quarta-feira, 30 de julho de 2014

Atitude 82! Preços tão iguais.... mas tão diferentes....!

Bueno! Estou aquerenciado (morando) desde 1990 na cidade de Alvorada - região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Tenho carro desde 2004 e desde então tenho observado os preços dos combustíveis nas bombas. Às vezes os preços variam.... mas em linhas gerais, os preços se nivelam, sendo mais salgados (caros) ou nem tanto.

Há uns dois meses atrás, a gasolina comum custava na grande maioria dos postos de combustíveis de Porto Alegre entre R$ 2,859 a 2,899. E nos dois postos do meu bairro, no Jardim Algarve, este mesmo combustível custa há muito tempo R$ 2,859. Isto quer dizer que estava com o preço mais ou menos parecido com a grande maioria das bombas de combustível de Porto Alegre.

Mas em Porto Alegre o preço baixou e hoje, a quase totalidade dos postos pratica os preços entre 2,759 a 2,799 (salvo exceções). E o que chama atenção é esta pequena diferença de preços nas bombas na capital.... e isso faz muito tempo que é assim.

Mas me assustei dias atrás quando fiquei com a reserva, com o tanque do meu carro "pedindo abastecimento". Eu estava na Avenida Getúlio Vargas, a principal via de entradas, saídas e cruzadas de Alvorada. O preço da gasolina comum estava e, R$ 2,999. Verifiquei mais uns três postos nesta avenida e os preços eram iguais, mesmo sendo de bandeiras diferentes.... Preços tão iguais.... mas tão salgados (caros)....

Agora, o mistério mesmo acontece em Canoas.... Mas antes de tudo, vale a pena dar uma esticada até Canoas (saindo de Porto Alegre) para abastecer nos primeiros postos localizados ao longo da BR 116. Os preços da gasolina variaram no sábado passado de R$ 2,539 a 2,599. São uns sete postos de bandeiras diversas e depois destes, os preços chegam a se equivaler aos praticados em Porto Alegre..... Mas o mistério é que estes preços baguais (baratos) só estão localizados para quem sai de Porto Alegre. Nos postos localizados ao longo da mesma BR, mas no sentido oposto, na chegada de Porto Alegre, os preços se equivalem aos de Porto Alegre..... 

Sinceramente, Isto merece uma explicação e eu, mesmo que eu tente, não consigo explicar esta grande diferença numa mesma avenida, que é separada pelos trilhos do Trensurb (trem de superfície de passageiros).... Não é somente a lei do mercado.... a lei da oferta versus demanda.... 

Assim como devemos pesquisar tudo o que for comprado, consumido, incluindo se realmente é necessário adquirir o bem em questão, no caso do combustível, depois que se tem um carro para se locomover, na hora de abastecer, dá pra pesquisar preços, pois os valores podem ser bem significativos de um bairro para outro ou de uma cidade para outra, separada ou não apenas por um rio... 

Agora imagine abastecer em Canoas por R$ 2,549.... e em Alvorada por R$ 2,999, dá uma diferença de R$ 0,45 por litro e se o tanque estiver na capa da gaita (vazio), se der 40 litros, dá uma economia de R$ R$ 18,00 numa abastecida.... 

Créditos da arte, basta abrir as porteiras clicando em http://www.ahorradoras.com/2012/03/trucos-para-ahorrar-gasolina/

Baita abraço

Valdemar Engroff 

Casais aprendem a economizar (e, quem sabe, enriquecer) com livro de dicas



 "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", livro de Gustavo Cerbasi, completa dez anos e segue útil para quem quer alcançar a saúde financeira 
 
Retrato! Adriana Franciosi/Agência RBS
Em 2004, o cenário econômico era diferente, bem como as prioridades dos casais na hora de investir. O especialista em finanças Gustavo Cerbasi, há uma década, lançou um livro que acabou sendo referência para quem quer repensar suas prioridades de gastos e começar a acumular bens ou capital.
Ao mesmo tempo, Casais Inteligentes Enriquecem Juntos foi o começo para uma série de outras publicações do autor que transitam também nessa área, como Casais Inteligentes Enriquecem Seus Filhos e O Segredo de Casais Inteligentes e também para a sua vida como palestrante e consultor em finanças pessoais.

Ainda que o mundo tenha mudado, algumas oportunidades de acumular e viver uma vida a dois financeiramente saudável seguem as mesmas. Em entrevista a ZH, Cerbasi fala um pouco desse novo cenário e dessas oportunidades de mudança de hábitos.

