terça-feira, 30 de abril de 2013

Em Porto Alegre: Aprenda a Investir na Bolsa de Valores

(Clicar no chasque par aampliar....)
 
 
Bueno! A Dérivés Educação tem o maior programa de educação financeira do Brasil.
São cursos que atendem desde investidores iniciantes até os mais sofisticados, com tudo o que você precisa para entender o funcionamento do
mercado e diversificar seus investimentos de forma inteligente.

Esta é uma ótima oportunidade para quem deseja conhecer e desvendar o universo da bolsa de valores.

Evento: Aprenda a Investir na Bolsa de Valores

Data: 06 a 08 de maio
Horário: Das 19h às 22:30h 

Local: Dérivés Educação 
Endereço: Rua Antonio Carlos Berta, 475 - Sala 1101
Preço: R$350,00 (em até dez vezes sem juros - Visa ou Mastercard) 

Atenciosamente,

 Daniele Kofender
Dérivés Educação
(51) 3027-9424 | www.derives.com.br

 Rua Antônio Carlos Berta, 475 | 11º andar
Passo D'areia | CEP: 91340-020 | Iguatemi
Porto Alegre - RS
Chasque remetido por Dérivés Educação por chasque eletrônico (e-mail)

Ascar e Fapers garantem estabilidade previdenciária aos aposentados

“É mais um problema que estamos resolvendo das pendências que herdamos”, afirmou Pavan
“É mais um problema que estamos resolvendo das pendências que herdamos”, afirmou Pavan
Na tarde desta quarta-feira (24/4), a Ascar (Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural) e a Fundação Assistencial e Previdenciária da Extensão Rural do RS (Fapers) assinaram escritura pública de renegociação de dívida do déficit atuarial do Plano Geral Saldado (PGS), que nesta data supera R$ 70 milhões, a serem divididos entre as instituições. O contrato foi assinado pelo presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Lino De David, pelo diretor Superintendente Provisório e de Seguridade da Fapers, Aluísio Santos Ribeiro, e pelo diretor de Crédito e Marketing do Banrisul, Guilherme Cassel, representando o presidente Túlio Zamin, instituição interveniente da dívida.

A partir de renegociação mediada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), “com homologação judicial e julgamento de mérito, reafirmamos o compromisso de dar estabilidade à Fundação, fortalecendo-a como a principal política de recursos humanos da nossa Instituição”, destacou De David. Segundo ele, ao longo dos últimos dois anos, “foi realizada uma grande negociação, na tentativa de ajustar o PGS de forma jurídica, técnica e financeira, pois ambas instituições apresentam condições de pagamento”. Assim, o acordo dá estabilidade às aposentadorias para os 704 participantes do Plano, sendo 335 já aposentados, na garantia de que receberão seus benefícios.

A assinatura foi acompanhada pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, pela diretora administrativa da Emater/RS e superintendente administrativa da Ascar, Silvana Dalmás, entre outras autoridades e representantes das instituições.

“É mais um problema que estamos resolvendo das pendências que herdamos”, afirmou Pavan, ao observar a existência de um déficit atuarial do fundo de previdência que, “depois de longas tratativas feitas pela direção da Ascar/Emater e aprovado pelo Conselho Deliberativo, hoje podemos assinar esse acordo que garante aos trabalhadores da Emater a aposentadoria básica e a complementar”.

Para Ribeiro, diretor superintendente da Fapers, “encerramos a negociação após quase 24 meses de busca de uma solução viável de uma dívida, que criava um clima de insolvência à fundação, hoje com 32 anos de atuação”, disse, ao destacar sua expectativa de fortalecimento da Fundação.

Fonte! Chasque de Adriane Bertoglio Rodrigues, publicado no sítio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, no dia 24 de abril de 2013. Abra as porteiras: http://www.sdr.rs.gov.br/conteudo.php?cod_conteudo=3303&cod_menu=2

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Discovery exibirá documentário sobre a boate Kiss

O canal Discovery pretende apresentar um documentário entitulado “Tragédia em Santa Maria”, uma produção da Mixer que conta o relato das vítimas e os acontecimentos do incêndio na Boate Kiss, que matou 241 pessoas.

