012. Isso é mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) do Peru em 2010. Sete em cada dez brasileiros com 60 anos ou mais pertencem à nova classe média, e, dos 22,3 milhões de pessoas idosas no Brasil, o Sudeste fica com a maior parte: 46,6%. Nordeste aparece em seguida (26,3%), seguido pelo Sul (15,3%), Centro-Oeste (6,5%) e Norte (5,3%). As mulheres são a maioria desta população, ou 55,5% dos brasileiros com mais de 60 anos. E cerca de 3,3 milhões de idosos aposentados continuam trabalhando, sendo 2,2 milhões de homens e 1,1 milhão de mulheres. É a realidade. 


Fonte! Chasque publicado na coluna "Editorial" do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição do dia 14 de janeiro de 2013.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Atitude 67! Chegaram os meus primeiros carnês de 2013!!!!

Bueno! Boleio a perna pra te dar um oh de casa e te convidar para um mate.

Nesta primeira prosa de 2013, vamos abordar um assunto que muitas vezes assusta a gauchada. Assusta pois quando não há controle dos cobres (dinheiro); quando não há um orçamento doméstico atualizado diariamente em planilhas mensais; quando os gastos são maiores que a renda familiar, somado ao falso status que a sociedade muitas vezes nos impõe, de ir às compras que nem cavalo quando dispara e sem freio no buçal, o resultado é um grande desastre financeiro no bolso da bombacha.

E aí, estarás a um passo de ver o estouro na tua conta bancária e se o vivente gosta de "colecionar carnês", vai chegar o momento em que vai "sortear" pagamentos no início do mês. Como se diz aqui no Rio Grande do Sul: "aí a vaca foi pro brejo", ou, "se foi o boi com as cordas"....

Bueno! Dali apor diante, estarás a um passo da bola de neve e da tua própria insolvência.

Este é o lado ruim dos CARNÊS, da compra desenfreada, da falsa compra proposta em dez, doze ou mais parcela sem juros. 

Falsa pois não existe parcelamento sem juros. E se existe, deve existir um bom desconto pra quem se propõe a pagar à vista e podem acreditar, quanto maior o bolicheiro (o comerciante), menores são as chances de tu conseguires barganhar um bom desconto, mínimo que seja.

Mas, aqui no nosso rancho (na nossa humilde residência....), em dezembro recebemos os nossos carnês de 2013. Eram esperados desde o início daquele mês, de minha parte, com certa ansiedade. São quatro carnês, com doze parcelas mensais cada, com vencimento no dia dez do mês seguinte (meu, da esposa e das duas filhas).

Mas são carnês que eu enquadro como NOSSOS PAGAMENTOS, onde, quando recebemos os nossos proventos mensais, NÓS NOS PAGAMOS PRIMEIRO.

São carnês de PREVIDÊNCIA PRIVADA - da Mapfre Seguros, onde religiosamente depositamos alguns cobres pensando no futuro, para quando a velhice nos disser "oh de casa! Cheguei pra te fazer companhia e pra tomar mate"....

No mercado financeiro os produtos VGBL e PGBL são  os que mais crescem , apesar da queda dos juros no mercado (Selic). O importante, se investir em produtos deste naipe (VGBL e/ou PGBL), deve-se procurar no sistema financeiro, entidades que não tenham taxas administrativas e de carregamento muito salgadas (altas). 

Mas aqui deixamos um chasque (lembrete): nunca se deve jogar todos os ovos numa única cesta, ou seja, NUNCA se deve investir em um único produto financeiro (invista em alguns produtos, entre os conservadores como a velha poupança, até os de maior risco, como o mercado acionário), pois o risco de investir tudo num produto ou numa única instituição financeira, é o que fundo garantidor não cobre (acima dos R$ 70.000,00 para a grande maioria destes produtos financeiros), quando na falência desta instituição financeira, ou quando há uma perda de valor no mercado deste produto financeiro onde estás investindo (como a queda vertiginosa do valor de uma ação na bolsa de valores. No mercado de ações, o fundo garantidor não cobre um níquel sequer... e isso faz parte do risco do próprio negócio / investimento).

Baita abraço

Valdemar Engroff - o gaúcho taura!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mais da metade dos inadimplentes não consegue renegociar dívidas


Foto: Porthus Junior/Agencia RBS.
Pesquisa da CDL Porto Alegre mostra que 57% dos inadimplentes que tentaram não conseguiram renegociar as dívidas atrasadas. O resultado aparece nas entrevistas feitas com as pessoas que estão com o nome no SCPC e procuraram atendimento em dezembro.
Ao responderem por que não conseguiram renegociar, 35% disseram que falta recurso financeiro mesmo com as condições propostas pelo credor. Em segundo lugar, com 30%, apontaram as taxas de juros elevadas.
No entanto, apenas seis em cada dez pessoas tentaram procurar o credor para renegociar um forma de pagamento das contas em atraso. E 43% devem mais de R$ 2 mil. Cartão de crédito é a maior causa do nome suja na Capital.