Zero Hora –  Algo mudou nesses 10 anos que se passaram após a publicação de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos? Quais são as principais diferenças daquele mundo para o nosso, atual, em termos do comportamento das pessoas acerca de suas finanças?

Gustavo Cerbasi
 – Muita coisa mudou. Em 2004, eu escrevia que os casais não falavam sobre dinheiro porque o assunto não estava na pauta das preocupações das famílias. Em dez anos, o tema cresceu na mídia, meu livro e os de muitos outros autores passaram a ser referências básicas em cursos de noivos e planos de casamentos. Mas, casais ainda conversam menos do que deveriam sobre dinheiro, pois o tema disputa espaço com outros assuntos de qualidade de vida. Nesses dez anos, aparentemente, os indicadores de consumo das famílias brasileiras não melhoraram muito. Os brasileiros continuam muito endividados, mas com dívidas de melhor qualidade do que há dez anos. Ainda poupam menos do que deveriam, não conseguem se planejar para o longo prazo e se sentem muito inseguros em relação ao futuro. Entretanto, não se pode desprezar o fato de que os brasileiros das estatísticas de hoje são diferentes daqueles de 2004. Lá atrás, o público consumidor era muito menor e mais elitizado. Em dez anos, milhões de famílias tiveram acesso a bancos, a crédito e a um novo consumo, tudo isso antes de conhecerem a educação financeira. Os brasileiros que consumiam há dez anos estão com as finanças mais organizadas, mas a nova classe consumidora brasileira ainda está longe de ser considerada financeiramente educada. Não poderia ser diferente, pois o governo pouco fez, nesse período, para educar a população para o bom uso do dinheiro. Políticas econômicas modeladas para favorecer setores industriais específicos (como as reduções pontuais de IPI) lançaram as famílias a um consumo não planejado, que resultou em um nível de endividamento maior do que o previsto.

ZH – Como professor e especialista em finanças pessoais, quais são as principais dificuldades que você encontra na vida financeira das pessoas? Quais são as principais dúvidas que as pessoas têm?

GC
 – As famílias têm pouca liberdade para lidar com imprevistos, pois os orçamentos são muito engessados. Também têm dificuldades para lidar com dívidas, pois a população é altamente propensa a adquirir crédito facilitado e caro. E também resistem a trocar uma vida de posses por uma de realizações, pois a sociedade latina valoriza mais as aparências do que as conquistas. Uma solução prática para isso é reduzir as compras a prazo e reduzir o padrão de grandes itens de consumo, como a casa própria ou o carro. Mas, a mídia e hábitos fortemente enraizados na sociedade reforçam os maus hábitos do parcelamento e da compra precoce de bens de grande valor, o que aprisiona as famílias nas dívidas. É difícil mudar uma cultura quando maus hábitos são praticados por quase 100% da população.

ZH – Seu livro parece falar mais de filosofia de vida, sobre não se importar apenas em acumular dinheiro, mas aproveitar a vida com o dinheiro que se tem. Como você aplica isso na sua vida?

GC 
– Desde o início de minha carreira, preocupei-me sempre em garantir fontes de renda antes de assumir despesas. Atrasei um pouco os planos típicos de qualquer família, mas quando comecei a colheita, a maioria de meus conhecidos ainda sequer pensava em plantar. Ignoro as expectativas de terceiros quanto a marcas e grifes que devo usar, e privilegio o uso de meu dinheiro para realizações de sonhos meus e de minha família. Basicamente, hoje, o padrão de vida que adoto é o que pode ser mantido pelo meu patrimônio sem que eu tenha que trabalhar. Continuo trabalhando não para pagar contas, mas para aumentar o patrimônio e oferecer condições financeiras crescentes à minha família.

ZH – Para alguém desorganizado, qual é o primeiro passo essencial para se estruturar financeiramente?

GC 
– O primeiro passo é passar a conversar mais sobre dinheiro. A maioria das pessoas tem dificuldade para reorganizar suas finanças porque não tem a real noção de quais itens de consumo são realmente mais importantes para elas e, por isso, cortam os gastos errados na hora de enxugar despesas. Falar sobre dinheiro e sobre sonhos nos proporciona maior autoconhecimento e, com ele, entendemos melhor quais gastos são tradições que nos fazem bem, e quais são escolhas burocráticas que podem ser reduzidas. Sabendo disso, eu prefiro preservar gastos com lazer e qualidade de vida, e então partir para a troca do carro ou da casa por outra mais barata. Esse é o caminho para ter uma vida mais simples, que permite mais sobras de dinheiro para uma diversidade maior de experiências.

