domingo, 8 de março de 2015

Atitude 84! A multiplicação dos centenários nesta terra que chamamos de mundo...

Bueno! Nada como um mate feito a preceito, para dar uma acolherada nas ideias, e pensar na vida, no futuro, na velhice (e de preferência, com muitos cobres no bolso da bombacha. Quero dizer, com muito dinheiro).
Anna Engroff  Krein (Tia do meu pai).
 Fez parte dos 8.000 centenários. 
Morreu aos 103 anos....


Dia 15 de julho do ano de 2014 o comentário de Bel Pesce, na Rádio CBN me chamou atenção, onde, "há 30 anos atrás o mundo teve 8.000 centenários.... hoje temos 2.500.000....".

E no dia 13 de novembro deste mesmo ano, nesta mesma emissora, o jornalista Etevaldo Siqueira comentou que "os primeiros humanos considerados imortais devem surgir em 2050". 

Mas o mais preocupante de tudo isso, é que as pessoas envelhecem mais, pois basta ver o número de centenários que temos hoje e o que tivemos três décadas atrás e a imortalidade prevista a partir de 2050....

Sou do tempo que não existia luz elétrica no campo e as pessoas morriam de apendicite e as demais morriam muito cedo. Chegando aos 50 anos de idade "era lucro"... É claro, também sou do tempo que não se usava pesticidas na agricultura. Se usava somente a enxada, ferramenta usada para capinar as ervas daninhas que acompanhavam a plantação nas lavouras. A mão de obra temporária no campo era abundante. Hoje a enxada está aposentada. A mão de obra temporária do campo não existe mais para matar o inço nas lavouras. É utilizado veneno antes de fazer a semeadora e parte do veneno é carregado pros córregos, pros rios e lá, na captação da água que para o tratamento e abastecimento da população das cidades, onde parte deste veneno vai sair na torneira do teu rancho (casa) e que tu vais usar pro teu chimarrão, pra fazer a tua boia campeira (comida), pra tomar banho e pra beber....

A tecnologia e a ciência avançaram. Em especial na medicina, pois as pessoas estão envelhecendo mais e mais dinheiro o vivente vai precisar para encarar esta longa velhice. Mais cobres (dinheiro) vai precisar para encarar o aparecimento de doenças, com destaque ao Alzheimer e ao Parkinson, que aparecem, geralmente após os 65 anos de vida da gauchada (das pessoas).

Meus pais, casados há 57 anos. Ele com 81 anos
e com Alzheimer.... Doença que desponta entre
 os idosos
Mas o que mais preocupa é a falta de educação financeira da população do nosso país e na grande maioria dos países emergentes desta terra que chamamos de mundo, pois as pessoas não se preparam com reservas financeiras, que deveriam complementar a aposentadoria oficial e preferem investir em passivos (bens patrimoniais que não geram lucros e sim despesas certas), como a tradicional casa na praia para ser usufruída em dois meses (de um total de doze) e em vez de comprar um carro popular ou médio, compram uma "nave" em suaves parcelas a perder de vista, fora a compra de artigos supérfluos que vão encher as prateleiras e armários de suas varandas....

Enquanto as pessoas pensam desta maneira, há educadores financeiros, como o Gustavo Cerbasi, que pensam diferente. Ele recomenda que se estude muito bem, pra ver se vale a pena (ou não) pagar aluguel em vez de comprar um casa financiada para ser paga em décadas.... Sugiro que o vivente abra esta porteira, que é um simulador do próprio Gustavo. Basta clicar em

Troquei um dedo de prosa no ano passado com um ex colega de trabalho, que se aposentou no ano de 2.000. Em 14 anos a aposentadoria dele (oficial do INSS), que iniciou com sete salários mínimos, está em três salários mínimos, onde ele perdeu mais da metade do seu benefício. Claro, isso se explica pois o índice de aumento do salário mínimo é maior do que os que ganham mais do que isso na aposentadoria.... e a tendência é chegar no fim da vida ganhando..... um salário mínimo oficial e só.... E como não há mágica, na medida que as pessoas envelhecem mais e vivem mais, o custo da máquina pública para manter estes aposentados, vai aumentando..... e vai ter que ser readequada, onde fatalmente aparecerão cortes e inibidores, como o atual fator previdenciário e as novas regras emitidas pelo atual governo via medida provisória. Abra as porteiras clicando em http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2015/03/atencao-ja-estao-valendo-as-novas.html .