Há três meses os olhos do Brasil e do mundo se voltaram para uma boate de Santa Maria, onde os jovens se divertiam como qualquer jovem faz, e por causa de atitudes sem segurança, iniciou-se um incêndio que viria a matar quase 250 pessoas. O programa vai ao ar em 27 de abril, às 21h30. Nele você verá a reconstituição dos momentos de terror vividos pelos jovens no Rio Grande do Sul.

No documentário você verá como está a vida dos envolvidos na tragédia, as condições de segurança do local e como tudo começou. Alguns salvamentos e histórias vividas naquela noite ganharão uma reconstituição.

O programa mostrará todo tipo de depoimento, até o terror da ex-funcionária da boate que, para tentar se salvar, colocou a cabeça para dentro do freezer. E outros jovens contam como ajudaram a salvar as vítimas antes da chegada do corpo de bombeiros. No programa também veremos como andam as investigações e quem são os possíveis responsáveis da tragédia.

Fonte! Este é um chasque  (postagem) de Jéssica Veridiana, publicado no dia 22 de abril de 2013 no sítio POP. Abra as porteiras: http://blogs.pop.com.br/tv/discovery-exibira-documentario-sobre-a-boate-kiss/.

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Nota! O Bolso da Bombacha é um sítio que trata das finanças pessoais para, primeiramente, os tradicionalistas do Rio Grande e do Brasil.

Perder dinheiro no mercado financeiro faz parte da estratégia de qualquer investidor, mas não há no Rio Grande do Sul tristeza maior do que esta: a da perda de 241 vidas humanas, de jovens que tinham uma vida inteira pela frente, cujos sonhos foram interrompidas bruscamente por este incêndio em Santa Maria.

Este canal de TV, vem em boa hora com esta proposta. Estou ansioso para ver este documentário, que será exibido dia 27 de abril, às 21h30min.

Baita abraço

Valdemar Engroff - o gaúcho taura

Na arena financeira espanhola, o touro vence

A que ponto de desorganização econômico-financeira chegou a Espanha, depois da Grécia, da Irlanda, de Portugal e mesmo da Itália e da França. Até agora, salvaram-se, ali, ali, o Reino Unido e, mais ainda, a Alemanha, sempre austera e disciplinada, é forçoso reconhecer. No entanto, a Espanha é o símbolo da crise da União Europeia (UE), após a turbulência de 2008 nos Estados Unidos (EUA). Pois a Espanha que reimplantou a monarquia e ficava noticiando sobre os seus “reais”, imitando a realeza inglesa, algo anacrônico, mas que rende muitos milhões de euros em turismo, até mesmo por conta dos periódicos escândalos que assustam o Reino Unido, mas para o deleite dos tabloides sensacionalistas. Depois de duas décadas em que se transformou no destino preferido de estudantes, turistas e políticos de boa parte do mundo, incluindo os brasileiros, a Espanha desabou fragorosamente. E, tudo indica, o retorno ao primeiro time será longo e doloroso.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha deve se reduzir entre 1,0% e 1,5% este ano e crescer ligeiramente em 2014. Por isso, a Espanha apresentará novos planos orçamentários para os próximos anos, que darão mais ênfase ao crescimento econômico do que à redução do déficit orçamentário. O governo espanhol está negociando com autoridades da União Europeia metas de déficit menores do que com as quais o país se comprometeu para os próximos anos. De acordo com a meta atual, a Espanha precisa reduzir seu déficit orçamentário abaixo de 3% do PIB, limite estabelecido para os países da UE no ano que vem.