ZH – Qual é a principal dica que você daria, hoje, para um casal de jovens? E para os solteiros?
GC – Para um casal jovem, a principal dica é optar por uma moradia mais simples, que não esgote as verbas para o namoro, para a qualidade de vida e para a poupança, deixando a aquisição da casa própria mais para frente, quando a renda familiar se estabilizar e o casal alcançar o número de filhos que planejou. Para os solteiros, recomendo poupar não para o longo prazo, mas sim para investir maciçamente em qualificação e em experiências que fortaleçam o currículo e a capacidade empreendedora. E a dica de economizar nos grandes gastos também vale – ela é estratégica enquanto desejamos grandes transformações em nossa vida.

Fonte! Chasque (reportagem) publicada no sítio do Jornal Zero Hora de Porto Alegre, em 28 de julho de 2014. Abra as porteiras clicando em http://m.zerohora.com.br/noticia/4560415/casais-ainda-conversam-menos-do-que-deveriam-sobre-dinheiro

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Empresas precisam entender a geração Y

Seminário promovido pela Fundação CEEE debateu a inserção dos jovens no mercado de trabalho no Brasil


Gehringer afirma que os jovens retomam ideias da geração anterior
Ghehringer afirma que os jovens
retomam ideias da geração anterior


Cerca de 600 pessoas acompanharam, na tarde de ontem, a primeira edição do seminário sobre Previdência Complementar, realizado pela Fundação CEEE. Os painéis, realizados no Centro de Eventos do Plaza São Rafael, tiveram como tema central “Caminhos para o futuro, as novas gerações e a percepção do amanhã”, discutindo principalmente a relação dos empregadores com a chamada geração Y, que está entrando no mercado de trabalho.

O filósofo e doutor em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mário Sérgio Cortella, foi o primeiro a falar, abordando o tema As novas gerações e o mercado de trabalho. Conforme o especialista, esta é uma geração que precisa ser treinada a ter paciência, persistência e resistência. “É uma geração encantadora porque deseja fazer algo que tem propósito e sentido. Mas uma parte dela tem a percepção de uma paciência e esforço mais curta. Precisamos fazer com que ela compreenda que não dá para viver só o momento, que tem que viver também a organização para o futuro”, explica.

Cortella define ainda que a juventude tem uma noção de instantaneidade e de mobilidade, mas ainda não tem a noção do fundo estratégico. Ele salienta que isso passa por uma formação coletiva. “As empresas precisam ajudar a fazer isso. O jovem não tem a noção porque nós, adultos, com muito mais idade, também não temos. Ela não é só do jovem, mas é mais aguda neles. É tarefa das empresas movimentar o debate”, ressalta.

Na segunda parte do seminário, foi a vez do administrador de empresas Max Gehringer apresentar o tema Gestão de mudanças: administrando as novas gerações. Na opinião do especialista, as empresas encaram os jovens da mesma forma que percebiam a geração de 40 anos atrás. “Havia uma parte das pessoas que acreditava que a minha geração iria ser uma desgraça, que iríamos destruir tudo e as empresas iriam acabar. Tínhamos ideias novas, uma vontade muito grande de mudar a situação, não morar no mundo em que os adultos construíram para nós, mas construir o nosso mundo. O tempo passou e estamos enfrentando uma nova geração, que, com outras tecnologias e outra urgência, está retomando mais ou menos o que a minha geração falou”, avalia.

Para Gehringer, se no mercado de trabalho alguém deve entender alguém, são os adultos que precisam se esforçar para entender os jovens. Reforça ainda que esta sempre será uma sequência histórica que não vai terminar nunca. “A tendência é dizer que o jovem não era mais como antigamente — não tem vontade, muda muito fácil. As condições que faziam com que alguém arrumasse um emprego, permanecesse nele e mantivesse uma carreira na mesma empresa mudaram, pois o mundo ficou mais rápido, o acesso a informação é completamente diferente do que era. As empresas precisam se preparar para lidar com esta geração, porque não tem como expurgar ela”, observa.

A ideia da realização do painel foi marcar a entrada definitiva da Fundação CEEE no segmento de previdência complementar. Atualmente, a entidade gere um patrimônio superior a R$ 5 bilhões, administrando planos de previdência privada para mais de 15 mil pessoas participantes de planos das nove empresas e entidades que são patrocinadoras ou instituidoras do fundo de pensão, e que têm direito a oferecer a seus colaboradores a previdência complementar. No Brasil, a instituição está entre os 20 maiores fundos do País, e é o maior no Rio Grande do Sul.