No meu caso, antes de 2008, sem educação financeira, sem orçamento doméstico no rancho (em casa, na família), os fandangos gaúchos (bailes) eram frequentados todos os sábados. Os jantares no CTG Amaranto Pereira (sociedade tradicionalista) eram frequentados em todas as sextas-feiras. O cartão de crédito dava um falso status, pois carregava a bandeira da instituição financeira e a do meu time (o Grêmio). Ganhavam a instituição financeira e o meu time..... e eu pagava, pois bastava um dia de atraso e lá eu pagava um "caminhão de juros". 

A primeira coisa que fiz foi cancelar o dito cujo cartão, depois de um duradouro "casamento" de mais de 15 anos. Aí fui considerado pela instituição financeira "um ótimo pagador, um bom cliente e outros adjetivos ditos louváveis" me foram dados, na tentativa de me demover da ideia do cancelamento. A partir de 2008, não parcelo nada. Nada mesmo. Compro somente o que for necessário e se tiver dinheiro no bolso da bombacha.

Existem as exceções. Estou "parcelando os investimentos" da previdência privada (minha, da esposa e das duas filhas). E o carro comprei "fiado" (parcelado), onde EU sou o agente financeiro e emprestei pra mim mesmo, onde cada R$ 1.000,00 devolvidos (a mim mesmo), R$ 200,00 são juros.

A única coisa que eu lamento, em meu nome e no nome da esposa, é que começamos tarde a nos preparar para a velhice. Começamos depois dos quarenta e cinco anos de idade. Mas como certa feita, em palestra proferida em Porto Alegre, o educador financeiro Gustavo Cerbasi foi categórico: "nunca é tarde para começar", não desistimos. Melhor para as nossas filhas, pois a gente começou com previdência complementar delas, uma com doze anos de idade e a outra com dezessete.... Elas tem mais chances de chegar na independência financeira. Eu e a esposa teremos no máximo uma situação financeira intermediária, pois, segundo o consultor financeiro Augusto Sabóia, em palestra em Porto Alegre, certa feita comentou que, "para termos uma aposentadoria complementar de R$ 1.000,00 (além da aposentadoria oficial do INSS), vamos precisar em torno de R$ 300.000,00 de capital (dinheiro aplicado no mercado financeiro e rendendo para se manter e nos manter até o final da vida).

Alpargata sinônimo de frugalidade
Já finalizando este chasque (texto), quero lhes informar que ontem fui às compras. Fui no bolicho (loja) dos meus amigos Ricardo Machado e Libra Severo). Comprei um par de alpargatas.

Alpargatas? Sim. Pra mim, a alpargata é um tradicional calçado usado pelos tradicionalistas gaúchos, que combina bem com a bombacha. Além disso, é muito barato e é o símbolo que adotei como o da frugalidade. Tenho um chasque a respeito, que, lendo tu vais entender. Toma um mate e abra as porteiras clicando em  http://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2014/08/atitude-83-um-simples-par-de-alpargatas.html

Também sugiro aos leitores deste modesto sítio, que abram as porteiras do comentário (acima citado) de Etevaldo Siqueira proferido no ano passado na Rádio CBN, clicando em  http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/ethevaldo-siqueira/2014/11/03/PRIMEIROS-HUMANOS-CONSIDERADOS-IMORTAIS-DEVEM-COMECAR-A-SURGIR-EM-2050.htm

Escute também o áudio do comentário de Bel Pesce. Abra as porteiras do sítio da Rádio CBN clicando em http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/bel-pesce/2014/07/15/TEMOS-TEMPO-PARA-MUITA-COISA.htm

Saudações Tradicionalistas

Valdemar Engroff

Nenhum comentário:

Postar um comentário