Diante de uma forte pressão da UE e de investidores internacionais, a Espanha conseguiu reduzir seu déficit orçamentário para 7,0% no ano passado, de 9,0% do ano anterior. Contudo, o intenso corte de gastos e o aumento dos impostos têm um custo muito alto, o que dificulta o crescimento econômico. 

Porém, quem mais tem sofrido é o povo, pois a Espanha tem grande número de famílias despejadas. E a polícia, cumprindo determinações judiciais, tem sido implacável. Um cidadão que há meses não paga a hipoteca afirmou que, durante a desocupação forçada, aquele foi o momento mais humilhante da sua vida, quando a polícia retirou do imóvel ele, a mulher e três filhos pequenos. Realmente, é triste, mas é a lei, inexorável, do modelo adorado pelos espanhóis até alguns anos passados. Hoje, passeatas pedem até o fim da monarquia, considerada anacrônica e gastadora de dinheiro público sem qualquer serventia, o que parece uma obviedade no mundo atual. Vizinhos dos despejados insultam os oficiais de Justiça e os policiais que conduzem os despejos, batendo panelas. Entre berros, choros, empurrões e muito nervosismo, mais uma família era colocada no olho da rua. Há um exército de despejados das próprias casas na Espanha. Os apartamentos comprados em 2005, época ainda da bonança financeira espanhola, hoje não podem ser pagos, pelo desemprego e os baixos salários. Na arena financeira da Espanha, o touro está vencendo a corrida, como no filme Sangue e areia, estrelado por Tyrone Power. Mas antes era ficção. Hoje, é realidade.

Fonte! Este chasque é o editorial do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), da edição do dia 24 de abril de 2013.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Corte de gastos começa com alimentação e lazer

Você gasta mais do que ganha? Você fica contando os dias que faltam para receber o salário? Ou será que o limite do seu cartão de crédito e do cheque especial estão estourados ? 

Então, você precisa tomar algumas atitudes depressa.

Primeiro você precisa saber para onde é que o seu dinheiro está indo, e para isso, o melhor é ter papel e caneta na mão. 

Eu não vou dar aquela velha receita chata para anotar todas as despesas do dia a dia, mas você precisa saber pelo menos, quais são os grandes gastos na semana e também no mês. Daí então, você vai precisar aumentar sua renda ou então cortar os seus gastos. O melhor mesmo é fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Na hora de cortar gastos, você deve ficar de olho no custo da alimentação fora de casa. O lazer também é um item cada vez mais caro.

E sempre você vai encontrar alternativas simples, baratas e até mais saudáveis , tanto na alimentação quanto no lazer .

Um exemplo: levar comida de casa para o trabalho. Você tem vergonha? 

Ainda na semana passada eu soube que um dos mais ricos e famosos empresários brasileiros faz exatamente isto. Ele leva comida feita na sua própria casa para o trabalho. 

No caso dele, não é por economia mas para garantir uma boa saúde. Ele já passou dos 80 anos e está super bem.

E, quanto ao lazer, que tal começar a ler livros.

Eu não conheço nenhum lazer mais apaixonante e ao mesmo tempo seguro do que ler um bom livro. 



E, contraditoriamente, ler livros é barato e chique. Pense nisto.

Mauro Halfeld, para CBN


Fonte! Trago este chasque que achei muito importante (que é a transcrição de um comentário de Mauro Halfeld). Busquei o mesmo no sítio O Dinheiro é Meu, de Luciane Soares, lá publicado no dia 26 de março de 2013. Abra as porteiras: http://odinheiroemeu.blogspot.com.br/

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fundos imobiliários atingem 100 mil investidores e 100 fundos negociados na bolsa

No final de 2008, havia apenas 25 fundos imobiliários cadastrados na bolsa             
                                       
SÃO PAULO – Os fundos imobiliários atingiram duas marcas importantes no final do mês de março. De acordo com dados da BM&FBovespa, o terceiro mês do ano se encerrou com 102.691 investidores e 100 fundos negociados na Bolsa de Valores. 
Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