Fonte! Chasque (reportagem) de Nestor Tipa Júnior, publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre, edição do dia 24 de julho de 2014.  Crédito do retrato: Antônio Paz / JC

sábado, 19 de julho de 2014

Educação financeira: quando começar e quanto dar de mesada?

Especialista compara iniciativas familiares e dá dicas sobre a fórmula ideal de abordar o assunto de forma saudável com os filhos
A partir dos três anos de idade da criança, uma moeda de R$ 1 ou alguns centavos são o suficiente para começar a educação financeira dos filhos, diz especialista
Um valor fixo estipulado por mês, o incentivo para produzir e vender algo ou o desconto por penalizações comportamentais com base em regras preestabelecidas? Afinal, qual a fórmula ideal para dar mesada aos filhos e ensinar lições desde cedo sobre educação financeira?

O assunto ressurge depois que Paulo Lima, de Porto Alegre, pai de Larissa, de dez anos, incentivou a filha de dez anos a escrever um livro e a vendê-lo na internet. Em vez de simplesmente aceitar o pedido por mesada, ele a motivou a produzir algo relacionado aos seus interesses – no caso, a leitura e a escrita – e, dessa forma, deu lições não apenas de empreendedorismo, mas de educação financeira.

Outra iniciativa relacionado ao mesmo tema, desta vez em Rondônia, gerou bastante repercussão no ano passado. Isso porque o juiz Vitor Yamada, de Rondônia, definiu um conjunto de regras para o pagamento, com descontos para desobediência, notas baixas e mau comportamento. Cada "infração" representava um valor a menos na tabela, e a medida em que elas iam sendo cometidas, os cofrinhos dos filhos Giullia, oito anos, e Vitor, seis, ficavam mais vazios.

Para Márcia Tolotti, psicanalista e consultora em educação financeira, as duas iniciativas demonstram pais atentos aos aspectos mais sofisticados da educação, como a educação financeira. Ela, porém, alerta:

– Nota 10 por se preocuparem com isso, mas as diferenças são muitas. O primeiro caso é motivador, desenvolve, e o segundo, pune. Entre as duas, a do pai que incentivou a produção de algo tem muito mais chance de gerar resultados de longo prazo – diz.

Segundo a especialista, uma tabela rígida (com os descontos) até pode gerar bons resultados no curto prazo, mas se torna um conjunto tão inflexível de regras e de transgressões que a criança, além de não aguentar por muito tempo, cria uma associação entre dinheiro e punição que poderá comprometer a saúde financeira no futuro.

– O caso do pai de Porto Alegre que incentivou a criação do livro é a versão digital das crianças que há 40 anos vendiam limonada na frente da casa. Daquelas que há 30 anos faziam pequenos serviços e daquelas que há 20 anos vendiam seus livros e brinquedos. Nosso país é feito de empreendedores, e o pai que incentiva a escrever segue a linha de pais saudáveis que geram segurança nos filhos, que apoiam e ajudam eles a saírem da zona de conforto.

Mas, então, os pais não podem condicionar a mesada a nada?

– Podem sim, mas jamais a uma lista que até os adultos teriam dificuldade de seguir. Outro aspecto é que o pai se torna um fiscal financeiro do filho. Considero muito arriscado o método e, a  longo prazo,  ineficaz. E quando a criança fizer além do esperado, vai receber mais? A monetarização daquilo que deve ser natural (cumprir normas interpessoais e sociais como as que estão na tabela) ajudará? – afirma.

Influência familiar na consciência financeira

Outra dúvida dos pais é quanto à influência de familiares próximos, como os avós, os tios e os primos. Como lidar se as regras são diferentes em cada casa?

– Se a criança está bem preparada, irá saber como trabalhar. Por exemplo, sobre os familiares que preferem dar dinheiro no Natal ou no aniversário, a regra é a mesma: uma parte deve ser guardada, e outra pode ser usada em um projeto, uma aquisição. A lógica de uso do dinheiro deve ser a mesma, independente da fonte, assim não haverá maiores problemas.

Repasse financeiro pode começar aos 3 anos
Segundo Márcia, não há uma idade ideal para começar a dar mesada, embora esse processo possa se iniciar com crianças a partir dos três anos, dando algumas moedas, escolhendo um objeto a ser adquirido e complementando o restante.

– O mais importante é sempre mostrar o processo de escolha envolvido nos gastos. Para se ter algo, é inevitável "não ter algo". A escolha é a grande lição a partir desta idade. Ensinar as crianças é ajudar para que tenham uma capacidade de esperar, de tolerar a frustração em não ter tudo e na hora, e é construir com elas a percepção das consequências das escolhas.