Fonte! Chasque da jornalista Giane Guerra, publicado no sítio Acerto de Contas, no dia 31 de dezembro de 2012. Abra as porteiras clicando em http://wp.clicrbs.com.br/acertodecontas/2012/12/31/mais-da-metade-dos-inadimplentes-nao-consegue-renegociar-dividas/?topo=52,1,1,,171,e171

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Meu chasque de Feliz ano de 2013 no meu sítio do Facebook foi assim (em 31/12/2012):
Comece o ano diferente
Quem sabe sem dívidas
Se com Dívidas, liquide-as e prometa que serão as últimas
Faça um orçamento doméstico mensal e mantenha-o atualizado
RESULTADOS:
Verás que estás gastando muito dos teus cobres em bobagens
Não sobrando nada para investir.
Comece o ano invertendo este jogo e sejas feliz
Um Baita ano de 2013 pra ti e pra todos os teus amigos e familiares.

Baita abraço

Valdemar Engroff - o gaúcho taura

Acertando as conta$ em 2013

Enquanto a economia mundial segue aos tropeços, aproveite 2013 para cuidar da casa. Ou melhor, das finanças da casa.
Comece olhando o que aconteceu em 2012: os juros caíram, o endividamento aumentou, a inadimplência não cedeu e a poupança mudou. Agora, mão na massa:
Plano financeiro

O educador financeiro André Massaro, que colaborou bastante com o Acerto de Conta$ no ano passado, sugere três "sub-planos":
- Plano de reorganização financeira - Cuide das dívidas, faça planilhas de controle e viva dentro do dinheiro que ganha no mês. Para começar: "Fique um mês, APENAS UM MÊS, vivendo absolutamente dentro de suas possibilidades, não gastando mais do que ganha e não fazendo novas dívidas. Faça um orçamento e use-o para quebrar o ciclo do endividamento, e encare como se fosse uma espécie de “AA financeiro” (“um dia de cada vez”)." - sugere Massaro.
- Plano de investimentos/aposentadoria - Faça um cronograma de investimentos - de preferência, mensal - e um valor a ser investido - preferencialmente, um percentual da renda mensal, como 10%. Se é um investidor inexperiente, o ideal é começar pelos instrumentos de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs ou mesmo a poupança. Desenvolva o hábito.
- Plano de aumento de renda - É uma forma de acertas as contas sem diminuir a qualidade de vida. Só que aumentar a renda tende a exigir um aprendizado. Massaro sugere então planejar estudos.
Primeiro milhão

Que tal começar a tomar providências para alcançar o primeiro R$ 1 milhão? O educador financeiro Mauro Calil sugere que se destine, no mínimo, 10% da renda mensal para investimentos. Menos dinheiro, mais tempo para alcançar a meta. Importante: é importante tirar a inflação do rendimento para manter o poder de compra do dinheiro. Calil disponibiliza a 
Calculadora do primeiro milhão.

Onde investir?

Abaixo, os tipos de investimento que mais tenho escutado de especialistas:

- Títulos atrelados à inflação - Foram destaque no ano passado com queda no juro e aumento de preços. Protegem o poder de compra do dinheiro. Tem os títulos do Tesouro Direito (NTN-B), fundos que compram esses títulos e debêntures de empresas vinculadas ao IPCA, índice oficial de inflação do País.
- Fundos imobiliários - Ganharam espaço e estão nas indicações para 2013. A bolsa de valores tem um índice que mede o desempenho dos mais negociados e apontou valorização de cerca de 30%. É isento de Imposto de Renda, o que é importante principalmente no longo prazo.
- Ações - A economia mundial está aos tropeços e as bolsas reagem a cada percalço. Mesmo assim, são indicadas no longo prazo, mas exigem atenção do investidor na escolha das ações. Quais empresas e segmentos se dão bem mesmo com a economia em crise? A renda continuará fortalecendo consumo? Bom para o varejo. Educação será demandada? Favorece empresas de educação. Cairá a inadimplência e bancos acharão novos mercados para compensar redução de spreads? Vai elevar ações de instituições financeiras. Estes são apenas alguns exemplos...

Fonte! Chasque da jornalista Giane Guerra, publicado no sítio Acerto de Contas, no dia 1º de janeiro de 2012. Abra as porteiras clicando em http://wp.clicrbs.com.br/acertodecontas/2013/01/01/acertando-as-conta-em-2013/?topo=52,1,1,,171,e171.