Para se ter ideia do crescimento desta indústria, no final de 2008, havia 25 fundos cadastrados na bolsa. Já o crescimento do número de investidores foi ainda mais impressionante: em janeiro de 2011, havia 19.732 pessoas que aplicavam seus recursos em fundos imobiliários, o que indica um aumento de 5 vezes em pouco mais de dois anos. Para o advogado e especialista em fundos imobiliários, Arthur Vieira de Moraes, a velocidade do crescimento é o que mais chama atenção. “É um crescimento que impressiona. Mas se pensarmos na população do Brasil e no número de investidores potenciais, 100 mil investidores ainda pode ser considerado pouco. Este mercado tem muito potencial para crescer”, disse.
Em janeiro de 2011, havia 19.732 pessoas que aplicavam seus
 recursos em fundos imobiliários, o que indica um aumento
de 5 vezes em pouco mais de dois anos (Getty Images)

Já em relação ao número de fundos, ele acredita que a tendência é de que haja um crescimento de proporções menores ao número de investidores daqui para frente. “Ainda temos muitos fundos monoativos (que possuem apenas um imóvel na carteira), quando o ideal são fundos mais diversificados, com uma quantidade maior de imóveis no portfólio. A tendência é que surjam menos fundos, com mais imóveis, características de mercados desenvolvidos, como nos EUA”, aponta.

No ano passado, algumas ofertas contribuíram para popularizar ainda mais este mercado. A mais relevante foi a do BB Progressivo II (BBPO11), que investe em agências e prédios comerciais do Banco do Brasil. Em apenas 8 pregões (o fundo estreou no dia 12 de dezembro), o fundo movimentou mais de R$ 546 milhões na bolsa brasileira e se tornou um dos fundos imobiliários mais negociados. “Com este crescimento [da indústria de fundos imobiliários], foram criadas espécies de ‘blue chips’ dos fundos imobiliários”, afirma o diretor de investimentos imobiliários da Rio Bravo Investimentos, José Diniz.

Junto com o BB Progressivo II, outros fundos já possuem grande liquidez na bolsa, como o BTG Corporate Office Fund, conhecido como BC Fund, maior fundo imobiliário do país, que negocia mais de R$ 3 milhões por dia, em média. O fundo Santander Agências (SAAG11) e o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) também negociam na casa dos “milhões” diariamente.

Valorização
 Em 2012, o Ifix, índice de fundos imobiliários calculado pela bolsa paulista, avançou 35%, muito acima de outros investimentos – O Ibovespa, por exemplo, valorizou 7% neste período. Para especialistas, a queda da taxa de juros deixou o investimentos em fundos imobiliários mais atrativos – com menos prêmio na renda fixa, era natural que houvesse mais interesse por outras aplicações. A valorização dos imóveis nos últimos anos também contribuiu para este crescimento.

Para este ano, o diretor  da Rio Bravo afirma que os investidores ainda podem esperar valorização, mas não nessas proporções. “É mais natural que se espere algo entre 10% e 20%”, acredita. Este ano, o Ifix acumula leve alta de 0,13%.

Fonte! Chasque de Diego Lazzaris Borges, publicado no sítio INFOMONEY, no dia 04 de abril de 2013. Abra as porteiras: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/fundos-imobiliarios/noticia/2719861/fundos-imobiliarios-atingem-100-mil-investidores-100-fundos-negociados-bolsa.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um centavo é relegado por cidadãos, mas em escala faz diferença para empresas

Na época do lançamento do real, 10 moedinhas de R$ 0,01 garantiam um pãozinho, enquanto agora são necessários mais de 50 moedinhas
Um centavo é relegado por cidadãos, mas em escala faz diferença para empresas Mauro Vieira/Agencia RBS
Na loja de produtos que promete produtos de R$ 1, Marisa comprou um conjunto
de potes plásticos de R$ 2,50: "funciona como um chamariz"          
Foto: Mauro Vieira / Agencia RBS
 
Vamos ser francos: você se abaixaria para apanhar uma moeda de R$ 0,01 na calçada? Em razão do baixo valor, é provável que não só você como a maioria dos brasileiros respondam à pergunta com um indubitável "não".