Mas se a dúvida é quanto à efetividade da mesada na educação infantil, Marcia é clara:

– Ajuda, sem dúvida. É a forma de educar mostrando como ganhar, poupar, gastar e doar. Pontos fundamentais na relação de qualquer pessoa com o dinheiro . Seguir o infográfico: http://infogr.am/educacao-financeira-infantil-em-questao?src=web

  Confira sete dicas da especialista para lidar com o assunto em casa:

1. Mostre sempre, em qualquer idade, que usar dinheiro é fazer escolhas. Escolhas são ótimas desde que possamos pensar antes sobre elas. Ou seja, se compro um jogo de videogame, não posso comprar no mesmo mês um boné novo.

2. Não condicione demais a mesada a hábitos e atitudes que todos devem ter. Ninguém deve ser pago para ser honesto, respeitar a si e aos outros.

3. Palavra, dia e valor combinados com os filhos devem ser respeitado pelos pais. Não use a mesada como moeda de chantagem.

4. Mostre a importância de ganhar, guardar e doar o dinheiro. 
 
5. Habitue seu filho desde a primeira mesada a guardar de 10% a 30% para um projeto maior. 
 
6. Construa com o filho um sonho de longo prazo (dentro da maturidade de cada criança). Por exemplo, para comprar um celular novo, mostre quantos meses ele deverá guardar o dinheiro e o quanto você poderá contribuir. Motive-o com frequência.

7. Comemore as pequenas conquistas sempre! Apoie, seja amoroso, torne gratificante fazer escolhas, esperar para conquistar e vibre quando chegar a hora.

Fonte! Chasque (reportagem) de Ana Caroline Bolsson, publicado no ZH Clic RBS, no dia 18 de julho de 2014. Abra as porteiras clicando em http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/07/educacao-financeira-quando-comecar-e-quanto-dar-de-mesada-4553904.html

Créditos do retrato! Public Domain Pictures / divulgação! 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Taxa de juro mantida em11%

Decisão do Copom de adotar igual patamar é a segunda após ciclo de elevação que durou 13 meses
 
Crédito: www.cantareira.org

São Paulo — O Comitê de Política Monetária (Copom) do BancoCentral (BC) decidiu ontem à noite, por unanimidade, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 2 e 3 de setembro e a tendência é de que os 11% permaneçam.

Foi a segunda manutenção seguida da Selic após a interrupção, em maio, de um ciclo de alta de 13 meses. A decisão de manter o juro estável era esperada pelo mercado, que prevê este mesmo patamar até o final do ano por conta do fraco nível da atividade econômica, apesar de a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, ter acumulado 6,52% em 12 meses até junho, taxa que estoura o teto da meta estipulado em 6,5%.


A Selic em um mesmo patamar sinalizaria que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. Com a atividade econômica em baixa e a inflação no varejo pressionada, o Copom optou pela manutenção da taxa, conforme já havia avaliado a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Banco Central usa os juros básicos para controlar o aumento de preços. Com taxas maiores, a instituição busca reduzir o crédito disponível e, assim, o dinheiro em circulação. Dessa forma é possível diminuir a quantidade de pessoas e empresas dispostas a consumir bens e serviços. Teoricamente, os preços parariam de subir.


Ao fim da reunião do Copom, o BC divulgou o seguinte comunicado: “Avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 11% ao ano, sem viés”. O BancoCentral afirma que parte do aumento dos juros feito até abril deste ano ainda não teve efeito pleno na inflação, uma vez que as decisões sobre a taxa de juros demoram alguns meses para mostrar impacto, alcançando primeiro a atividade e depois a inflação.


“O Brasil enfrenta uma conjuntura preocupante, em que a inflação está elevada e o crescimento permanece muito baixo. Só a adoção de medidas estruturais — que tornem o país mais competitivo e que devolvam a confiança dos agentes da economia brasileira — poderá reverter o quadro. Além disso, só passaremos a conviver com juros e inflação mais compatíveis com o resto do mundo quando adotarmos uma política fiscal ativa no combate à inflação, com controle rigoroso dos gastos correntes”, afirmou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também criticou a manutenção da taxa. “Os beneficiados são os bancos, os rentistas e grandes  especuladores, que continuarão lucrando, tirando recursos públicos que deveriam ser direcionados para o crescimento da economia com distribuição de renda”, afirmou o presidente.


Fonte! Chasque (matéria) publicado nas páginas do Correio do Povo de Porto Alegre (RS), edição do dia 17 de julho de 2014.

domingo, 13 de julho de 2014

Fundos de investimentos terão novas regras


ISMAR INGBER CVM/DIVULGAÇÃO/JC

Proposta de alteração deve simplificar exigências, explica Ana Novaes
Proposta de alteração deve simplificar exigências, explica Ana Novaes
Em audiência pública desde abril, a reformulação da Instrução 409 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve resultar em uma série de alterações substanciais para a indústria brasileira de fundos de investimentos. O período para o envio de sugestões foi ampliado e se encerra hoje, quando os comentários começam a ser analisados pela área técnica do órgão. A ideia é de que a nova resolução saia do papel ainda no decorrer de 2014. 

Após 10 anos de vigência da principal legislação de um setor responsável pela gestão de R$ 3,2 trilhões em ativos, conforme explica a diretora da CVM, Ana Novaes, o objetivo é modernizar aspectos que dizem respeito à administração, ao funcionamento e à divulgação das informações alusivas aos fundos de investimento. Neste contexto, alguns itens em análise pregam a flexibilização dos limites para aplicação em alguns produtos financeiros e a criação de um novo fundo – o chamado fundo soberano simplificado – com potencial de popularizar a modalidade de investimentos frente às tradicionais cadernetas de poupança.

Nesta entrevista, Ana Novaes explica que a ideia é privilegiar as informações comparativas entre riscos e rendimentos, alterando assim o enfoque sobre a natureza tributária dos investimentos, como ocorre atualmente. Entre os tópicos em discussão, ela destaca a dispensa da necessidade de assinatura de termo de adesão para fundos que invistam mais de 95% de seu patrimônio líquido em ativos de baixo risco e a redução das categorias existentes no mercado hoje em dia. A proposta também prega que as pessoas jurídicas sejam consideradas “investidores profissionais” quando tiverem aplicações superiores a R$ 20 milhões. Já os chamados “investidores qualificados” deverão ter aplicações superiores a R$ 1 milhão.


Jornal do Comércio – A ideia central é simplificar os investimentos para uma faixa da população que desconhece os fundos de investimento.  Qual o real potencial desta nova classe média emergente?

Ana Novaes - Hoje, na nossa classe média emergente, a maioria das pessoas só tem acesso à poupança. Buscamos, a partir de conversas com os participantes do mercado, criar uma porta de acesso ao mercado de capitais para essas pessoas. De qualquer maneira, percebemos que muitos investem em poupança por não possuírem outras opções. Procuramos oferecer uma alternativa.



JC - Quais são as vantagens em optar pelo mercado de capitais?

Ana - Se a Selic estiver mais alta e o investidor contar com uma taxa de administração compatível, mais baixa e um produto seguro e simples, é possível criar um caminho que ofereça rentabilidades maiores. Outro detalhe é que, na poupança, existe o mês de carência.  Então, em uma caderneta com vencimento no dia 30, que tenha o valor resgatado no dia 28, se perdem os dois dias de rendimento. Nos fundos, isso não ocorre.


JC - Como é possível simplificar o processo para esse perfil de investidores?

Ana - Para propor esse fundo de baixo custo, que está em audiência pública, sugerimos que a distribuição de informações seja feita apenas eletronicamente. Isso porque é preciso mandar dois extratos mensais, resultados de convocações de assembleias e outros regulamentos protocolares – o que acaba comendo a rentabilidade do fundo. Por outro lado, se os gestores tiverem muito trabalho para conseguir a assinatura do termo de adesão de risco, isso se transforma em outro problema que se reflete em novos aumentos de custos para os gestores. Por isso, os riscos propostos para esse fundo só podem ser iguais ou melhores que os do governo.



JC – Como é possível garantir as baixas volatilidades?

Ana - Os títulos públicos também podem sofrer volatilidade. Com isso, estamos dizendo que os gestores devem buscar baixar ao máximo a volatilidade destes fundos. Exemplo disso ocorreu no ano passado, quando os o FED (o banco central norte-americano) parou de dar liquidez ao mercado e alguns títulos públicos nacionais chegaram a perder 25% da rentabilidade. Isso não seria compatível ao fundo de risco soberano simplificado. A ideia é trabalhar apenas com papéis e CDBs de menor risco. Por exemplo, para uma pessoa ter acesso ao Tesouro Direto, basta se cadastrar em uma corretora, entrar no Tesouro Direto e comprar R$ 500,00 em LFTs (Letras Financeiras do Tesouro). Se considerar o custo de custódia, mais o de corretagem e uma Selic em 11%, o investidor vai ganhar cerca de 10,5%. Se ficar com esse papel por dois anos, por exemplo, será necessário pagar 15% de Imposto de Renda e mesmo assim se chega a uma rentabilidade de 9%, superior em 2,5% ao rendimento da poupança no período.  Se o mesmo investidor optar por um fundo soberano e a taxa de administração for positiva, se tem uma alternativa simples para aquelas pessoas que não irão fazer um cadastro em corretora. O patamar ideal será dado pela própria indústria. O que cabe à CVM é fazer com que a lâmina deste fundo, ou seja, o que precisa ser feito para informar o público, compare a rentabilidade do fundo com a poupança e a Selic. Neste caso, um fundo de seis meses, ou um ano, que renda 4%, ante a poupança que entrega 6,5%, não terá interessados. Estamos criando condições de competições para o mercado. Só não dará certo se a taxa de administração for muito alta. Isso não tem razões para acontecer.