Pudera. Se nos primeiros anos do real, lançado em 1994, as moedas de pequeno valor tinham lá seu poder de compra, hoje não se pode dizer o mesmo. Na época, com R$ 1 era possível comprar 10 pães cacetinhos – 10 moedinhas de R$ 0,01 garantiam um pãozinho. Hoje, um cacetinho custa mais de R$ 0,50 (50 moedinhas de R$ 0,01).

Ao longo dos anos, lojas que ancoravam os preços na figura do real precisaram se adaptar. Com uma moeda de R$ 1 na fachada, a Show do Real, na Capital, negocia produtos de até R$ 60. Vendidos a R$ 1, seguindo à risca o que sugere o nome da loja, apenas alguns doces, salgados e itens de material escolar.

– A gente sabe que o preço não é R$ 1, mas isso funciona como um chamariz – comenta a comerciária Marisa Ribeiro, 54 anos, que comprou um conjunto de potes plásticos de R$ 2,50.

Em longo prazo, um dos resultados da desvalorização da moeda é a queda no seu índice de circulação no mercado: em razão do pequeno valor, pouca gente faz questão de carregar no bolso moedas de R$ 0,01 – na prática, mesmo um grande volume de moedas ainda significa pouco poder de compra. No mercado como um todo, a consequência dessa cadeia de desinteresse pelo centavo é a falta de troco.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Gustavo Schiffino, diz que o problema pode piorar devido ao novo valor das tarifas de ônibus da Capital (R$ 3,05).

– Sem dúvida que vai se agravar. Não existe moeda suficiente. Áreas que dependem desse troco terão de procurar alternativas com os bancos.

Em 21 de março, data em que o aumento nas passagens foi aprovado, o valor previsto inicialmente era de R$ 3,06. Prevendo problemas com o troco nos ônibus, o prefeito José Fortunati arredondou o preço para R$ 3,05.

O gerente executivo do Consórcio STS, Antônio Augusto Lovatto, garante que, assim como contornavam a dificuldade no fornecimento do troco com o valor anterior das tarifas (R$ 2,85), as empresas de ônibus estão preparadas para o desafio que se avizinha:

– O cobrador já sai com o kit troco (principalmente moedas de R$ 0,05). Com isso, minimizamos o problema.

Além disso, explica Lovatto, pouco mais de um quinto dos passageiros pagam o transporte em dinheiro, o que também reduz drasticamente a circulação de moeda nos ônibus.

Criando ou não problemas de troco, o fato é que os R$ 0,05 que impediram a passagem de ter um preço cheio (R$ 3) farão uma enorme diferença nas contas das empresas de ônibus. Por mês, considerando-se uma média de cerca de 20 milhões de passageiros pagantes em Porto Alegre, o impacto será próximo de R$ 1 milhão.

Lei informal para a falta de moedas

A adoção dos preços dos combustíveis com três casas após a vírgula já causou polêmica. Amparados por uma portaria de 1994, do extinto Departamento Nacional de Combustíveis (DNC), os postos incluem os décimos de centavos no valor. Em 2012, o governo do Estado criou uma lei que determina a supressão do terceiro dígito.

Alegando a inconstitucionalidade da legislação, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no RS (Sulpetro) optou por manter as três casas decimais. Enquanto isso, a pendenga segue na Justiça.

Se, para quem paga, o R$ 0,001 pode parecer pouco, para os postos e distribuidoras aquele numerozinho quase insignificante muitas vezes faz diferença.

– Um décimo de centavo, para quem abastece um tanque de 50 litros, praticamente não faz diferença (R$ 0,05). Mas, para quem vende 400 mil litros por mês, faz muita diferença (R$ 400) – exemplifica o presidente do Sulpetro, Adão Oliveira.