JC -  E os fundos já existentes?

Ana - A partir desta reforma, todos os novos fundos e até os já existentes poderão migrar para o processo eletrônico. O fundo soberano tem que ser todo eletrônico, os outros não são obrigados. Fica a critério do banco ou do administrador. Os já existentes terão de fazer assembleia de cotistas para decidir sobre a possibilidade de migração.



JC - Qual é a estimativa para esta redução dos custos?

Ana - A redução de custos depende da quantidade de cotistas. Um cliente que investe R$ 300,00 e fica seis meses terá de receber seis cartinhas de R$ 2,00, cada, e mais duas cartas de assembleia. Isso soma oito cartas e cerca R$ 16,00, que representam 5% do valor inicial investido. Não há como os fundos, que têm muita entrada e saída, reduzirem os custos com essas condições. Para criar um fundo sustentável, com custos de administração, custódia, auditoria, taxas da CVM e outros encargos, é preciso de pelo menos R$ 10 milhões em patrimônio inicial. Pode-se criar um fundo menor, mas dificilmente com rentabilidade alta. Por isso, a proposta eleva para R$ 1 milhão a rentabilidade, ou seja, se em seis meses não atingir esse patamar, automaticamente será cancelado.



JC - Além disso, existem alterações nas classificações de investidores?

Ana - Trata-se de uma adequação do investimento ao perfil de investidor. Ao chamado investidor qualificado passa-se a se exigir R$ 1 milhão em aplicações. Hoje, é de R$ 300 mil. O super qualificado tem tíquete mínimo estipulado em R$ 1 milhão. Ao invés disso, usaremos o patrimônio financeiro de R$ 20 milhões. Qual é a logica disso? É que aqueles que têm R$ 1 milhão para investir no exterior, por exemplo, devem ter um patrimônio maior. Pensamos nessa regra para diversificar. O nome técnico será investidor profissional. Além disso, eliminaremos o tíquete mínimo, pois isso pode induzir uma pessoa a concentrar uma parcela muito grande em apenas um determinado produto.


JC - A proposta também pretende reduzir as atuais categorias de fundos. Por quê?

Ana - Até 10 anos atrás, a classificação dos fundos refletia muito a incidência de impostos. Havia o fundo de curto-prazo referenciado que era mais tributado, por exemplo. Não se trata de diminuir o número de classes, e sim de tornar mais simples para o investidor. Isso para que a classificação retire o foco sobre a natureza fiscal e passe a exaltar os riscos que se está correndo ao optar por um determinado tipo de investimento.


JC - Existe previsão para a publicação das alterações?

Ana - A ideia é publicar a nova resolução até dezembro deste ano. No dia 10 de julho (hoje), saberemos se teremos 10 ou 200 comentários sobre o assunto.


Fonte! Chasque (matéria) publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, edição do dia 10 de julho de 2014, por Rafael Vigna.

Saiba o que fazer se chegou aos 40 anos sem poupança para a aposentadoria

Chamada - "Chegou aos 40 anos e não tem nenhuma poupança? Saiba o que fazer agora"
Chegou aos 40 anos sem nenhum patrimônio ou poupança? Ainda dá tempo de mudar essa realidade, mas vai ser preciso muito esforço e disciplina.

É o que afirmam os especialistas consultados pelo UOL César Nazareno Caselani, professor de Finanças da Escola de Administração de  Empresas de São Paulo (FGV-EAESP), e Mauro Calil, educador financeiro da Academia do Dinheiro.

Segundo eles, o mínimo de patrimônio esperado ao chegar a essa idade é ter uma casa própria.
"Até os 30 anos, espera-se que a pessoa tenha juntado o suficiente para dar entrada na casa própria e, até os 40, tenha quitado ou esteja terminando de pagar o financiamento da casa. Além disso, um carro para seu conforto, pois carro não é investimento", diz Mauro Calil.

O primeiro passo para começar a poupança é entender os motivos pelos quais a situação chegou a esse ponto, afirma o professor César Caselani.

Os economistas relacionam uma série de situações que podem ter contribuído:
  • Ser de origem muito humilde e sustenta a família
  • Ser alguém que nunca trabalhou e se "encostou" nos pais
  • Ser um empresário que quebrou e perdeu tudo
  • Ser do tipo que gasta mais do que ganha.

Pare de tomar cerveja e faça alguma coisa

"De qualquer maneira, está na hora de parar de tomar cerveja, ou seja, de olhar o tempo passar", diz Mauro Calil. "A situação ainda não é desesperadora, pois em tese faltam 20 anos para a aposentadoria, mas não dá mais para ficar parado sem fazer nada."

A solução será um trabalho duro para garantir essa economia futura. 

A fórmula não tem segredos: terá de economizar parte do que ganha para formar essa poupança. Se a pessoa gasta todo o dinheiro que recebe, terá de buscar dois caminhos: cortar despesas e/ou aumentar os ganhos.

Segundo Caselaini, o primeiro passo é olhar o padrão de gastos para ver onde é possível "passar a tesoura". "É preciso focar os gastos que representam um porcentual relevante e não são essenciais."

Ele dá exemplos: fazer uma viagem mais barata de férias ou não viajar, reduzir a conta do celular contratando um plano, contratar um pacote de internet ou TV mais barato, não trocar de carro com muita frequência.

Pior cenário é falta de qualificação

O pior cenário, porém, não é esse. Segundo Mauro Calil, o problema é quando a pessoa não consegue renda suficiente. Nesse caso, terá de procurar uma qualificação para conseguir melhorar seu rendimento.
"Se falta qualificação para obter um trabalho melhor, é hora de ir atrás disso", diz Mauro Calil. Ele sugere procurar cursos gratuitos de qualificação oferecidos nas cidades. Além disso, outro caminho poderia ser buscar uma graduação numa faculdade.

"Mas a pessoa não pode entrar na faculdade aos 40 e querer disputar programa de trainee em multinacional em algum tipo de carreira", diz.

"Ela tem de ir para onde vai fazer a diferença." O educador sugere que a pessoa estude, inclusive, a possibilidade de ir para o interior, onde há escassez de profissionais.
Concurso público também seria outra opção, mas um pouco mais incerta. "Você até consegue passar, mas não sabe nem quando nem se vai ser chamado", diz.

Feito isso, é hora de decidir onde aplicar o dinheiro

O primeiro passo para começar a juntar a poupança é decidir qual a renda que necessitará ter e por quanto tempo.

O professor César Caselani calculou que uma pessoa de 40 anos que deseje ter uma renda mensal de R$ 5.000 por 10 anos terá de contribuir, mensalmente, com R$ 974,73 em uma aplicação que renda 0,5% líquidos mensalmente durante o período. Essa é a rentabilidade atual da caderneta poupança.


Objetivo: R$ 2.500 ou R$ 5.000/mês por 10 anos
  • Renda de R$ 2.500
    Contribuição mensal por 20 anos: R$ 487,37 Rentabilidade: 0,5% ao mês
  • Renda de R$ 5.000
    Contribuição mensal por 20 anos: R$ 974,73 Rentabilidade: 0,5% ao mês 
     
    Fonte: César Nazareno Caselani, professor da FGV-EAESP 
"É importante procurar bons produtos de investimento que te deem uma rentabilidade razoável a um custo baixo, fugindo das taxas de administração que cobrem mais de 1%", diz o professor de Finanças.

Valor acumulado varia de acordo com economia e rentabilidade

O educador Mauro Calil também fez uma simulação de quanto o poupador iria obter ao longo de 20 anos economizando R$ 500 por mês a uma rentabilidade mensal de 0,5%. O valor acumulado seria R$ 231.020,45.


Meio por cento ao mês é o que paga atualmente a caderneta de poupança, considerando a taxa de juros de 11% ao ano. "Se quiser aumentar a renda, vai ter de se arriscar em um pouco de renda variável", diz Calil.

Se a pessoa desejar uma renda maior, ele indica investir pelo menos uns 10 anos num fundo de ações.

Fonte! Chasque (postagem) publicado no sítio Uol Economia, por Sônia Camargo, no dia 30 de maio de 2014. Abra as porteiras clicando em http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2014/05/30/saiba-o-que-fazer-se-chegou-aos-40-anos-sem-poupanca-para-a-aposentadoria.htm