A suposta insignificância dos centavos foi abordada com humor no filme Como Enlouquecer seu Chefe, de 1999. Nele, três colegas de trabalho montam um golpe, visando a desviar para uma conta particular as pequenas frações de centavos nas transações bancárias da empresa. No fim, o golpe dá tão certo que o trio, que esperava lucrar alguns poucos dólares, acaba ficando milionário.

Na vida real, centavos têm se transformado em milhares de reais em doações para instituições públicas. Por meio de uma campanha iniciada em 2010, como forma de reduzir o problema da escassez de moedas, a rede de supermercados Zaffari oferece aos clientes a possibilidade de doar o troco de suas compras para hospitais. Até ontem à tarde, o valor doado às entidades desde o começo da campanha ultrapassava os R$ 729 mil.

No dia a dia, as queixas contra a falta de troco são frequentes. O comerciante Jair Lamm, dono de uma padaria no bairro Menino Deus, na Capital, diz que a falta de troco chega a causar atritos com clientes:

– Às vezes, as pessoas culpam a gente por não ter troco. Mas, se o banco não te dá troco, tu também não tem como dá-lo para o cliente.

Diante da constante falta de moedas, especialmente de R$ 0,01, o mercado adotou uma espécie de regra informal de arredondamento – na falta de moedas de R$ 0,01, os trocos de R$ 0,08 viram R$ 0,10, e os de R$ 0,07, transformam-se em R$ 0,05. Mas alguns comerciantes, como Lamm, preferem arredondar para baixo, ficando com o ônus dos centavos perdidos. Outros fazem o contrário.

A diretora do executiva do Procon Porto Alegre, Flávia do Canto Pereira, recomenda que os consumidores nunca aceitem receber a menos do que o troco completo, mesmo sob a alegação de arredondamento do valor:

– Isso não pode, porque é contrário à legislação. Não pode receber mais, nem menos. O consumidor não deve aceitar.

O menino econômico e sua pirâmide

Durante 10 meses, João Pedro Pariz Chiappa, 8 anos, juntou moedas de todos os valores. No começo do ano, a servidora pública Débora Pariz, surpreendeu-se com o valor guardado pelo filho: R$ 298, suficientes para a compra de um brinquedo com o qual Pedro sonhava havia muito tempo: uma pirâmide Playmobil:

– Durante esse tempo, fui preparando ele, porque talvez não desse para trocar pelo brinquedo, pois era muito caro. Mas, no dia em que resolvemos trocar as moedas, o brinquedo estava em promoção, pela metade do preço.

Motorista ataca cofrinho para estacionar

Antes de partir de carro em direção a uma região onde precisará utilizar parquímetros para estacionar, o economista Paulo Roberto Ríspoli, 70 anos, já se prepara, pegando no cofrinho algumas das moedas de R$ 0,50 ou R$ 1 que costuma guardar.

No viaduto Dom Pedro I, o lavador de carros João Carlos da Fonseca Júnior atua como uma espécie de "banco de moedas" para os motoristas que chegam desavisados para estacionar na Área Azul:
– Todo dia vem gente trocar moeda comigo. A moeda é escassa, está valendo ouro – diz.

Curiosidades

Relíquias

Colecionadores pagam até R$ 100 por cédulas de R$ 1, fora de circulação há alguns anos, em bom estado de conservação
Magnetismo
Moedas de R$ 1 e R$ 0,50 fabricadas com cupro-níquel e alpaca, não são atraídas por ímãs
Quase nada
Centavo da moeda do Uzbequistão, o tiyin vale apenas 0,001 de centavo de real
Extinto
Com produção mais cara do que o valor de mercado, o dólar canadense deixou de ser produzido

Fonte! Chasque de Marcelo Monteiro, publicano no jornal eletrônico de Zero Hora de Porto Alegre. Abra as porteiras:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/03/um-centavo-e-relegado-por-cidadaos-mas-em-escala-faz-diferenca-para-empresas-4091077.html.